ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
TERCEIRO TRIMESTRE DE 2023
Adultos - A IGREJA DE CRISTO E O IMPÉRIO DO MAL: Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia
COMENTARISTA: Douglas Roberto de Almeida Baptista
COMENTÁRIO: EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS
LIÇÃO Nº 4 – QUANDO A CRIATURA VALE MAIS QUE O CRIADOR
Texto: Romanos 1.18-25
Introdução: A exaltação da criatura acima do Criador é a usurpação da glória divina pela mentira e vaidade humana. A lição de hoje é um alerta acerca do que ocorre quando Deus deixa de ser a medida de todas as coisas (Rm 1.18).
I – O DESPREZO À VERDADE
1. A impiedade e a injustiça
1.1. Impiedade: (Gr: asebeia) = irreligiosidade
a. Refere-se à decisão do ser humano de viver como se Deus não existisse (Sl 36.1; Jd 1.14,15)
1.2. Injustiça: (Gr: Adikia) = sem religião
a. Traz ideia de não ser reto diante de Deus e nem com o próximo (2Pe 2.15).
1.3. Ambas as palavras revelam:
a. A situação geral da humanidade não regenerada (Rm 1.18)
b. A situação geral da humanidade na sua idolatria, o culto à criatura (Rm 1.19-23)
c. A situação geral da humanidade na perversidade e a depravação moral (Rm 1.25-32)
d. A situação geral da humanidade em desprezar a verdade divina (Rm 1.19,20)
1.4. Essa investida contra o temor a Deus cauteriza a consciência humana (1Tm 4.2)
1.5. Tais ações provêm da recusa do homem em glorificar o Criador (Rm 1.21)
2. A insensatez humana
2.1. A revelação geral de Deus, por meio da natureza, faz com que o ser humano possua o conhecimento sobre o Criador (Rm 1.19,20a)
a. Ninguém pode ser indesculpável acerca da realidade divina (Rm 1.20b)
b. Ninguém pode ser indesculpável acerca do eterno poder de Deus
c. Mesmo vendo essa revelação, o homem iníquo não glorifica a Deus (Rm 1.21a).
. Ele age como se não fosse criatura e se comporta como se fosse divino (Gn 3.5)
d. Eles não conseguem entender por causa da sua autoidolatria (Rm 1.21b)
. Suas ideologias pervertem e substituem a verdade de Deus pela mentira do homem e. Dessa insensatez resulta a idolatria e a perversão moral (Rm 1.22-25)
3. O culto à criatura
3.1. Ao rejeitar a Deus, os “filhos da ira” são deixados à mercê de seus desejos pecaminosos, dentre eles:
a. A impureza sexual e a degradação do próprio corpo (Rm 1.24)
. É a ira de Deus sobre eles (Rm 1.18)
. A corrupção moral do ser humano deriva de sua rebelião contra Deus
3.2. Sua natureza caída prefere honrar e servir a criatura em lugar do seu Criador (Rm 1.25a)
a. Nas ciências, a matéria é colocada acima de Deus
b. Na sociedade, o artista, o atleta, o político ou o líder religioso se tornam uma referência de idolatria em afronta ao Criador, que é bendito eternamente (Rm 1.25b)
II – A REVOLUÇÃO DO PENSAMENTO HUMANO
1. Renascentismo
1.1. A Renascença é um movimento intelectual que surgiu na Europa Ocidental, entre os séculos XIV e XVI
1.2. A característica desse movimento:
a. Tinha um profundo racionalismo, ou seja, tudo devia ter uma explicação racional
b. Recusavam-se acreditar em qualquer coisa que não pudesse ser comprovada racionalmente
1.3. Durante esse período, que coincide com o início da Idade Moderna, que os historiadores marcam a partir da tomada dos otomanos pelos turcos em 1453 até a 1789 (Revolução Francesa)
a. A visão teocêntrica (em que Deus era a medida de todas as coisas) foi mudada por uma concepção antropocêntrica (em que o homem se tornava a única medida de todas as coisas)
b. No lugar de ver o mundo a partir das lentes do Criador, os homens passaram a enxergá-lo a partir das lentes da criatura
c. Surgiram os primeiros efeitos do processo de secularização da cultura, quando a vida social passou a ceder o espaço para o racionalismo e o ceticismo (Jo 20.25,29)
d. A revolução científica e literária, que se deu a partir do Renascimento, contribuiu para o surgimento do Humanismo
