ASSEMBLEIA DE DEUS TRADICIONAL - CEADTAM - CGABD
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
QUARTO TRIMESTRE DE 2025
Jovens: EXORTAÇÃO, ARREPENDIMENTO E ESPERANÇA: o ministério profético de Jeremias
COMENTARISTA: Elias Rangel Torralbo
COMENTÁRIO: PB. ANTONIO VITOR DE LIMA BORBA

LIÇÃO 10: A PRISÃO DE JEREMIAS
O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.
A PRISÃO DE JEREMIAS
Deus não escondeu de Jeremias aquilo que ele enfrentaria ao longo de sua trajetória ministerial, mas comunicou-lhe sobre toda a adversidade e oposição a que seria submetido (ver Jr 1.19). Jeremias foi alertado a respeito do que enfrentaria, não por causa dele, mas porque a mensagem que anunciaria serviria de incômodo aos indesculpãveis e inflexíveis.
O chamado ministerial é doloroso e penoso, e nos conduz por caminhos que são muito difíceis aos nossos olhos, todavia o Senhor sempre estará conosco. A trajetória e a prisão de Jeremias retratam muito bem isso, pois aquele que faz a vontade do Senhor está sujeito a padecer por causa do Seu nome.
Essa foi a realidade do ministério de Jeremias e ele não a escondeu de seus com patriotas e nem mesmo daqueles que viriam a conhecer os detalhes de sua trajetória ministerial. O sofrimento do profeta se materializou de inúmeras formas, inclusive em suas prisões, no entanto, a sua maior dor é identificada na informação bíblica de que o povo não deu “ouvidos ãs palavras do Senhor que falou pelo ministério de Jeremias, o profeta” (37.2).
Jeremias sofreu muito em sua prisão. Ele padeceu simplesmente por transmitir a mensagem do Senhor sem maquiagens ou ressalvas. Ele foi acusado de fazer algo que não havia feito, ou planejada executar.
Jeremias foi preso como desertor e lançado na prisão, mas não é novidade que os melhores amigos da Igreja sejam traídos pelos interesses dos seus piores inimigos. Quando somos falsamente acusados, podemos negar a acusação e encomendar a nossa causa ãquEle que julga com justiça. Jeremias alcançou misericórdia do Senhor para ser fiel, e não quis obter misericórdia do homem para não ser infiel a Deus nem ao seu príncipe; ele disse toda a verdade ao rei.
PRISÃO FECHADA, PORTAS ABERTAS
Romanos 8.28 é um texto amplamente conhecido, apreciado e riquíssimo, trazendo consigo lições das mais edificantes e revigorantes, em primeiro lugar, porque fortalece o crente no enfrentamento de suas batalhas, e, em segundo lugar, porque reafirma o controle de Deus sobre todas as coisas, independente das circunstâncias. No versículo 18 desse mesmo capítulo, o apóstolo Paulo mencionou o que ele chamou de “as aflições deste tempo presente” e, certamente ao escrever “todas as coisas contribuem” ele estava se referindo a essas “aflições”.
As aflições são parte integrante da caminhada cristã. No meio delas o Senhor se apresenta com o seu cuidado e orientação. Não podemos retroceder em meio ãs oposições, pois os dias são maus e cada vez mais estão investindo para a destruição do povo de Deus.
Adversidades nunca foram, não são e nem serão obstáculos capazes de impedir a ação de Deus e o crente que pauta a sua vida na verdade da Palavra de Deus e por ela é amadurecido na fé, se não consegue compreender, pelo menos deveria viver o que Paulo escreve, na mesma Carta aos Romanos (5.3-5). Do mesmo modo, as prisões de Jeremias nunca foram problema para Deus, nem no sentido de acessar ao profeta para fortalecê-lo e transmitir-lhe a sua Palavra, nem tampouco como se essa condição de limitação humana e geográfica imposta, impedisse o avanço de sua vontade, sua obra e o seu Reino.
Em meio as dores causadas por sua prisão, Deus visitou o profeta Jeremias. Ele estava aprisionado fisicamente, mas o seu propósito ainda estava prosseguindo livre diante de Deus. O Senhor convocou o profeta a orar e interceder, pois Ele o responderia com coisas grandiosas (Jr 33.3). Quando Jeremias entregou a mensagem de Deus, falou com ousadia, mas quando fez o seu próprio pedido, falou com submissão. O leão da causa de Deus deve ser o cordeiro da nossa. Deus concedeu favor a Jeremias diante dos olhos do rei, o Senhor Deus pode fazer que até as celas de um cárcere se convertam em pastos verdejantes para o seu povo, e levantarã amigos que supram as suas necessidades, de modo que nos dias de fome sejam satisfeitos.
A FIDELIDADE DE DEUS, O POVO E O PROFETA
Desde o início Deus tem chamado o ser humano e todo chamado divino exige uma resposta, como se vê no texto bíblico (ver Gn 12.1,4). De maneira bem simples e direta, esses dois versículos confirmam a verdade de que, no chamado divino está implícita a responsabilidade da resposta.
Esse chamado não será para trilhar um caminho fácil, contudo, o Senhor garante que sempre estará presente em todos os momentos, assim como foi com o profeta Jeremias. Porém, todo chamamento divino nos exige uma resposta positiva, e a partir daí, Ele nos garantes que estará conosco nos ensinando e guiando a todo momento.
O compromisso de Deus com a sua Palavra tem relação íntima com Ele mesmo, jã que, de acordo com as Escrituras, o Senhor e a sua Palavra são inseparáveis. Acerca disso Jeremias ouviu por ocasião do comunicado que Deus lhe fez sobre o seu chamado (1.12), por isso, ele estava cônscio disso, e não somente isso, mas durante a sua vida como profeta, não obstante a rejeição e indiferença da maioria de seus ouvintes, ele pôde presenciar parte de suas profecias se cumprirem.
Deus sempre será fie1 para conosco. Ele nunca nos deixará sozinhos nem desamparados. Em Sua Palavra Ele nos garante que essas aflições não se comparam com a glória que há de ser revelada (Rm 8.18). Que possamos prosseguir firmes nisso.
O amor do profeta, demonstrado em sua disposição em lamentar por um povo que o rejeitou, o maltratou e deu as costas para o seu Deus, impressiona e causa admiração, não somente pela atitude em si, mas porque, antecipadamente, refletiu o amor de Jesus por Jerusalém (Mt 23.37; Lc 19.41-44). Jeremias desejou ter condições de chorar pelos filhos de Judá, enquanto o Senhor Jesus de fato chorou por Jerusalém.
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PB. ANTONIO VITOR LIMA BORBA
