ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
QUARTO TRIMESTRE DE 2023
Adultos - ATÉ OS CONFINS DA TERRA: Pregando o Evangelho a todos os povos até a volta de Cristo
COMENTARISTA: Wagner Tadeu dos Santos Gaby
COMENTÁRIO: Pr. Caramuru Afonso Francisco
LIÇÃO Nº 4 – MISSÕES TRANSCULTURAIS EM O NOVO TESTAMENTO
O Novo Testamento traz claramente o caráter universal da salvação.
INTRODUÇÃO
- A mensagem da salvação é para toda a humanidade.
- O Novo Testamento traz claramente o caráter universal da salvação.
I – AS MISSÕES TRANSCULTURAIS NO MINISTÉRIO DE JOÃO BATISTA E DE JESUS
- Vimos, na lição anterior, que o caráter universal da mensagem da salvação já estava revelado pelo Senhor nas Escrituras hebraicas, ou seja, no Antigo Testamento. Embora o Senhor tivesse escolhido formar uma nação para, por meio dela, mostrar-se a todas as nações, que havia contra Ele se rebelado em Babel, jamais deixou de Se apresentar como o único e verdadeiro Deus, como o Senhor de toda a Terra (Ex.19:5).
- Israel era um reino sacerdotal e povo santo (Ex.19:6), de modo que deveria levar os povos a adorar a Deus, sacerdotes que eram, como também se manter separados dos demais povos, cumprindo a lei que lhe havia sido dada e mantendo a sua identidade de “propriedade peculiar do Senhor dentre todos os povos”.
- Esta “consciência missionária”, conforme visto na lição anterior, aguçou-se no período intertestamentário, quando os israelitas acabaram por ter de emigrar de sua terra, inclusive com o estabelecimento de colônias judaicas por todo o mundo, aliado à própria circunstância de uma intensificação da expectativa messiânica e de um sentimento apocalíptico.
- Entretanto, tal “consciência missionária” estava impregnada de um pensamento que não correspondia ao propósito divino, ou seja, da submissão do amor de Deus a um limite étnico, que fazia com que se condicionava a salvação não só à observância da lei, mas até mesmo das tradições criadas pelos judeus ao longo de sua história.
- Não resta dúvida de que o convite à observância da lei no trabalho missionário dos judeus era mais do que compreensível, até porque se estava ainda na dispensação da lei.
Afinal de contas, dos israelitas é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas, dos quais são os pais (Rm.9:9:4).
- No entanto, a equiparação das tradições à lei, que levava inevitavelmente à supremacia das tradições sobre a própria lei (Cf. Mt.15:3-6), representava um grande equívoco, pois se tentava, assim, enquadrar os mandamentos divinos a preceitos de homens, o que explicava a triste e lamentável situação espiritual vivida por Israel às vésperas da chegada de Cristo ao mundo (Is.28:7-10; 29:13; Mt.15:7-9).
- Diante desta degeneração do próprio papel de Israel frente às demais nações, o Senhor, no Seu plano de salvação, levantou, depois de um silêncio profético de quatrocentos anos, João, a fim de deixar o povo devidamente preparado para receber o Cristo que estava para chegar (Mt.3:3; Mc.1:1,2; Lc.1:76).
- Um dos principais aspectos da pregação de João era, precisamente, o de desfazer este limite étnico a que se reduzira a mensagem da salvação. De modo vigoroso, o profeta mostrou ao povo que não bastava ser descendente biológico de Abraão para ser um filho de Deus, mas que era necessário arrepender-se dos pecados, independentemente da sua origem étnica (Mt.3:8,9; Lc.3:8).
- A própria instituição do batismo era a mais clara demonstração disto. Ao determinar que os judeus deveriam se arrepender dos seus pecados e se batizar confessando sua condição pecaminosa, João estava a mostrar que todos, inclusive os israelitas, eram pecadores e que “toda carne veria a salvação de Deus” (Lc.3:6).
- Até então, dentro daquela concepção que podemos denominar de “etnicista”, os judeus se consideravam puros e santos pelo simples fato de serem descendentes biológicos de Abraão e, se machos, serem circuncidados.
- Os gentios que quisessem aderir ao judaísmo, se homens, deveriam ser circuncidados, mas, além disto, ante as próprias tradições criadas com relação a pureza ritual, eram também obrigados a passar por cerimônias de purificação por meio da água, práticas que decorriam das próprias cerimônias previstas na lei para a purificação dos israelitas (Nm.19:11-22; Lv.14:7-9; 15), normalmente imergindo em tanques para sua purificação, as chamadas “mikveh”.
- Ao mandar que os judeus se batizassem, João estava a mostrar que também eles eram impuros diante de Deus e que é o arrependimento quem traz o perdão dos pecados e a santidade, não a origem étnica, revelando, assim, que não havia limites étnicos para a mensagem da salvação.
- Jesus deu continuidade a esta pregação contrária a ideia de superioridade étnica dos judeus, repetindo o mesmo ensinamento de João, chegando mesmo a dizer que os judeus que se diziam filhos de Abraão e, por conta disto, filhos de Deus, serem, na verdade, filhos do diabo (Jo.8:33-45).
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PR. CARAMURU AFONSO FRANCISCO