ASSEMBLEIA DE DEUS - CAMPINA GRANDE/PB
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
SEGUNDO TRIMESTRE DE 2017
Jovens - O sermão do monte> a justiça sob a ótica de Jesus
COMENTARISTA: CÉSAR MOISÉS CARVALHO
COMENTARIO: PROF. FRANCISCO DE ASSIS BARBOSA
LIÇÃO Nº 1 – AS BEM AVENTURANÇAS
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
É impossível a qualquer pessoa, com um mínimo de bom senso, não se surpreender com o texto conhecido como “As bem-aventuranças”. São nove versículos que destacam condições, sentimentos e valores que o mundo de então, tal como o de hoje, rejeita. Isso porque na cultura “ensimesmada”, ou “autocentrada”, a simples demonstração do que significa viver sob a perspectiva de Jesus Cristo e do seu Reino, é algo inconcebível. Durante este trimestre teremos a oportunidade maravilhosa de estudar o “Sermão do Monte”. Uma passagem muito conhecida do Evangelho de Mateus que precisa, urgentemente, ser estudada. A justificativa para essa necessidade é que o ímpeto da juventude a predispõe a estar sempre em busca de uma causa ou motivo pelo qual lutar. Tal disposição e interesse não possuem em si nada de ruim, pois como seres humanos precisamos de um sentido para viver. O problema é quando uma ideologia, por exemplo, torna-se a orientação fundamental da existência de uma pessoa. Por mais justa que seja a referida ideologia, ela será boa para alguns, mas nunca para todos. Já o Evangelho, conforme iremos aprender com o estudo dos capítulos cinco, seis e sete de Mateus, é a Boa Notícia global que Deus nos trouxe através de Jesus Cristo: “Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele” (Jo 3.17). [Comentário: Como introdução da revista, é esclarecedor dizer que “As bem-aventuranças” são as oito declarações de bênçãos pronunciadas por Jesus no início do Sermão da Montanha, registrado por Mateus no capítulo 5.3-12, cada uma começando com o termo "Bem-aventurados”. Também é bom esclarecer que há um certo debate quanto a exatamente quantas bem-aventuranças existem. O comentarista da revista afirma serem 9, alguns falam de sete, ou dez bem-aventuranças, mas assim como pensa Billy Grahan em seu livro O Segredo da Felicidade (CASA PUBLICADORA BATISTA), o que se depreende da leitura dos versículos 10-12 de Mateus 5 como sendo uma bem-aventurança, temos o número de 8. O sermão da Montanha é o mais famoso sermão que Jesus deu, talvez o mais famoso já dado por alguém. Mateus 5.1-2 é a razão pela qual esse texto é conhecido como o Sermão da Montanha: "Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte, e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos; e ele passou a ensiná-los…." A localização do monte é incerta, mas é provável que ficasse próximo aos arredores de Cafarnaum. Segundo o costume dos rabis, Jesus ficava sentado enquanto ensinava. Note que os discípulos incluíam uma audiência maior do que os 12. O Sermão da Montanha abrange vários temas diferentes, sendo que sua introdução é justamente as “Bem-aventuranças”. A palavra grega traduzida por "bem-aventurado" significa mais do que um estado emocional representado pela palavra ‘feliz’ e inclui o bem-estar espiritual, tendo a aprovação de Deus e, assim, um destino mais feliz (Veja o Sl 1). Aqueles que experimentam a primeira parte de uma bem-aventurança (os pobres, os que choram, os mansos, os com fome de justiça, os misericordiosos, os puros, os pacíficos e os perseguidos) também experimentarão a segunda parte da bem-aventurança (reino dos céus, conforto, herdarão a terra, saciados, misericórdia, verão a Deus, chamados filhos de Deus, herdarão o reino dos céus). Os bem-aventurados têm uma parte na salvação e têm entrado no reino de Deus, experimentando um pouco do céu. As Bem-aventuranças são a afirmação clássica da ética do Reino de Deus.] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?
I. A FELICIDADE DOS HUMILDES, DOS AFLITOS E DOS CALMOS
1. A bem-aventurança dos pobres de espírito. Antes de pronunciar a primeira bem-aventurança, observa o evangelista Mateus, que Jesus “vê” a multidão (v.1). O “ver” aqui não é simplesmente enxergar ou contemplar, mas um olhar que contém compaixão e que se importa com o outro. Uma importante observação que aparece na versão bíblica Corrigida é que Ele, “abrindo a boca, os ensinava” (v.2). Não se trata de uma redundância, mas um registro que evidencia uma das formas, ou métodos, de Jesus ensinar, pois em outras ocasiões Ele o fez em silêncio (Jo 8.6,7; 13.3-17). Em seu ensino, o Mestre destaca, em primeiro lugar, que é bem-aventurado ou feliz, os “pobres de espírito”, isto é, os humildes, pois “deles é o Reino dos céus” (v.3). Os pobres de espírito são aqueles que, por reconhecerem sua dependência de Deus, não se apoiam em méritos próprios e muito menos em alguma coisa que possuam. Justamente por isso, eles são felizes, pois confiam integralmente em Deus e vivem para Ele. Deles então é o Reino dos céus, uma vez que vivem, já aqui, àquilo que muitos só experimentarão no futuro: A alegria da plena comunhão com o Senhor Deus (Jo 15.11).[Comentário: Ser pobre de espírito é ter a disposição descrita em Isaías 66.:2: "... mas o homem para quem olharei é este: o aflito e abatido de espírito e que treme da minha palavra". Como está bem explicado pelo comentarista, os que tem maior necessidade espiritual estão mais aptos para perceber essa necessidade e depender só de Deus e não da sua própria bondade. Paulo observa o mesmo princípio em Rm 9.30-31. O paralelo em Lucas 6.20 omite “de espírito”. Isto tem levado muitos a suporem que Jesus, primariamente, se referiu aos materialmente pobres. Pobreza material e reconhecimento da necessidade espiritual frequentemente andam juntas, mas as duas espécies de pobreza não são idênticas. Assim, esta bem-aventurança não confere nenhuma bênção especial aos desprovidos economicamente. Não devemos ter em mente que a pobreza fomente alguma proteção ou preterição por parte de Deus, nem devemos interpretar equivocadamente o texto que diz: "Bem-aventurados os pobres, pois deles é o reino dos céus". Pobre aqui é uma qualidade espiritual e não uma condição econômica. Ajuda pensar sobre o oposto de "pobre de espírito". O contraste seria "orgulhoso de espírito", auto-suficiente, arrogantemente independente. Há indivíduos com a atitude que diz "não preciso que ninguém me dê qualquer direção na vida. Eu posso passar muito bem sem qualquer padrão moral de uma fonte divina". Este é o espírito moderno do humanismo. No Glossário do Humanismo o conceito é definido deste modo: "... uma visão da vida que é centrada no homem e sua capacidade de construir uma vida que vale a pena para si mesmo e seus parceiros, aqui e agora. A ênfase é colocada nos próprios recursos intelectuais e morais do homem, e a noção de religião sobrenatural é rejeitada."]
