Jovens e Adultos Betel

Lição 8 - Jovens e Adultos - Betel - O perigo de ser enganado por falsos profetas I

ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO MADUREIRA - SAMAMBAIA SUL/DF

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

SEGUNDO TRIMESTRE DE 2017

Jovens e Adultos - Betel - Jeremias: Deus convoca Seu povo ao arrependimento

COMENTARISTA: CLEMENTINO DE OLIVEIRA BARBOSA

COMENTÁRIO: PR. OSMAR EMÍDIO DE SOUSA

LIÇÃO Nº 8 – O PERIGO DE SER ENGANADO POR FALSOS PROFETAS

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INTRODUÇÃO

O perigo de sermos enganados por falsos profetas ou por falsos mestres é real, pois, além de saberem falar a linguagem do povo cristão, costumam também apresentar uma suposta autoridade espiritual (Mt 7.15; 2 Pe 2.1-3). Algumas vezes é possível o cristão identificar o perigo à sua volta e reconhecer sua fonte (Mt 7.16-19), mas, muitas vezes, tais profetas e mestres se apresentam de forma sutil, falam em nome do Senhor (Mt 7.20-23; Mc 13.22-23), e, geralmente suas mensagens vêm de encontro aquilo que as pessoas gostam de ouvir, dificultando com isto o discernimento sem a ajuda do Espírito Santo (Jr 5.31; Cl 2.8). Hoje, mais do que nunca, necessitamos de conhecer a Palavra do Senhor e de buscar discernimento espiritual para distinguir o real do aparente e a verdade da mentira (1 Co 2.14-16; 12.8-10; Tg 1.5; Ef 5.8-10; Sl 119.99, 129-130, 99; Pv 1.1-6; 20.5; Jó 34.4).

1. O PERIGO DO FALSO PROFETA

Desde os tempos antigos, Satanás vem usando os seus agentes a fim de levar o povo de Deus a tropeçar. No tempo do Antigo Testamento ele usava os falsos profetas (Jr 23.10-18; 27.9-10), já no tempo do Novo testamento, ele usa os falsos mestres (2 Pe 2.1-3, 10-19). Precisamos estar atentos, pois uma profecia proferida por um falso profeta, ou um ensino ministrado por um falso mestre pode trazer enormes prejuízos à igreja e danosas consequências à vida dos cristãos (At 20.28-30; 2 Pe 3.15-18). O cuidado para não sermos enganados é necessário, pois o alvo dos falsos profetas e falsos mestres sempre foi e sempre será de nos afastar da verdade do evangelho e combater os autênticos profetas e mestres da Casa de Deus (Cl 11.13; At 20.30-31). Este foi o objetivo de Hananias com suas falsas profecias e é também dos falsos mestres com suas vãs doutrinas (Jr 23.13-16; Mq 3.5-11).

1.1. Guardai-vos dos falsos profetas

Profeta, no contexto cristão, é todo aquele que fala por Deus e em nome de Deus. É aquele que se coloca como porta voz para levar e proclamar os autênticos oráculos de Deus, a fim de levá-los à obediência de Sua Palavra e conduzi-los à Sua presença (Ez 33.7). Já o falso profeta ou falso mestre, são pessoas contrárias a real vontade de Deus e aos autênticos ensinos bíblicos, e por isso, organizam movimentos, princípios, doutrinas, regras e normas que além de satisfazê-los, carregam muitos consigo, mantendo-os sobre seu domínio doutrinário. Nosso grande desafio, em relação aos falsos profetas e falsos mestres, é que eles não o fazem isto de forma aberta, mas usam de sutileza e do nome do Senhor para enganar aqueles menos avisados, e muitas vezes, até os mais entendidos. Denominam-se como “escolhidos” para trazer uma “revelação especial” da parte de Deus, sem, contudo, representar ou pertencer a Ele (Jr 28.1-4; Mt 7.15; Rm 16.17-18; 2 Pe 2.1). Jesus nos adverte dizendo que devemos estar precavidos, pois são lobos devoradores, disfarçados de ovelhas (Mt 7.15); O Apóstolo Paulo, por sua vez, pede aos irmãos que se desviem deles, pois são impostores, que estão infiltrados no meio do rebanho, com interesses pessoais e escusos, com palavras suaves e agradáveis, tentando enganar os corações inocentes, causar dissenções e/ou provocar escândalos doutrinários (Rm 16.17-18); O Apóstolo Pedro também chama a atenção dos cristãos dizendo que eles se infiltram no nosso meio com a intenção de produzir “disfarçadamente” heresias destruidoras (2 Pe 2.1). Como cristãos, não podemos jamais ignorar essas advertências, e muito menos ainda, perder de vista as diretrizes e o conhecimento da Palavra de Deus (Jo 5.39; Mc 12.24; Mt 22.29; Os 4.6; Sl 119.99,129-130).

