ASSEMBLEIA DE DEUS EM MACAÍBA/RN - IEADERN
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2025
Jovens: A Verdadeira Religião - Um Convite à Autenticidade na Carta de Tiago
COMENTARISTA: Eduardo Leandro Alves
COMENTÁRIO: Pr. Erivandro Galdino
LIÇÃO 6 - A AUTENTICIDADE DE UMA LINGUAGEM SADIA
INTRODUÇÃO
Qual o efeito que nossas palavras possuem sobre a vida daqueles que nos ouvem? No capítulo 3 da Epístola de Tiago, somos advertidos sobre o poder e a responsabilidade do uso da língua. Esse pequeno órgão tem um impacto desproporcional na vida do ser humano, sendo capaz de edificar ou destruir, trazer alegria ou tristeza, paz ou conflito. Tiago 3.1-11 aborda a importância de controlar nossa fala e desenvolver uma linguagem sadia que reflita nossa fé em Jesus Cristo. Nossas palavras têm a capacidade de influenciar profundamente o ambiente ao nosso redor. Por meio da linguagem, podemos transmitir conhecimento, expressar sentimentos, construir relacionamentos e até mesmo moldar o pensamento de outros. No entanto, essa mesma habilidade pode ser utilizada de forma destrutiva, causando mal-entendidos, espalhando discórdias e prejudicando a confiança e a dignidade das pessoas. Tiago nos alerta sobre o imenso poder que a língua possui e a responsabilidade que temos em utilizá-la de m aneira sábia e construtiva. A Carta de Tiago é um lembrete oportuno da necessidade de vigilância constante sobre o que conversamos. Em um mundo onde a comunicação é instantânea e muitas vezes impulsiva, palavras proferidas sem reflexão podem causar danos irreparáveis. A advertência de Tiago é clara: controlar a língua não é apenas um a questão de etiqueta social, mas um a expressão da nossa maturidade espiritual e do nosso compromisso com os ensinamentos de Cristo. O controle da língua é um a evidência da transformação que o Espírito Santo opera em nossa vida, refletindo nosso crescimento em sabedoria e discernimento. Este capítulo busca explorar a mensagem de Tiago sobre o uso da língua, analisando sua relevância para nossa vida cotidiana. Vamos abordar, em primeiro lugar, a necessidade de dominar a língua, entendendo que, ao fazê-lo, demonstramos autocontrole e maturidade espiritual. Em seguida, examinaremos os perigos de uma língua descontrolada, confirmando os danos que palavras impensáveis possam causar. Finalmente, discutiremos as características de uma linguagem sadia e irrepreensível, alinhada com os princípios cristãos de amor, paz e justiça. Ao refletir sobre esses aspectos, seremos desafiados a avaliar e transformar nossa comunicação, tornando-a um testemunho vivo de nossa fé em Cristo.
I- A NECESSIDADE DE DOMINAR A LÍNGUA.
Tiago 3.1 inicia com um a advertência para os mestres: “Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo”. Aqueles que ensinam são responsáveis por usar sua língua com sabedoria, pois suas palavras têm grande influência sobre os outros. A palavra grega para mestre é didáskalos, podendo significar: no Novo Testamento, alguém que ensina a respeito das coisas de Deus, e dos deveres do homem; ou ainda alguém que é qualificado para ensinar. Trazendo a ideia de um rabino que possuía conhecimentos sobre a Lei. Os mestres surgem no texto como um excelente exemplo do poder da língua, pois com suas palavras ele podem conduzir seus discípulos, seus ouvintes, da mesma forma que freios conduzem cavalos e lemes conduzem navios. A ideia é destacar que as palavras ditas, de alguma forma afeta quem as ouve. No versículo 2, Tiago afirma: “Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal varão é perfeito e poderoso para também refrear todo o corpo”. Claramente é explicado que todos nós cometemos erros. Isso destaca o poder da língua em controlar não apenas nossas palavras, mas também nossas ações. Àqueles que ensinam (os mestres do versículo 1), fazem de forma oral e seus insucessos, geralmente, estão relacionados às palavras proferidas. Tiago destaca que o ensinar e o uso da língua são inseparáveis, destacando, mais do que qualquer outro escritor bíblico, o perigo de uma língua descontrolada. Há uma utilização de metáforas que ampliam a compreensão e ilustra o impacto desproporcional da língua. No versículo 3, ele com para a língua ao freio que dirige um cavalo e ao leme que controla um navio (v. 4). Em bora pequena, a língua pode direcionar nossa vida inteira, para o bem ou para o mal, ou seja, se um ser humano, relativamente pequeno pode, por meio do freio (um artefato muito pequeno), controlar um animal maior, pode muito bem controlar sua língua! Da mesma forma Tiago se utiliza da comparação com o leme. Grandes embarcações a vela, movidas pelo vento forte, mas, todavia, é guiada por um pequeno leme. Assim, se um ser humano pode controlar o curso de uma grande embarcação com um pequeno leme, ele deve ser capaz de controlar a sua língua para que tenha bom curso nos mares desta vida aos quais precisamos atravessar.
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PR. ERIVANDRO GALDINO