2. A bem-aventurança dos que choram. Há vários tipos de choro e também de motivações para chorar; contudo, o Mestre refere-se a quem chora de aflição. Tal aflição não é de ordem puramente material, mas uma angústia por ter de enfrentar as vicissitudes de um mundo caído sem, contudo, tornar-se perverso tanto quanto os maldosos (Mt 10.16). Longe de ser um sinal de fraqueza, o choro do aflito traz a oportunidade de consolo: Um consolo que, promete-nos a Palavra de Deus, será de um privilégio sem precedentes, pois o próprio “Deus limpará de seus olhos toda lágrima” (Ap 21.4). [Comentário: Billy Grahan, em obra já citada, escreve: “A verdade é esta: o homem, apesar de sua boa vontade, de suas conquistas e espírito engenhoso, é um indigente espiritual, sem Deus. [...] Esta segunda Bem-aventurança – "Bem-aventurados os que choram" – parece a princípio coisa paradoxal. Podem andar juntos alegria e choro?! Como se pode ser feliz com as faces banhadas de lágrimas? Como se pode extrair o perfume da alegria do fel de tristezas?! Todavia, se nos assegura que há aqui um significado oculto e profundo, pois nos lembramos de que Jesus está falando a todos os homens de todos os credos e de todas as idades, e lhes está revelando o segredo da felicidade”. ‘Os que choram’ significa os que "sentem profunda tristeza, mostram grande ansiedade, ou deploram alguma coisa que está errada". Significa que, se temos de viver em plano mais elevado, devemos ser sensíveis, simpáticos, amoráveis e alertas às necessidades de nossos semelhantes e do mundo. O contexto indica que estão chorando por causa do pecado e do mal, especialmente os deles mesmos, e por causa do fracasso da humanidade em dar a glória devida a Deus. Os que choram não são necessariamente pessoas consternadas, mas os que passam pelo pesar do arrependimento.]
3. A bem-aventurança dos mansos. Em tempos de disputa e de fervilhamento de grupos que se levantavam entre os judeus para reconquistar a soberania política, afirmar que felizes são os mansos, ou não-violentos, é um desafio. Exaltar a calma, a mansidão e a serenidade em um contexto belicoso representava uma afronta e até mesmo uma espécie de conformismo com a situação perante grupos radicais, como os zelotes, por exemplo (At 5.36,37). O Mestre, porém, não se importa com tal pensamento e reverbera o Salmo 37.11: “Mas os mansos herdarão a terra e se deleitarão na abundância de paz”. A tão sonhada promessa de “posse da terra” não é uma conquista do braço, ou da força humana, mas uma posição reverente e calma por parte dos que creem que do “Senhor é a terra e toda a sua plenitude”, sabendo que “fiel é o que prometeu” e Ele a dará aos que nEle confiam (Sl 24.1; Hb 10.23). [Comentário: Nesta terceira Beatitude temos estas palavras de Jesus: "Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a Terra." Já lhe ocorreu alguma vez pensar que há felicidade em ser manso? O dicionário nos diz que manso quer dizer "humilde, submisso e complacente". E a verdade é que muitos de nós conhecemos poucos que são humildes, dóceis e complacentes. Mansos não conota uma fraqueza, mas sim uma energia controlada. A palavra condensa as idéias de humildade e autodisciplina. Esta bem-aventurança assemelha-se à do Salmo 37.11 e, talvez esteja baseada nela. Esta mansidão é de natureza espiritual revelando uma atitude de humildade e submissão à Deus. Nosso modelo de mansidão é Jesus que se submete à vontade de Seu Pai. A mesma palavra usada aqui é empregada para Jesus no capítulo 11.29. Não é de nossa natureza o ser manso. Pelo contrário, a nossa natureza nos arrasta para o orgulho e para a soberba. Por isso é que o novo nascimento é coisa essencial e indispensável para cada um de nós. “A mansidão é uma jóia de muitas facetas. É atributo espiritual que nos apresenta muitos aspectos. Coloquemos essa jóia de espiritual beleza à luz da verdade e busquemos compreender a sua beleza multifacetada.” Billy Graham.]
Fonte: http://auxilioebd.blogspot.com.br/2017/03/licao-1-jovens-as-bem-aventurancas.html Acesso em 01 abr. 2017.
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