Adultos

Lição 13 - A amizade de Jesus com uma família em Betânia V

SUPERINTENDENCIA DAS EBD'S DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS EM PERNAMBUCO

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

SEGUNDO TRIMESTRE DE 2023

Adultos - RELACIONAMENTOS EM FAMÍLIA: Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus

COMENTARISTA: Elienai Cabral

COMENTÁRIO: SUPERINTENDÊNCIA DAS EBD'S DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS EM PERNAMBUCO

 

LIÇÃO Nº 13 – A AMIZADE DE JESUS COM UMA FAMÍLIA DE BETÂNIA

INTRODUÇÃO

Nesta lição, veremos a definição exegética e bíblica da palavra “amizade”, bem como a definição etimológica do termo “amigo”; estudaremos sobre uma família da cidade de Betânia; analisaremos as prioridades de uma família amiga de Jesus; e por fim; pontuaremos os benefícios de uma família amiga de Jesus.

I – DEFINIÇÃO DO TERMO AMIZADE

1.1 Definição exegética e bíblica do termo amizade. De acordo com Houaiss (2001, p. 191) amizade é: “sentimento de grande afeição, de simpatia por alguém; atitude ou gesto de benevolência, de complacência, reciprocidade de afeto, companheiro, aliança, pacto”. No hebraico um dos principais termos usados é “avabah” que traz a ideia de: “amor humano por uma pessoa em relação a outra pessoa, amizade, amor entre amigos” (Pv 17.9; 2Sm 1.26). No Novo Testamento a palavra grega para amizade é: “philia”, cognato de “philos”, “amigo”, é traduzido em Tg 4.4 por amizade (do mundo) que envolve a ideia de amar como também ser amado (cf. o verbo em Jo 15.19) (VINE, 2022, p. 394). A Bíblia fala de vários tipos de amizades, as que devem ser evitadas (Tg 4.4; Mt 6.24; 1Jo 2.15), as falsas amizades (Pv 19.4; Jó 6.14,27); como as amizades que devem ser nutridas, como a de Davi e Jônatas (1Sm 18.1-4); e a amizade com Deus (2Cr 20.7; Is 41.8; Jo 15.15; Tg 2.23).

1.2 Definição etimológica do termo amigo. Algumas bases do sentimento de amizade são a reciprocidade do afeto, ajuda mútua, compreensão, fidelidade e confiança. O termo amizade do latim “amicus” se deriva de “amore”; que é o mesmo que “amar”. O amigo é “aquele que ama, que demonstra afeto, amizade, afeição, benevolência por alguém; aquele que é ligado ao outro; apreciador, aquele que ampara, que defende, amável, amante, partidário, camarada, companheiro” (HOUAISS, 2001, p. 189). A amizade é uma relação afetiva entre duas ou mais pessoas. Em sentido amplo, é “um relacionamento humano que envolve o conhecimento mútuo, afeição e lealdade, sentimento de grande afeição e fidelidade, simpatia, apreço entre pessoas” (FERREIRA, 2004, p. 121). É o relacionamento que as pessoas têm de afeto por outra, que possuem um sentimento proteção (Pv 17.17; 27.10; 27.17). II – UMA FAMÍLIA DE BETÂNIA

A família em destaque se limita a três irmãos, todos eles seguidores de Jesus, vistos entre seus amigos mais próximos (Jo 11.5). Vejamos algumas informações a respeito de cada um deles e seu lugar de origem:

2.1 Marta. Seu nome quer dizer: “senhora”, ao que parece, era a irmã mais velha; seu nome geralmente é citado primeiro (Jo 11.5;12.2,3), e ao demostrar uma preocupação em receber os visitantes da melhor forma possível (Lc 10.40), pode indicar ser a responsável pela casa. Se demonstrou uma piedosa serva de Deus e que tinha dentre outras coisas, a virtude da hospitalidade (Lc 10.38).

2.2 Maria. O nome Maria é derivado da mesma raiz hebraica do nome “Miriã”, que tanto pode significar: “ser amargo ou amargurar”, como também: “ser forte ou fortalecer” (HARRIS et al, 1998, p. 880) sendo esse último, o que descreve muito bem a personagem em destaque. Maria a irmã de Lázaro, aparece apenas três vezes nos Evangelhos, e em todas as ocasiões estava aos pés de Jesus para aprender (Lc 10.39), para chorar (Jo 11.32,33) e, para agradecer (Jo 12.1-3) (LOPES, 2006, p. 398).

