ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
SEGUNDO TRIMESTRE DE 2023
Adultos - RELACIONAMENTOS EM FAMÍLIA: Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus
COMENTARISTA: Elienai Cabral
COMENTÁRIO: PR. CARAMURU AFONSO FRANCISCO
LIÇÃO Nº 3 – CIÚME, O MAL QUE PREJUDICA A FAMÍLIA
O ciúme não pode nortear os relacionamentos familiares.
INTRODUÇÃO
- Na sequência do estudo dos relacionamentos familiares, abordaremos a questão do ciúme.
- A casuística bíblica a respeito do ciúme é a dos irmãos de José, todos filhos de Jacó.
I – O CIÚME
- Na sequência do estudo dos relacionamentos familiares à luz de episódios bíblicos, abordaremos hoje a questão do ciúme, que o comentarista considerou como sendo “o mal que prejudica a família”.
- Se formos ao Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, lá veremos que ciúme é “estado emocional complexo exclusivamente humano que envolve um sentimento penoso provocado em relação a uma pessoa de quem se pretende o amor exclusivo; receio de que o ente amado dedique seu afeto a outrem (mais us. no pl.); zelo; medo de perder alguma coisa; inveja.
- Na etimologia da palavra, “ciúme” vem da palavra latina “zelumen, iminis”, proveniente de “zelus, i”, com o significado de “ciúme amoroso, desejo”.
- Como se pode observar, a palavra “ciúme” tem sua origem na palavra “zelo”, sendo como que uma deturpação de zelo, ou uma manifestação específica do “zelo”, em que se toma por objeto exclusivamente o “amor humano”, mais precisamente em “exclusividade do amor humano”, o “medo de perda deste objeto/sujeito amado e/ou desejado”.
- O “ciúme” apresenta-se, assim, na sua etimologia, como um desvio do zelo oriundo da própria natureza humana, o que nos remete, imediatamente, à realidade da depravação do homem por conta do pecado. Como afirma a Declaração de Fé das Assembleias de Deus: “…A Queda no Éden arruinou toda a humanidade tão profundamente que transmitiu a todos os seres humanos a tendência ou inclinação para o pecado. Não somente isso, contaminou toda a humanidade: ‘ não há um justo sequer’ (Rm.3:10); ‘ todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus’ (Rm.3:23). A natureza moral foi corrompida [Gn.6:5,12], e o coração humano tornou-se enganoso e perverso [Jr.17:9]. Todas as pessoas estão mortas em ofensas e pecados [Ef.2:1], sáo inimigas de Deus [Rm.8:7] e escravas do pecado [Rm.7:5]. A corrupção do gênero humano atingiu o homem em toda a sua composição – corpo [Rm.8:10], alma [Rm.2:9] e espírito [Ii Co.7:1], conforme temos em Isaías: ‘Toda cabeça está enferma, e todo o coração, fraco. Desde a planta do pé até à cabeça não há nele coisa sã’ (1:5,6). Isso prejudicou todas as suas faculdades, quais sejam: intelecto [Is.1:3], emoção [Jr.’17:9], vontade [Ef.4:18], consciência [I Tm.4:2; I Co.8:7], razão [Tt.1:15] e liberdade [Tt.3:3]. …” (DFAD, IX.6, pp.100-1).
- Diante deste quadro, não é difícil verificar que a deturpação do “zelo” em “ciúme” na criatura humana pecadora é mais um dos muitos elementos desviantes decorrentes da queda.
- Como diz o Dicionário, o “ciúme” é um “estado emocional complexo exclusivamente humano”, ou seja, é um estado nascido na natureza humana, a natureza pecaminosa herdada de Adão e que significa a deturpação, a corrupção do “zelo”, que é um sentimento existente em Deus e que deveria, também, estar presente no homem, criado à imagem e semelhança de seu Criador (Gn.1:26,27).
- Deus é um ser zeloso (Dt.4:24; 6:15; Js.24:19; Na.1:2), assim Se revelou nas Escrituras, a começar no monte Sinai, quando firmou um pacto com Israel (Ex.20:5; Dt.5:9). Ele mesmo Se denominou de Zeloso (Ex.34:14) e quer que sejamos igualmente zelosos (Gl.4:18; Tt.2:14; Ap.3:19).
- Conforme o Dicionário Vine, “zelo”, no seu sentido positivo, significa “estar cheio de zelo de justiça”, “a defesa dos direitos próprios com exclusão dos direitos dos demais”. No relacionamento entre Deus e o homem, o “zelo” significa “a promoção de Deus e de Sua glória acima de qualquer substituto”.
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PR. CARAMURU AFONSO FRANCISCO