1.2. O confronto de Hananias

Esse confronto entre Hananias e Jeremias, isto é, entre o falso e o verdadeiro profeta de Deus, ocorreu no início do reinado de Zedequias (Jr 27.1; 28.1). Nesse tempo Jeremias, por ordem do Senhor, fez alguns jugos ou cangas de madeira, e no tempo certo, o pôs sobre seu pescoço e saiu a proclamar e exortar Judá e alguns reinos sobre a submissão e obediência ao império da Babilônia (Jr 27.2-8; 28.2-4). Jeremias dizia que assim como o boi é dominado pela canga de seu dono, Judá e as nações deveriam sujeitar-se ao domínio dos caldeus, sendo inútil tentar livrar-se de Nabucodonosor (Jr 27.12-13); pregava ainda que a duração do cativeiro seria de setenta anos (Jr 25.11; 29.10) e que os deportados para Babilônia junto com o príncipe Joaquim (Jeconias), filho de Jeoaquim, não mais regressaria do cativeiro (Jr 22.24-30). Para confrontar Jeremias, Hananias, o falso profeta, diante do povo e dos sacerdotes, começa a proferir uma mensagem, como vinda de Deus e que todos gostariam de ouvir: O fim do cativeiro em dois anos, e não em setenta; a volta de todos os exilados, inclusive do príncipe Jeconias (Joaquim); e, a devolução de todos os utensílios tirados do templo (Jr 28.2-5). Estava ali, a palavra dele contra a de Jeremias. Quem estava certo? No aspecto popular, Jeremias ficou na desvantagem, pois tudo o que o povo queria ouvir naquele momento era uma mensagem de “vitória”. E, isto o falso profeta Hananias, que não tem compromisso com a verdade, ofereceu! Já o profeta Jeremias, que tinha compromisso com a verdade, não podia oferecer! Diante deste embate, restou a Jeremias advertir o povo e a não se empolgar nem se entusiasmar com as predições de Hananias, pois apesar de ser um discurso bonito e agradável, faltava ainda passar no teste do tempo, no qual as Escrituras ensinam: O profeta só será reconhecido como profeta, quando suas predições se cumprirem no tempo (Dt 18.22; Jr 28.9). Neste aspecto, Jeremias levou vantagem, pois todas as profecias preditas se cumpriram integralmente, enquanto que as de Hananias, todas caíram por terra, inclusive ele! (Jr 28.15-17; 52.31-34; 2 Rs 25.27-30; 2 Cr 36.22-23; Dn 9.2).

1.3. Dois profetas: dois exemplos

Hananias era do tipo que impressionava: Destemido, ousado, audacioso, dramático, que buscava projeção popular e que por isso, além de anunciar o que todos almejavam que acontecesse, também falava como profeta e tinha discurso de profeta (Jr 28.2-5). No intuito de se tornar mais dramático e convincente, Hananias quebrou o jugo ou a canga de madeira que estava no pescoço de Jeremias e reafirma seu discurso, diante do povo, dizendo: “Assim diz o Senhor: É deste modo que quebrarei o jugo de Nabucodonosor, rei da Babilônia, e o tirarei do pescoço de todas as nações no prazo de dois anos” (Jr 28.11 NVI). Jeremias, por sua vez, era homem humilde em suas vestimentas, simples no seu falar, bondoso e piedoso em seu proceder e não carregava consigo ganância e nem pretensões de popularidade. A Bíblia diz que depois disto, Jeremias simplesmente limitou-se a “tomar o seu caminho”, como alguém que não tinha na boca uma palavra para replicar (Jr 28.11b). E agora? Como reconhecer quem era o legítimo mensageiro de Deus? Para nós, hoje, que estamos cientes de que a verdade estava do lado de Jeremias, é fácil compreender. Agora, se coloque no meio aquele povo, naquela época, assistindo aquele embate, com os discursos e características pessoais de cada um. No intuito de esclarecer essa tamanha contradição entre o verdadeiro e o falso, e entre a verdade e a mentira, Deus reanima Jeremias e coloca novas palavras em sua boca e manda-o voltar e falar contra Hananias. A questão ficou mais séria, pois Jeremias agora acusa-o de mentiroso e de falso Profeta, mesmo antes de confirmar ou não o cumprimento de sua profecia. Disse Jeremias a Hananias: ”... não te enviou o Senhor, mas tu fizeste que este povo confiasse em mentiras” (Jr 28.15). A Bíblia nos dar respalde e legitimidade para julgar as profecias e discernir os espíritos, mesmo antes de seu cumprimento (Mt 7.15-17; 1 Co 12.20; 14.29; 1 Jo 4.1).

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Fonte: http://www.ebd316.com/2017/05/o-perigo-de-ser-enganado-por-falsos.html Acesso em 13 maio 2017.

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