2. Humanismo
2.1. A Itália foi o principal centro humanista nos fins do século XV
2.2. Para o movimento humanista, a ética e a moral dependem do homem.
a. A criatura passou a ser a base de todos os valores, e não o Criador
2.3. Os humanistas estudam a história antiga a fim de desconstruir os livros sagrados
2.4. De positivo, destaca-se a valorização dos direitos do indivíduo
a. Porém, esta não é uma bandeira própria do humanismo
b. A Bíblia possui um arcabouço de concepções de liberdade e de igualdade (Dt 6.1-9) que antecedem muitos direitos que apareceram nos tempos modernos
c. A Escritura ensina a igualdade entre raças, classe social e de gênero (Gl 3.28)
3. Iluminismo e Pós-modernismo
3.1. O Iluminismo surgiu na Europa, entre os séculos XVII e XVIII
a. Rejeitavam a tradição
b. Buscavam respostas na razão
c. Entendiam que o homem era o senhor do seu próprio destino
d. Entendiam que a igreja era uma instituição dispensável
3.2. A Pós-modernidade, ou Modernidade Líquida, surge a partir da metade do século XX
a. Sociólogos observam que a sociedade deixou de ser “sólida” e passou a ser “líquida”
. Os valores que eram “absolutos” tornaram-se “relativos”
. A coletividade foi substituída pelo egocentrismo
. Os relacionamentos tornaram-se superficiais
b. Esse tempo foi marcado pelo:
. Hedonismo
. Narcisismo
3.3. Na busca do bem-estar humano tudo se torna válido, tais como:
a. O uso das pessoas
b. O abuso do corpo
c. A depravação e o
d. Consumismo desenfreado
III – TIPOS DE AUTOIDOLATRIA
1. Idolatria da autoimagem.
1.1. A idolatria é tudo o que se coloca no lugar da adoração a Deus (Êx 20.3-5).
a. O culto à autoimagem é uma forma de idolatria
b. O narcisismo humano reflete a natureza do pecado (Jo 8.34)
. Cristo reflete a imagem de Deus (Hb 1.2,3)
1.2. O apóstolo Paulo retrata o homem caído como uma pessoa: (2Tm 3.2-4)
a. Egoísta: amante de si mesmo
b. Avarenta: amante do dinheiro
c. Odiosa: sem amor para com o próximo
d. Rebelde: sem amor para com Deus
e. Hedonista: amante dos deleites
1.3. Uma pessoa não regenerada tem a necessidade:
a. De autopromover-se, desenvolvendo uma opinião elevada de si mesmo (Lc 18.11)
b. De reconhecimento e, de modo ilícito, busca estar sempre em evidência (Lc 22.24-26)
1.4. Contrária à autoidolatria, a Bíblia ensina que a primazia é de Cristo, não do homem (Jo 3.30)
2. Idolatria no coração.
2.1. O coração se refere às emoções, à vontade e ao centro de toda personalidade (Rm 9.2; 10.6; ]).
a. É enganoso e perverso (Jr 17.9)
b. Do seu interior sai o que nos leva a pecar (Mc 7.21,22)
. Maus pensamentos
. Imoralidades
. Avareza
. Soberba
. Insensatez
2.2. Deus condena a adoração de ídolos no coração (Ez 14.3)
2.3. Algumas pessoas chegam a aparentar que adoram a Deus, mas na verdade servem aos ídolos em seus corações (Mt 15.8).
a. Não teme a Deus
b. Traz a idolatria no seu íntimo
. Prioriza a reputação pessoal
c. Busca o prazer como bem maior
d. Nutre tendências supersticiosas
e. Possui excessivo apego aos bens materiais
2.4. Ao contrário dessa postura, a fim de não pecar, somos advertidos a guardar a Palavra de Deus no coração (Sl 119.11)
3. Idolatria sexual
3.1. A falha no controle dos impulsos sexuais está associada:
a. A sensualidade (Rm 1.27)
b. A imoralidade (Rm 13.13 NVI)
c. A libertinagem (2 Co 12.21 – NVI)
3.2. A concupiscência da carne caracteriza quem é dominado pelo pecado sexual (Gl 5.19)
a. É a busca intencional e compulsiva pelo prazer sexual ilícito (Rm 1.26,27; 1Co 6.15).
b. É o altar da idolatria sexual edificado no coração (Mc 7.21).
3.3. A adoração a Deus é trocada pelo culto ao corpo a fim de satisfazer o ídolo da perversão e da lascívia por meio de pecados (1Pe 4.3 – NAA).
3.4. A orientação bíblica para escapar desse mal é a seguinte: “vivam no Espírito e vocês jamais satisfarão os desejos da carne” (Gl 5.16 – NAA)
Conclusão: Ao se colocar como medida única de todas as coisas, o homem eleva seu interesse acima da vontade divina. As consequências são a autoidolatria, a depravação moral, a decadência social e espiritual. Não obstante, a Escritura alerta que a ira divina permanece sobre os que são desobedientes à verdade divina (Rm 2.8).
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