ASSEMBLEIA DE DEUS TRADICIONAL - CEADTAM - CGABD
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
QUARTO TRIMESTRE DE 2025
Jovens: EXORTAÇÃO, ARREPENDIMENTO E ESPERANÇA: o ministério profético de Jeremias
COMENTARISTA: Elias Rangel Torralbo
COMENTÁRIO: PB. ANTONIO VITOR DE LIMA BORBA

LIÇÃO 8 - O CONSELHO DE JEREMIAS AOS REIS
O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no
decorrer desta maravilhosa lição.
UM PROFETA ENTRE OS REIS
Desde o início, o ministério de Jeremias esteve em conexão com os reis de seus dias, quer fosse para auxiliá-los, como foi no caso da reforma espiritual dos dias de Josias, quer
fosse para adverti-los, como ocorreu com Jeoaquim e Zedequias. […] O ministério de Jeremias sempre esteve inserido no contexto da liderança de reis, e, portanto, em momentos de crises políticas, sociais e, principalmente, espirituais. A sua relação com os líderes políticos de Judá foi marcada por conflitos, no sentido de sua mensagem não ser compreendida e nem
bem recebida, o que lhe causou sofrimento, dores e prisões.
A missão dos profetas de ir ao encontro dos reis era perigosa e complicada. Se a mensagem fosse de alegria e vitória, os profetas eram bem recebidos e honrados pelos reis que os ouviam. Se ela fosse uma mensagem de exortação e correção, o profeta estava sujeito a reação do rei, o que poderia deixar a sua vida em risco. Uma vez que os reis eram escolhidos por Deus para governar e tinham o dever de cumprir a vontade daquEle que os tinha colocado no trono, os profetas cumpriram a importante, porém, difícil tarefa de transmitir-lhes a mensagem de Deus, geralmente de advertência, exortação e chamado ao arrependimento. Assim foi com Jeremias que foi escolhido e enviado para falar aos reis de seus dias com esse mesmo propósito, em especial para que o cativeiro fosse evitado e, conforme se vê a seguir, isso lhe custou sofrimento agudo e privações significativas.
Essa missão na vida de Jeremias foi dura. Ele sofreu e padeceu nas mãos dos reis a que fora enviado, sofrendo perseguição em uma época dura espiritualmente. Contudo, Jeremias mesmo estando solitário e padecendo sofrimentos imagináveis, não retrocedeu no seu chamado, pelo contrário, foi o responsável por levar a mensagem de Deus para os reis que estavam falidos espiritualmente.
Jeremias, portanto, foi um profeta, cujo ministério se deu na alternância de cinco reis em Judá, sem contar as suas ações em relação a outras nações, conforme tratado mais à frente.
Destaca-se a sua fidelidade e o sucesso de seu ministério em meio ao reinado desses poderosos, como cumprimento da promessa divina Jr 1.8).
JEOAQUIM: O REI QUE REJEITOU A DEUS E À SUA PALAVRA
Jeoaquim é o nome dado pelo faraó Neco a Eliaquim, irmão de Jeoacaz, portanto, filho de Josias, o rei (2 Rs 23.31,34-35). O texto de 2 Crônicas 36.5 oferece três informações importantes a respeito do rei Jeoaqum: i) começou a reinar sobre Judá com a idade de vinte e cinco anos; ii) reinou durante onze anos; iii) fez o que era mal aos olhos do Senhor.
Os passos de Jeoaquim foram trilhados bem distantes da vontade do Senhor. Ele decidiu que se afastaria do Todo-Poderoso para cumprir os seus desejos e vontades, e com isso seus atos cheiravam mal as narinas de Deus.
Jeoaquim foi um rei maldoso, injusto e idólatra. O texto de Jeremias 22.13-17 informa sobre a maldade e a injustiça de seu reino, na insensibilidade em utilizar-se da mão de obra dos fragilizados por ele explorados a fim de manter os seus caprichos luxuosos, mas também a indignação de Deus que, além de lembrá-lo dos bons caminhos de seu pai, o avisou que lutaria a causa dos oprimidos.
Jeoaquim não se dava conta de que seus atos estavam sendo reprovados pelo Senhor, e mesmo quando foi alertado por Jeremias, decidiu rejeitar as palavras do profeta para continuar a fazer tudo o que desagradava a Deus, pensando que estava conseguindo conquistar e alcançar tudo aquilo que lhe era meritório. Em todos os erros que Jeoaquim cometeu, é possível encontrar o profeta Jeremias advertindo-o e indicando o caminho a ser seguido. Isso implica na compreensão de que, caso o rei, humildemente desse crédito à voz de Deus pela instrumentalidade de Jeremias, o seu
final teria sido bem diferente do que veio a ser, entretanto, ao invés de ouvir a voz de Deus, esse rei a rejeitou, e, certamente, este foi o seu maior e principal erro.
ZEDEQUIAS: O REI DAS INCERTEZAS
A história de Zedequias carrega em si a marca de ele ter sido o vigésimo e último rei de Judá. Filho de josias, cujo nome original foi Matanias e teve o seu nome mudado por Nabucodonosor, rei da Babilônia, por ocasião do fim do reinado de seu tio Jeoaquim que, junto de outros líderes importantes, foi levado cativo em 597 a.C. (2 Rs 24.8-17; Jr 29.2).
Zedequias agia pelo impulso, o que agravou ainda mais a situação de Judá perante o Senhor e a Babilônia. Quando se aliou e foi favorável ao Egito, mostrou que não estava nem aí para as orientações divinas, pelo contrário, mesmo às vezes buscando consulta ao Senhor, decidia agir de maneira alheia e contrária ao que Deus desejava.
A iniquidade foi uma das principais marcas de sua liderança (2 Rs 24.19,20). A atitude de Deus em voltar-se contra Judá se manifestou pela administração ímpia de Zedequias, ou seja, este fato corrobora com o pensamento de que, em alguns casos, Deus pode vir a punir um povo dando-lhe líderes maus.
Ele além de rejeitar a Palavra de Deus, ainda buscava massacrar e perseguir os mensageiros do Senhor. A sua colheita veio como resultado de tudo aquilo que plantou durante a condução do seu reinado. Quem planta impiedade, sempre colherá a impiedade que tanto semeou.
Em meio aos muitos erros de Zedequias, conforme registrados nas Escrituras, o da incerteza, isto é, da insegurança que resultou em ânimo dobre, é o que mais se destaca e chama a atenção. Zedequias andou por caminhos tortuosos que desagradaram a Deus, no entanto, ele é visto consultando ao Senhor, de acordo com registros de alguns textos bíblicos Jr 21.1-7; 37.3, 17-21; 38.7-28).
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PB. ANTONIO VITOR LIMA BORBA
