Adultos

Lição 1 - A Igreja diante do Espírito da Babilônia III

ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

TERCEIRO TRIMESTRE DE 2023

Adultos - A IGREJA DE CRISTO E O IMPÉRIO DO MAL: Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia

COMENTARISTA: Douglas Roberto de Almeida Baptista

COMENTÁRIO: EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS

LIÇÃO Nº 1 – A IGREJA DIANTE DO ESPÍRITO DA BABILÔNIA

Texto: Apocalipse 17.1-6 Introdução: A igreja deve resistir ao “espírito da Babilônia” presente no cenário atual. Isso deve ser feito por meio do compromisso inegociável com a autoridade da Palavra de Deus.

I – BABILÔNIA E SEUS SIGNIFICADOS

1. A Grande Prostituta

1.1. A personagem é apresentada como uma grande meretriz

a. Os reis da terra se prostituíam com ela (Ap 17.1,2)

1.2. No texto bíblico destacam-se três termos gregos:

a. pórne (prostituta)

b. pornéuo (prostituir-se)

c. porneia (prostituição)

1.3. Essas expressões, no Antigo Testamento, apontam para a idolatria, isto é, a prostituição espiritual (Na 3.4; Is 23.15; Jr 2.20; Os 2.5).

1.4. As muitas águas onde a prostituta se assenta simboliza multidões seduzidas: (Ap 17.15)

a. Pela idolatria

b. Pelo paganismo

c. Pela sua oposição a fé cristã

1.5. A prostituta é identificada como uma das facetas da imoralidade e do falso sistema religioso representado pelo “espírito da Babilônia” (Ap 14.8; 17.5)

2. A Mulher e a besta Escarlata

2.1. A mulher montada sobre a Besta é a descrição da grande prostituta (Ap 17.3a).

a. Ela se veste de púrpura e de escarlata (Ap 17.4a)

. Significa reinado e luxo (Mt 27.28; Mc 15.17; Lc 16.19)

b. Ela também se adorna com ouro, pedras preciosas e pérolas (Ap 17.4b)

. Sinaliza o materialismo

. Sinaliza o poder econômico

2.2. O cálice em sua mão diz respeito às abominações e as imundícias da sua prostituição (Ap 17.4c),

a. Representa toda a forma obscena de contaminação moral e espiritual da sociedade

2.3. A fera na qual a mulher está montada é a Besta que saiu do mar (Ap 13.1).

a. Trata-se do Anticristo que, pelo poder de Satanás, faz oposição a Jesus (2Ts 2.4,9,10).

b. Ele profere blasfêmias em consciente repulsa ao senhorio de Cristo (Ap 13.6; 17.3b).

c. Suas sete cabeças e dez chifres simbolizam os poderes do mundo e a sua força política (Ap 17.3c,10,12).

d. A união entre o cavaleiro (mulher) e a montaria (besta) simboliza:

. A nefasta força dos sistemas religiosos do “espírito da Babilônia”

. A nefasta força econômica do “espírito da Babilônia”

. A nefasta força política do “espírito da Babilônia”

3. Mistério: a Grande Babilônia

3.1. O nome da prostituta é desvendado: “Mistério, a Grande Babilônia” (Ap 17.5a).

a. O termo “mistério” indica que o nome “babilônia” não é geográfico, mas simbólico.

b. Babilônia é descrita como grande porque é poderosa e de vasto alcance

c. Refere-se à “Mãe das Prostituições e Abominações da Terra” (Ap 17.5b).

d. Ela é a mentora de toda a rebelião contra Deus

e. Ela é mentora de toda depravação da sociedade.

f. Babilônia é a responsável pelo assassinato dos santos (Ap 17.6a),

. Simboliza o espírito de perseguição

. Simboliza o espírito de desconstrução da fé bíblica

g. Não se trata apenas de uma cultura sem Deus, mas de uma cultura contra Deus

3.2. O “espírito da Babilônia” é um sistema global deliberadamente anticristão II - O ESPÍRITO DA BABILÔNIA

1. No sistema religioso.

1.1. O “espírito da Babilônia” faz com que todos sejam seduzidos pela “prostituição espiritual” (Ap 17.2)

a. O culto ao ego torna o ser humano: (2Tm 3.2-4)

. Amante de si mesmo

. Amante do dinheiro

. Amante dos deleites

1.2. O argumento de “liberdade” estimula a devassidão por meio do afrouxamento da moral (2Pe 2.19)

a. O ecumenismo doutrinário provoca a erosão da fé bíblica (Gl 1.6,8)

b. O relativismo rejeita a doutrina dos apóstolos e a autoridade bíblica (2Tm 4.3)

c. O humanismo reinterpreta e ressignifica os mandamentos divinos (2Pe 3.16)

d. O sincretismo mistura o sagrado e o profano (2 Co 6.16,17)

e. Assim, tudo passa a ser permitido e a verdade é desconstruída (2Tm 3.7)

