ASSEMBLEIA DE DEUS TRADICIONAL - CEADTAM - CGABD
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
TERCEIRO TRIMESTRE DE 2025
Jovens: O VERDADEIRO EVANGELHO
COMENTARISTA: Alexandre Coelho
COMENTÁRIO: PB. ANTONIO VITOR DE LIMA BORBA
LIÇÃO 9 - FILHOS DE DEUS E DESCENDENTES DE ABRAÃO
O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.
O QUE A LEI DIZ
"Dizei-me vós, os que quereis estar sob a lei..." (4.2 Ia). Essas palavras de Paulo são endereçadas às pessoas cuja religião é legalista, que imaginam que o caminho a Deus é por meio da observância de certas regras. São indivíduos que transformam o evangelho em lei e supõem que o seu relacionamento com Deus depende de uma obediência restrita a regulamentos, tradições e cerimônias. São até crentes professos, mas que vivem escravizados por esses preceitos.
A mente dos judaizantes estava cauterizada. Eles não entendiam que viviam debaixo de uma grande escravidão espiritual, pois a lei não tinha a capacidade de libertar e livrar os que estavam debaixo dela, apontando apenas para a necessidade de um salvador fiel e perfeito, que realizasse a obra completa.
Paulo vai ao terreno de seus opositores e os chama para o confronto em seu próprio território, capturando-os com o laço de sua própria lógica. Paulo diz aos seus opositores que estar sob a lei é o caminho da servidão, pois a verdade dos fatos é que aqueles que estão sob a lei estão debaixo de escravidão. Isso porque a própria lei da qual querem ser servos se levantará como seu juiz para condená-los. A lei foi dada não para salvar, mas para mostrar a necessidade do Salvador.
O que Paulo pretende com a alegoria das duas mães e dos dois filhos é apresentar a fraqueza daquilo que os judaizantes apresentavam como firmeza e necessidade. Em Cristo não existe mais a necessidade do jugo da lei, por isso viver debaixo da lei seria desejar para sempre ser escravo.
O propósito da lei é revelar o pecado, tomar o pecador pela mão e levá-lo ao Salvador. A lei não é um fim, mas um meio. Seu papel não é abrir as portas da prisão, mas encerrar o pecador na prisão, a fim de que ele se desespere de si mesmo e busque o libertador.
O FILHO DA CARNE E O FILHO DA PROMESSA
Paulo lembra a seus leitores que Abraão teve dois filhos: Ismael, filho de uma escrava, e Isaque, filho de uma mulher livre. Nos versículos alegóricos (4.24-27), ele argumenta que esses dois filhos e suas mães representam duas religiões: uma religião de servidão, que é o judaísmo, e uma religião de liberdade, que é o cristianismo. Nos versículos pessoais (4.283 1), ele aplica a sua alegoria a nós. Se somos cristãos, não somos como Ismael (escravos), mas como Isaque (livres). Finalmente, o apóstolo demonstra o que devemos esperar se nos parecemos com Isaque.
Esse confronto através da alegoria convida a todos a entenderem o que o evangelho fez por nós. Fomos gerados filhos pela promessa espiritual, e isso vai além de qualquer compreensão dos judaizantes. Espiritualmente somos contados como filho de Sara, não de Hagar.
Paulo confronta aqueles que cultivavam uma falsa esperança no seu parentesco com Abraão para dizer que o patriarca tinha dois filhos, porém de mães diferentes e de naturezas diferentes. Ismael era filho de Hagar, uma mulher escrava, e nasceu segundo a carne. Isaque era filho de Sara, a mulher livre, e nasceu segundo a promessa.
Essa falsa sensação de firmeza por parte dos judaizantes, que alegavam possuir uma filiação consanguínea com Abraão está sendo desconstruída por Paulo na alegoria que apresenta. Ele expõe, com clareza, o grande equívoco dos judaizantes.
Ismael é símbolo da lei, e Isaque é símbolo da graça. Um nasceu segundo a carne, e o outro segundo a promessa. Essas duas diferenças entre os filhos de Abraão, Ismael tendo nascido escravo segundo a natureza, e Isaque tendo nascido livre segundo a promessa, Paulo considera "alegóricas". Todos são escravos por natureza, até que no cumprimento da promessa de Deus sejam libertados. Portanto, todos são Ismaéis ou Isaques, sejam escravos por natureza ou livres pela graça de Deus.
A SOLUÇÃO PARA ESSE CONFLITO
Hagar, símbolo da velha aliança. Hagar é a mulher escrava que gera para a escravidão. Ela é tipificada pelo monte Sinai e pela Jerusalém terrena. Representa aqueles que confiam na lei para a sua salvação. [ . . . ] Hagar é a mãe daqueles que confiam na lei para a sua salvação. Mas a religião do legalismo só pode gerar para a escravidão. Os filhos dessa religião são escravos. Eles não podem atingir as exigências da lei.
Os judaizantes e os gálatas precisavam compreender que a lei não tinha a capacidade de salvar como imaginavam. Ela era somente mais uma grande pregação que apontava para a necessidade de um salvador.
Sara, símbolo da nova aliança. Hagar, a escrava, é o monte Sinai e a Jerusalém atual. Ela é o símbolo da antiga aliança, na qual o homem está debaixo da lei e é escravo dela. No entanto, Sara, a mulher livre, é símbolo da Jerusalém lá do alto. E a mãe de todos os filhos da promessa, aqueles que nasceram do Espírito.
Nós que fomos salvos, por intermedio do sacrificio na cruz do calvário, somos contados como filhos da promessa. Por isso que somos livres, para vivermos debaixo da graça de Deus e renovando o nosso entendimento continuamente.
Aqueles que creem e são salvos pela graça são filhos de Sara. Esses são os que nascem do Espírito e são livres. Se Hagar gera para a escravidão; Sara gera para a liberdade e para a vida. Paulo diz que Sara corresponde à Jerusalém de cima. Ela é a mãe dos cristãos, isto é, eles são nascidos e vivem a partir da esfera do Deus revelado, do Cristo exaltado e do Espírito Santo, sendo como tais livres da lei, filhos nascidos em liberdade.
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PB. ANTONIO VITOR LIMA BORBA