ASSEMBLEIA DE DEUS TRADICIONAL - CEADTAM - CGABD
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2025
Jovens: A Verdadeira Religião - Um Convite à Autenticidade na Carta de Tiago
COMENTARISTA: Eduardo Leandro Alves
COMENTÁRIO: PB. ANTONIO VITOR DE LIMA BORBA
LIÇÃO 5 - A AUTENTICIDADE CONTRA UMA FÉ MORTA
O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.
OS PERIGOS DE UMA FÉ IMPRODUTIVA
A fé é uma doutrina chave no cristianismo. O pecador é salvo pela fé (Ef 2.8,9), o justo vive pela fé (Rm 1.17). Sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6). Tudo o que é feito sem fé é pecado (Rm 14.23). As pessoas com uma fé morta substituem obras por palavras. Elas conhecem as doutrinas, mas elas não praticam a doutrina. Elas têm discurso, mas não têm vida. A fé está apenas na mente, mas não na ponta dos dedos. A pessoa diz que tem fé, mas na verdade não tem.
Muitos afirmam serem pessoas cheias de fé, contudo, suas atitudes são totalmente contrárias às palavras que proferem. Uma fé que não tem a capacidade de produzir no e para o Reino passa a ser improdutiva.
Uma fé improdutiva consiste em uma fé é ineficiente, inoperante e não produz nenhum resultado. Ela tem sentimento, mas não ação. Tiago dá dois exemplos para ilustrar a fé morta (2.15,16). Um crente vem para a igreja sem roupas próprias e sem comida. Uma pessoa com uma fé morta vê essa situação e não faz nada para resolver o problema do irmão necessitado. Tudo o que ele faz é falar algumas palavras piedosas (2.16).
O campo da ação acaba ficando limitado às palavras vazias. Nós destacamos a nossa fé quando somos transformados pela Palavra para amar e cuidar daqueles que precisam de nós. Quando aplicamos as nossa fé através das obras que glorificam o Pai, testemunhamos verdadeiramente o Seu amor para com a humanidade.
Tiago objetiva seus ensinos contra os que na igreja já professavam a fé em Cristo e na expiação pelo seu sangue, crendo que isso por si só bastava para a salvação. Eles também achavam que não era essencial no relacionamento com Cristo obedecer-lhe como Senhor. Tiago diz que semelhante fé é morta e que não resultará em salvação, nem em qualquer outra coisa boa. O único tipo de fé que salva é “ a fé que opera por caridade” (Gl 5.6).
A EVIDÊNCIA DA FÉ POR INTERMÉDIO DAS AÇÕES
Tiago é claro em afirmar que a fé sem as obras está morta (2.17; 2.26), e uma fé morta não salva ninguém. Essa fé intelectual, inútil, incompleta e morta não salva ninguém. Ortodoxia sem piedade produz morte. Não podemos ser cristãos e, ao mesmo tempo, ignorar as necessidades dos outros. Devemos reconhecer que, se há alguém com fome e nós temos os meios para socorrê-lo, não somos cristãos de verdade se não ajudarmos essa pessoa. Não podemos ser indiferentes às necessidades do próximo e ainda professar que somos cristãos.
A nossa fé deve estar associada as nossas ações, de maneira que aquilo que é palpável confirmará o que não se pode ver. As obras se constituem em ser a voz de uma fé verdadeira, pois a fé sempre será manifestada e confirmada por aquilo que fazemos. Quanto melhores forem os nossos frutos, maior será a nossa fé.
A verdadeira fé salvífica é tão vital que não poderá deixar de ser expressa por ações, e pela devoção a Jesus Cristo. As obras sem a fé são obras mortas. A fé sem obras é fé morta. A fé verdadeira sempre se manifesta em obediência para com Deus e atos compassivos para com os necessitados.
ABRAÃO E RAABE, EXEMPLOS DE UMA FÉ VIVA
Tiago cita dois exemplos; Abraão e Raabe. Duas pessoas totalmente diferentes; Abraão, o amigo de Deus; Raabe, membro dos inimigos de Deus. Abraão, piedoso; Raabe, prostituta. Abraão, judeu; Raabe, gentia. O que tinham em comum? Ambos confiaram na Palavra de Deus. A questão não é a fé, mas o objeto da fé. Não é fé na fé. Não é fé nos ídolos. Não é fé nos ancestrais. Não é fé na confissão positiva. Não é fé nos méritos. E fé em Deus e em Sua Palavra. A fé está baseada em um conjunto de verdades. A fé está estribada em Deus e em Sua Palavra. Não é fé em subjetividades, mas fé na Palavra.
Duas pessoas com características distintas de vida, contudo, ligadas pelo mesmo exercício que trouxe a salvação para dentro de seus lares: a fé. Veja, portanto, que as ações de ambas destacaram a fé que possuíam, fazendo-as gozarem do favor divino por causa de suas atitudes.
Abraão não foi salvo pela fé mais as obras, mas pela fé que produz obras. Como, então, Abraão foi justificado pelas obras, uma vez que já tinha sido justificado pela fé (Gn 15.6; Rm 4.2,3)? Pela fé, ele foi justificado diante de Deus, e sua justiça foi declarada. Pelas obras, ele foi justificado diante dos homens, e sua justiça foi demonstrada. A fé do patriarca Abraão foi demonstrada por suas obras. Olhando para Raabe entendemos que ela creu e agiu. Ela ouviu a Palavra de Deus e reconheceu que estava em uma cidade condenada. Ela não somente entendeu â mensagem, mas seu coração foi tocado (Js 2.11), e assim fez alguma coisa: protegeu os espias (Hb 11.31). Ela arriscou sua própria vida para proteger os espias. Mais tarde ela fez parte do povo de Deus (Mt 1.5) e tornou-se membro da genealogia de Cristo. Isso é graça que opera a fé salvadora.
Uma fé autêntica não é demonstrada pelo que possuímos ou por quem falamos que somos, mas sim através das ações que nos fazem destacar o amor de Deus através de nossas vidas. Sim, uma fé autêntica é destacada e revelada através das boas obras que realizamos para a glória de Deus.
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PB. ANTONIO VITOR LIMA BORBA