1.3. Em consequência disso, a Igreja verdadeira é brutalmente perseguida (Mt 24.9)

2. No sistema político e cultural

2.1. O “espírito da Babilônia” exerce forte influência na política e na cultura (Mt 13.38; 1 Jo 5.19)

2.2. Pautas progressistas de inversão de valores são impostas em afronta à cultura cristã, tais como:

a. Apologia ao aborto

b. Ideologia de gênero

c. Legalização das drogas

d. Legalização da prostituição (Is 5.20)

2.3. O patrulhamento ideológico estigmatiza como “fundamentalista” quem ousa discordar dessas pautas (Lc 6.22; 1Pe 4.4)

a. Há censura contra quem defende os valores bíblicos (Lc 12.11,12; 1 Tm 6.35)

b. Os promotores da doutrina contrária à fé cristã são: (Jo 15.19)

. A grande mídia

. As artes

. A literatura

. A educação

2.4. Coagida pelo “politicamente correto”, a sociedade assimila e defende a “nova cultura” (1 Jo 4.5,6)

2.5. Nesse contexto, cristãos são perseguidos e julgados (Lc 21.16,17)

3. No sistema econômico

3.1. O Livro de Apocalipse registra o enriquecimento dos mercadores por meio: (Ap 18.3)

a. Da exploração da luxúria do “espírito da Babilônia”

b. Da licenciosidade do “espírito da Babilônia”

3.2. Ele mostra como o comércio e o governo subornam os cidadãos por: (Mq 2.1-3; Ap 18.12,13)

a. Avareza

b. Dinheiro

c. Poder

3.3. As pessoas são motivadas a levar vantagem financeira, em prejuízo do próximo (Pv 16.29; Mq 3.11)

a. Vantagem financeira ilícita

b. Vantagem financeira imoral

3.4. A sociedade é extorquida em troca: (Is 55.2; Lc 12.15)

a. Da satisfação dos prazeres pecaminosos e

b. Da satisfação do consumismo desenfreado

3.5. Nesse sentido, o materialismo, os deleites e a autossuficiência conduzem o ser humano a confiar no dinheiro (1Tm 6.9,10, 17)

3.6. Os que controlam a economia impõem embargos, tributos e multas em desfavor do cidadão impotente (Tg 2.6,7; Ap 13.16,17) III - A POSIÇÃO DA IGREJA DIANTE DO ESPÍRITO DA BABILÔNIA

1. Não negociar a ortodoxia bíblica.

1.1. Ortodoxia (Gr: orthós) = Correto (Gr: dóxa e dokéo) = crer

a. A junção dos termos traz a ideia de “crença correta”.

1.2. A ortodoxia cristã tem a Bíblia Sagrada como a inquestionável árbitra em matéria de fé e prática

1.3. A Igreja precisa reafirmar a verdade bíblica como valor universal e imutável (Sl 100.5; Mt 24.35).

a. Por meio do estudo bíblico, sistemático e doutrinário

b. Dessa forma enfrentamos o “espírito de Babilônia” (1Pe 3.15,16)

2. Formar o caráter de Cristo.

2.1. O caráter cristão refere-se ao novo modo de pensar e agir do cristão (Ef 4.22-30)

a. É o Fruto do Espírito que desenvolve o caráter do salvo (Gl 5.22-25)

b. Jesus ensinou que é pelo fruto que se conhece uma árvore (Mt 12.33).

c. O melhor antídoto contra o veneno e o jugo do pecado é andar no Espírito (Gl 5.16,17).

d. A falha na formação moral do caráter produz pseudocristãos escravizados pela carne (Jd 1.12,13).

2.2. A igreja que prima pelo estudo e aplicação da Palavra de Deus produz crentes espiritualmente maduros (Rm 8.35,38,39)

a. São crentes capazes de resistir o “espírito da Babilônia” presente no cenário global

3. Aguardar a volta de Cristo

3.1. A dispensação da graça termina com o Arrebatamento da Igreja, antes da Grande Tribulação (1 Co 15.51,52; 1Ts 1.10; 4.13-18; 5.9; 2 Ts 2.6-10).

3.2. Acerca dos sinais que precedem a volta de Cristo, destacamos: (Mt 24.5-12,24; 1Tm 4.1; 2Tm 4.3)

a. A apostasia

b. A inversão de valores

c. A perseguição

d. As guerras

e. A fome

f. A peste

g. Os terremotos

3.3. O cristão não deve viver despercebido, mas, esperar o Senhor em oração e vigilância (Mc 13.33)

3.4. Requer-se do salvo, enquanto aguarda a bendita esperança:

a. Renúncia à impiedade,

b. Renúncia às paixões mundanas

c. Viver neste presente século uma vida de: (Tt 2.12,13)

. Autodomínio

. Integridade

. Santidade

Conclusão: Vivemos um período em que o “espírito da Babilônia” exerce forte influência na sociedade global. Suas ações buscam o completo domínio político, econômico, cultural e religioso em oposição aos valores da fé cristã. O avanço dessas ideologias aponta para a iminente volta de Cristo (Lc 21.28). Nesse interlúdio, é dever da Igreja oferecer resistência ao mal (2Ts 2.6,7), ensinar a doutrina bíblica (Mt 28.20), formar o caráter dos discípulos (Gl 4.19) e santificar-se para a vinda do Senhor (Hb 12.14)

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