ASSEMBLEIA DE DEUS TRADICIONAL - CEADTAM - CGABD
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
TERCEIRO TRIMESTRE DE 2025
Jovens: O VERDADEIRO EVANGELHO
COMENTARISTA: Alexandre Coelho
COMENTÁRIO: PB. ANTONIO VITOR DE LIMA BORBA
LIÇÃO 7 - A PROMESSA QUE NÃO PODE SER REVOGADA
O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.
O PACTO DE DEUS ANTERIOR À LEI
Como podemos saber que uma pessoa é justificada pela fé somente? Porque Deus deu sua promessa de fé a Abraão antes de dar a lei a Moisés. A promessa de fé precede o pacto da lei. Abraão foi justificado pela fé mais de quatro séculos antes de a lei ser dada. A aliança da fé tem suas raízes na eternidade, uma vez que antes de ela ter sido dada a Abraão no tempo, foi dada a Cristo na eternidade. Porque a promessa da justificação pela fé veio antes da lei, ela não pode ser ab-rogada pela lei.
Abraão reflete que a intenção de Deus sempre foi salvar o homem por intermédio da fé que o pecador tem no Cristo crucificado. A obra divina realizada na vida do patriarca vinha como testemunho contra os judaizantes, que apontavam sempre para a lei, afirmando sua superioridade.
Em virtude de Deus ter feito sua promessa pactual com Abraão por meio de Cristo, nem mesmo Moisés pode mudar essa aliança. Não se pode acrescentar coisa alguma a ela nem tirar coisa alguma dela.
Abraão creu, e por isso foi-lhe imputado a justificação da parte de Deus. Tudo por intermédio da fé, e apenas a fé. Não foi por intermédio das obras da lei, pois a lei ainda não existia. A salvação é a obra divina que não depende da lei para ser executada, mas sim apenas do ato de fé por parte do pecador.
A herança concedida a Abraão foi a justificação, e ele não foi justificado pela lei, mas pela fé, e isso, gratuitamente. Abraão não mereceu nem conquistou essa herança; ele a recebeu gratuitamente pela fé. A salvação é um dom gratuito de Deus, e não uma conquista do homem.
A LEI NÃO INVALIDA AS PROMESSAS DE DEUS
Como podemos saber que a lei não justifica o pecador nem o faz aceitável diante de Deus? Porque o propósito da lei é revelar o pecado em vez de removê-lo. Vemos aqui, ao mesmo tempo, a força e a debilidade da lei. Sua força está em que ela define o pecado; sua debilidade em que ela nada pode fazer para remediá-lo. [...] A lei havia definido o caminho certo e tornou os homens conscientes dele. A lei, porém, não tinha poder para refrear as transgressões; somente o evangelho poderia realizar tal coisa.
Se a lei tivesse a capacidade de justificar o pecador, não haveria a necessidade de termos um redentor, pois a lei era suficiente. Contudo, entendemos, pela Palavra de Deus, que a promessa de redenção nos apontou para o alto e nos fez entender que a graça é muito superior.
A lei não contradiz a promessa; antes coopera com ela, a fim de cumprir o propósito de Deus. Apesar de a lei e a graça serem opostas, elas se complementam. A lei cumpre seu papel no propósito de preparar o homem a receber pela fé a promessa. A lei toma o pecador pela mão e o leva a Cristo.
Esse conflito entre lei e graça estava sendo gerado nas mentes dos gálatas. Os judaizantes investiam pesado na desconstrução do que estava sendo pregado por Paulo, afirmando que a lei possuíra poder, e por isso convidavam continuamente os gálatas para voltar para trás.
Os falsos mestres estavam induzindo os crentes da Galácia a se voltarem da fé para as obras da lei. Isso era um retrocesso, marcha a ré, uma vez que o propósito da lei era manter o homem sob tutela, na prisão, para a liberdade da fé em Cristo Jesus. A lei como prisão contradiz integralmente a doutrina judaica. Lá ela é considerada um muro protetor para fora, contra intrusos não autorizados do mundo gentílico. Aqui, porém, ela é um muro para dentro, de modo que os internos não podem escapar nem romper a esfera sagrada de Deus, e o pecado permanece sendo pecado que exclui da casa paterna.
OS VERDADEIROS FILHOS DE DEUS
Pela lei temos consciência de que somos pecadores culpados; pela promessa somos justificados pela fé e pela fé somos feitos filhos de Deus. Não somos justificados pelos nossos méritos, mas pelos méritos de Cristo. Não somos salvos pelas nossas obras, mas pela obra de Cristo. Não somos aceitos na família de Deus por nós mesmos, mas somos filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus. Quando cremos em Cristo, recebemos o poder de sermos feitos filhos de Deus (Jo 1.12).
Fomos feitos filhos por adoção através da fé. Somente pela fé somos contados como reconciliados com o Pai e pertencentes à descendência da promessa que foi feita a Abraão. Hoje somos chamados Igreja, e pela fé continuamos juntos e avançando para a nossa herança celestial.
Vimos que em Cristo pertencemos a Deus e uns aos outros. Em Cristo também pertencemos a Abraão. Somos a descendência espiritual de Abraão, pois em Cristo nos tornamos herdeiros da promessa que Deus lhe fez. Jesus Cristo é o descendente de Abraão e aqueles que pertencem a Cristo são os verdadeiros descendentes de Abraão e herdeiros da promessa feita a ele. Essa promessa fala da herança da justificação, da salvação e da bemaventurança eterna (Rm 8.15-17).
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PB. ANTONIO VITOR LIMA BORBA