ASSEMBLEIA DE DEUS TRADICIONAL - CEADTAM - CGABD
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
TERCEIRO TRIMESTRE DE 2024
Jovens: NA COVA DOS LEÕES - O exemplo de fé e coragem de Daniel para testemunho cristão em nossos dias
COMENTARISTA: Valmir Nascimento
COMENTÁRIO: PB. ANTONIO VITOR DE LIMA BORBA
LIÇÃO 12 - ESTUDO, ORAÇÃO E AS SETENTA SEMANAS DE DANIEL
O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.
ESTUDO E INTERCESSÃO DE DANIEL
Daniel aprendeu dos livros dos profetas, especialmente de Jeremias, que a desolação de Jerusalém duraria setenta anos, e que esta aproximava-se de seu final. As promessas de Deus servem para estimular as nossas orações, e não para torná-las desnecessárias; e quando percebemos que o seu cumprimento se aproxima, devemos rogar a Deus com maior fervor.
Daniel persistia em estudar as mensagens deixadas pelos profetas que o antecederam. Esse costume destaca como o agora senhor, de aproximadamente 80 anos, perseverou em seus costumes de prosseguir aprender a mensagem celestial que foi deixada pelos grandes profetas que o antecederam.
Ao entender os escritos deixados por Jeremias, Daniel entendeu que estava chegando o tempo determinado da profecia, e, por isso, desejou em seu coração buscar ao Senhor em oração. Ele entendia que deveria voltar-se ao Senhor e render súplicas em favor de toda a nação, onde ele não deixou de incluir a sua própria vida contada entre eles (Dn 9.4-19).
Em todas as nossas orações devemos fazer confissão, não somente dos pecados pelos quais fomos culpáveis, mas de nossa fé em Deus e de nossa dependência dEle; de nossa tristeza por causa do pecado, e de nossa decisão contra ele. A linguagem de nossas convicções deve ser a nossa confissão. Aqui está a oração séria, humilde e devota de Daniel a Deus, na qual ele lhe dá a glória como Deus temível e fiel. Devemos contemplar, em oração, a grandeza e a bondade, a majestade e a misericórdia de Deus. Aqui há uma confissão penitente de pecados, que é a causa dos transtornos sob os quais o povo gemeu por tantos anos. Todos aqueles que queiram encontrar misericórdia devem confessar os seus pecados. Aqui há um reconhecimento da justiça de Deus que humilha o ego; e o caminho do verdadeiro penitente é sempre reconhecer, deste modo, que Deus é justo. As aflições são permitidas ou enviadas para levarem os homens a abandonarem os seus pecados e compreenderem a verdade de Deus.
DEUS REVELA O FUTURO DO SEU POVO
A palavra de Deus afirma que Daniel ainda estava orando quando o anjo Gabriel, que Daniel intitula como “o varão Gabriel”, veio e tocou-lhe quando estava no momento do sacrifício da tarde (Dn 9.20,21). Ele veio para que Daniel entendesse tudo aquilo que o Senhor realizaria no futuro.
Imediatamente foi enviada uma resposta memorável à oração de Daniel. Não esperemos que Deus envie respostas às nossas orações por meio de anjos, mas oremos fervorosamente por tudo aquilo que Deus nos tem prometido, e que podemos, por fé, tomar por promessa como resposta imediata de nossas orações; aquEle que prometeu é fiel. Foi revela da a Daniel uma redenção muito mais grandiosa e gloriosa, a qual Deus realizaria a favor de sua Igreja nos dias derradeiros. Aqueles que desejam familiarizar-se a Cristo e sua graça de vem orar muito.
A revelação trazida por Gabriel apresentou acontecimentos que implicariam, diretamente, no destino não somente dos judeus, mas de toda a humanidade. As setenta semanas de anos revelam, para nós, a salvação e esperança do mundo (o Messias), como também o juízo divino com a chegada do assolador.
Nos versos 24 a 27 temos uma das profecias mais notáveis a respeito do Senhor Jesus Cris to, de sua vinda e da salvação que Ele nos concederia. Mostra que os judeus são culpáveis pela mais obstinada incredulidade, ao esperar por um outro Messias, tanto tempo depois daquEle que foi expressamente designado para a sua vinda. Cada dia das setenta semanas representa um ano, o que resulta 490 anos. Ao final deste período, se ofereceria um sacrifício que expiaria completamente o pecado e produziria a justiça eterna, para a justificação completa de todo o crente. Então os judeus, crucificando o Senhor Jesus, cometeriam este crime, pelo qual a medida da culpa deles chegaria ao limite máximo, sobrevindo assim angústias à sua nação. ENTENDENDO AS SETENTA SEMANAS
Como falamos acima, a revelação das setenta semanas de anos é magnífica e importante, não somente para o povo judeu, mas a toda a humanidade. Hoje esperamos o arrebatamento da Igreja, episódio que marcará o início da última e terrível semana para os judeus e aqueles que aqui ficarem.
A contagem das setenta semanas — ou 490 anos — começou com o decreto de Artaxerxes para restaurar Jerusalém e foi interrompida com a morte do Messias (Ne 1—2; Dn 9.25,26). De acordo com a revelação dada ao profeta, essas semanas se subdividem em três períodos.
A primeira parte compreende “sete semanas”, isto é, 7x7, ou 49 anos (Dn 9.25), e destaca, com clareza, o começo da contagem dessas “semanas” — “desde a saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém” (...) Daquela data até à conclusão desse trabalho (Ne 6.15) passaram-se realmente 49 anos. A segunda etapa compreende “sessenta e duas semanas”, isto é, 62x7, ou 434 anos, tempo que abrange da restauração de Jerusalém ao Messias, o Príncipe, Dn 9.25. É realmente impressionante observar que desde a data do decreto para a restauração até à data da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém (Mt 21.1-10) passaram-se exatamente 69 “semanas” ou 69x7, que são 483 anos. A terceira parte compreende a última semana, isto é, a septuagésima semana, sobre a qual a profecia diz: “Ele firmará um concerto com muitos por uma semana, e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares, e sobre a asa das abominações virá o assolador...”, Dn 9.27. Comparando esta expressão com a palavra de Jesus, quando profetizava sobre esses acontecimentos (Mt 24.15,21), fica provado que a septuagésima semana, sem dúvida, representa o tempo da grande aflição.
Hoje estamos vivendo no período do grande intervalo previsto na visão das setenta semanas de anos. Nesse intervalo, conhecido como a dispensação da graça ou da Igreja, estamos favorecidos pelas misericórdias do Senhor, que deseja salvar a todos (1 Tm 2.4-6; 2 Pe 3.9). Que o mundo possa voltar-se para Cristo em quanto é tempo.
Referências:
1 – HENRY, Matthew. Comentário Bíblico. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.
2 – ZIBORDI, Ciro Sanches in GILBERTO, Antonio et al. Teología Sistemática Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
3 – BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PB. ANTONIO VITOR LIMA BORBA