2.3 Lázaro. O seu nome significa: “Deus é auxílio” (CHAMPLIN, 2002, p. 457) que recebeu também um destaque especial nas Escrituras ao ser ressuscitado por Jesus (Jo 12.1), sendo lembrado como aquele a quem Cristo amava (Jo 11.3).

2.4 Local de origem. Maria e família eram residentes de uma aldeia chamada Betânia, uma vila no declive leste do monte das Oliveiras, situada a cerca de três quilômetros ao leste de Jerusalém (Jo 11.18); um estádio era uma medida grega de distância equivalente a 200 metros (BRUCE, 1987, p. 210). Betânia era um local que sempre aparece a fatos importantes ligados a Jesus durante o seu ministério (Mt 21.17; Mc 11.11; Lc 24.50); hoje a cidade é chamada de “el Azariyeh”, ou seja, “o lugar de Lázaro” (TYNDALE, 2015, p. 246).

III – PRIORIDADES DE UMA FAMÍLIA AMIGA DE JESUS

3.1 Prioriza a presença de Jesus. Muitos tiveram a oportunidade, de abrir as portas de sua casa para receber personagens ilustres, como a Sunamita o fez com o profeta Eliseu (2Rs 4.8-10), outros que mesmo sem se dar conta, hospedaram anjos (Hb 13.2), no entanto, a família de Betânia teve a sensibilidade e o privilégio de abrir as portas de sua casa, para abrigar a pessoa central de um lar, que é Cristo. Nem sempre Jesus teve uma recepção dessa nas aldeias por onde passou, o que fez com que perdessem dos benefícios de terem a presença do Senhor com eles (Lc 9.51-53). Feliz é a família, que tem a presença de Deus consigo; poder desfrutar da comunhão com o Criador, experimentando do seu cuidado e da sua provisão (Jo 2.1-10).

3.2 Prioriza servir a Jesus. Foi Marta quem convidou a Jesus para ficar em sua casa. Era um ilustre visitante e precisava ser bem servido. Ela era uma mulher trabalhadora e preocupada, demonstrava uma personalidade mais direta e objetiva (Jo 11.20), isso definia o direcionamento de sua vida: trabalhar e servir (Jo 12.2). Uma família cujo propósito de seu coração é servir a Deus, desfrutará da sua amizade e companhia. Em uma geração em que pessoas querem ser servidas, tendo uma fé utilitarista, agindo muitas vezes por conveniência, Marta, no entanto, no ensina qual a posição devemos tomar com a nossa família. Josué retrata a importância dessa decisão ao declarar: “[...] eu e a minha casa serviremos ao SENHOR” (Js 24.15). Encontramos nas Escrituras, além de muitos motivos, como também como devemos servir ao Senhor com a nossa família: (a) com exclusividade (Lc 4.8; 16.13); (b) devemos servir com alegria (Sl 100.1,2); (c) com os nossos bens (Lc 8.2,3); e, (d) de todo coração (Lc 10.27).

3.3 Prioriza os ensinamentos de Jesus. Além das portas abertas para Jesus, os ouvidos dos integrantes dessa família também estavam abertos: “Maria [...] assentando-se também aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra” (Lc 10.39). Maria demonstrou a atitude de quem deseja desfrutar de uma amizade mais estreita com Deus. Em Lc 6.47 Jesus definiu um autêntico discípulo como: “aquele que vem a mim e ouve as minhas palavras e as põe em prática”, em contraste com aqueles que o chamava de Senhor, mas não faziam o que ele dizia (Lc 6.46). Em Lc 8.21 Jesus definiu seus verdadeiros irmãos espirituais como: “[...] aqueles que ouvem a palavra de Deus e a executam”, e depois disse: “[...] bem-aventurados aqueles que ouvem a palavra de Deus e a guardam (Lc 11.28). Há muitas famílias que já não são sensíveis ao que Deus exige de cada um dos seus integrantes, preferem dar ouvidos as filosofias mundanas, ensinos de supostos especialistas em família, que trazem mais distorções das Escrituras, do que a edificação; daí a razão de muitas casas estarem em ruína moral e espiritual (Mt 7.26,27). Uma família que deseja experimentar da amizade de Jesus e vencer as intempéries desta vida, precisa dar ouvidos à sua Palavra (Mt 5.24,25).

