Jovens

Lição 10 - A liberdade que Cristo nos deu I

ASSEMBLEIA DE DEUS TRADICIONAL - CEADTAM - CGABD

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

TERCEIRO TRIMESTRE DE 2025

Jovens: O VERDADEIRO EVANGELHO

COMENTARISTA: Alexandre Coelho

COMENTÁRIO: PB. ANTONIO VITOR DE LIMA BORBA

LIÇÃO 10 - A LIBERDADE QUE CRISTO NOS DEU

O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.

A CIRCUNCISÃO TEM ALGUM VALOR?

Os falsos mestres acusavam Paulo de ensinar um evangelho permissivo que desembocava em anarquia religiosa. Paulo refuta seus opositores, mostrando que não tem vida desregrada aquele que depende da graça de Deus, sujeita-se ao Espírito de Deus, vive na prática das boas obras e procura glorificar a Deus. Consequentemente, o perigo não está no evangelho, mas no legalismo.

E nesse sentido que precisamos olhar para o embate. De um lado o apóstolo Paulo pregava e transmitia que todo salvo em Cristo experimenta da verdadeira liberdade que somente Ele pode prover. Do outro lado os judaizantes convidavam os então salvos a retornarem às práticas legalistas que tanto aprisionam.

Antes de Cristo nos libertar, éramos escravos do diabo, da carne e do mundo. Vivíamos escravizados na coleira do pecado. Estávamos na potestade de Satanás, na casa do valente, no reino das trevas, andando segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência. Eramos filhos da ira (Ef 2.2,3). Não alcançamos nossa liberdade por nós mesmos. Não fomos libertados por causa de nossa obediência à lei. Nossa liberdade foi uma obra de resgate realizada por Cristo. Foi ele quem nos arrancou do império das trevas.

A obra salvífica foi perfeita e necessária, sem precisar de arranjos posteriores para que seja plena. Era isso que os cristãos na Galácia deveriam confirmar e defender, sem abrir mão do que receberam, por estarem sendo iludidos pelos legalistas.

Os crentes da Galácia haviam sido libertados da escravidão do paganismo (4.8) e dos rudimentos do mundo (4.3), mas agora estavam tornando-se novamente escravos do legalismo (4.9-11). Precisamos vigiar para que nossa liberdade não seja arrancada de nós. Não podemos colocar nosso pescoço na coleira do legalismo religioso como queriam os judaizantes.

O FERMENTO LEVEDA TODA A MASSA

E triste constatar, porém, que alguns cristãos se assustam com a liberdade que possuem na graça de Deus; por isso, procuram uma comunhão legalista e ditatorial, na qual deixam outros tomar as decisões por eles. São como adultos voltando ao berço.

Como salvos, devemos avançar para adiante no caminho que o servo nos ensina em Sua Palavra. Essa trilha nos conduz através da liberdade cristã que nos fora concedida pelo sacrifício da cruz.

Cristo não nos libertou a fim de que nos tornássemos novamente escravos. Os crentes da Galácia estavam sendo persuadidos pelos falsos mestres a voltar da graça para a lei; do evangelho para o legalismo; da liberdade para a escravidão; da cruz de Cristo para os ritos judaicos. Eles, que já haviam saído da escravidão da idolatria, estavam agora voltando à escravidão do legalismo. O apóstolo Pedro disse no Concílio de Jerusalém que esse jugo era insuportável (At 15.10).

Se o evangelho que está sendo pregado te aprisiona em legalidades a serem cumpridas, esta mensagem não passa de uma tentativa de escravidão envolta em uma falsa sensação de santidade. Essas mensagens sutis visam apenas aprisionar o homem em cadeias sem algemas físicas, mas espirituais e emocionais.

"Um pouco de fermento leveda toda a massa" (5.9). O fermento é símbolo da hipocrisia (Mt 16.6-12), do pecado (l co 5.6) e da falsa doutrina (5.9). O fermento, por menor que seja em quantidade, transmite sua acidez a toda a massa. Devemos ser muito cautelosos, não permitindo que uma imitação substitua a sã doutrina do evangelho. Uma heresia não é algo inofensivo. E como um pouco de fermento que leveda a massa toda. Não podemos ser tolerantes com a falsa doutrina. Não podemos transigir com a verdade. Não podemos fazer vistas grossas a esse fermento que, muitas vezes, de forma sutil e quase invisível penetra na igreja para destruí-la.

LIBERDADE X CARNALIDADE

Os falsos mestres não ficarão impunes. Serão julgados não apenas por um concílio eclesiástico, mas, sobretudo, pelo próprio Deus. os falsos mestres perturbam a igreja (5. I Ob). Eles pervertem o evangelho, transtornam a igreja e incitam os crentes à rebeldia. Espreitam a liberdade dos crentes e colocam novamente um jugo de escravidão sobre aqueles que já haviam alcançado a verdadeira liberdade. Os falsos mestres perturbam os que são livres e acomodam os que são escravos.

Eles não compreendem que o juízo divino será mais pesado. Eles não estão fazendo e agindo contra um publico qualquer, mas estão pervertendo o bom ensino para manipular a igreja de Deus. Isso é grave e terá suas consequências.

Contudo, outro ponto a ser discutido é o dos extremos: legalismo e libertinagem. Há quem pensem que estar preso a um rito legal é o que salva, mas isso somente aprisiona. Outros imaginam que a liberdade total nos permite a fazer tudo o que imaginarmos e desejarmos a fazer, isso é libertinagem. Precisamos fugir dos extremos.

Esses dois extremos são perigosos com respeito à liberdade crista: o legalismo de um lado e a licenciosidade de outro. Há aqueles que querem regular a liberdade apenas por regras exteriores. Esses caem na armadilha do legalismo e privam as pessoas da verdadeira liberdade em Cristo. Porém, há aqueles que, em nome da liberdade, sacodem de si todo o jugo da lei e querem viver sem nenhum preceito ou limite. Esses confundem liberdade com licenciosidade e caem na prática de pecados escandalosos.

Somos livres para amar e servir uns aos outros, e não para devorar e destruir uns aos outros. Nas igrejas da Galácia, os dois extremos — os legalistas e os libertinos - destruíram a comunhão. Devemos agir como irmãos, e não como feras ou como cães e gatos sempre envolvidos em conflitos. E o Espírito da vida que habita em nós, e não o instinto da morte.

COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PB. ANTONIO VITOR LIMA BORBA

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