IV – BENEFICÍOS DE UMA FAMÍLIA AMIGA DE JESUS

4.1 O benefício da comunhão. A família de Lázaro desfrutava de uma comunhão com o Senhor, pois era uma família que tinha as portas abertas para recebê-lo (Lc 10.39). Essa receptividade proporcionava uma relação íntima de Jesus com essa família. Podemos notar isto na casa de Lázaro: (a) a presença do senhor era comum nesta residência (Lc 10.38); (b) os seus membros eram alvo em particular do amor de Cristo: “Ora Jesus amava a Marta, e a sua irmã e a Lázaro” (Jo 11.5); (c) A voz do Senhor era ouvida facilmente nesta casa, diz o texto: “[...] Maria...assentando-se aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra” (Lc 10.39). Desse modo, podemos elencar que uma casa quando abre as portas para Cristo e permite desenvolver uma relação profunda com Deus; ali haverá liberdade para o Espírito do Senhor atuar. A voz de Deus será ouvida, diz o texto Sagrado “[...] ouvia a palavra” (Lc 10.39). Sendo assim, a família que deseja o benefício da comunhão com o Senhor precisa ter disposição de ouvir e obedecer a Palavra.

4.2 O benefício dos milagres. A ressurreição de Lázaro não foi o último milagre de Jesus antes da cruz, mas certamente foi o maior de todos e o que mais chamou a atenção de amigos e de inimigos (Jo 11.34-44). João escolheu esse milagre como o sétimo da série registrada em seu livro, pois foi, de fato, um ponto alto do ministério de Jesus na terra. Jesus já havia ressuscitado outras pessoas antes (Mc 5.21-43; Lc 7.11-17), mas Lázaro fora sepultado havia quatro dias. um prodígio como esse não poderia ser negado nem ignorado pelos líderes judeus. Notamos nesse episódio que a família de Lázaro foi vitimada pela doença, tristeza e morte. Isto significa que mesmo uma casa que serve ao Senhor pode vivenciar todas essas situações (Jo 16.33). No entanto, devemos ter em mente que Deus tem o controle das situações e realiza milagres. A Bíblia nos assegura que Jesus cura enfermidades (Mt 4.23; Mc 1.34).

4.3 O benefício da gratidão. Gratidão a Jesus é uma das motivações para tamanha devoção desta família. Além da sua vida marcada pelos ensinos do Mestre, que frequentava a sua casa mostrando comunhão com a família, era também grata pela ressurreição de seu irmão Lázaro (Jo 11.1-44; 12.1). A gratidão é uma virtude que deve ser cultivada pelos autênticos servos de Deus diante da sua graça revelada (Sl 103.1,2; Cl 3.15,16; 1Tm 6.18). Maria demonstrou seu amor a Jesus antes da sua morte e antecipou-se a ungi-lo para a sepultura (Jo 12.7; Mc 14.8). Em certo sentido, Maria demonstrava sua gratidão a Jesus antes que fosse tarde demais, enquanto o Senhor ainda estava vivo. Do mesmo modo devemos nos dedicar ao Criador em tempo oportuno, devido à brevidade da vida (Ec 12.1,2).

CONCLUSÃO

A nossa amizade com Jesus implica ter comunhão com Ele em todo o tempo de nossas vidas. Ele é o Amigo sem igual que nos conforta quando precisamos; consola quando choramos. A família que cultiva a amizade com Jesus vive na dimensão do amor, procura compreender os outros membros da família e pondera os cuidados dessa vida. A família cristã com Jesus tem o privilégio de desfrutar de sua presença real no cotidiano. Portanto, não podemos viver sem a amizade do Senhor Jesus.

REFERÊNCIAS

• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

• BRUCE, F.F. João Introdução e comentário. MUNDO CRISTÃO.

• VINE, W.E et al. Dicionário Vine. CPAD.

• CHAMPLIN, R. N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. HAGNOS.

• Dicionário Bíblico Tyndale. GEOGRÁFICA.

• Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. VIDA NOVA.

• LOPES, Hernandes dias. Marcos: O Evangelho dos Milagres. HAGNOS.

• LOPES, Hernandes dias. João: As Glórias do Filho de Deus. HAGNOS.

Fonte: http://portal.rbc1.com.br/licoes-biblicas/index/ Acesso em 19 de Jun de 2023

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