Adultos

Lição 11 - A visão do Templo e o Milênio III

ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

QUARTO TRIMESTRE DE 2022

Adultos - A JUSTIÇA DIVINA - A preparação do povo de Deus para os últimos dias no livro de Ezequiel

COMENTARISTA: ESEQUIAS SOARES DA SILVA

COMENTÁRIO: EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS

LIÇÃO Nº 11 – A VISÃO DO TEMPLO E O MILÊNIO

Texto: Ezequiel 43.1-9

Introdução: Ultraje à santidade divina traz destruição espiritual. A santidade de Deus é a expressão máxima de sua glória.

I – SOBRE O QUE VEM DEPOIS DA RESTAURAÇÃO

1- A porta oriental do Templo (Ez 43.1)

1.1. Os capítulos 40 a 42 descrevem o complexo do Templo com suas áreas, espaços e dimensões

a. Ezequiel é levado “à porta que olhava para o caminho do oriente” (Ez 40.6)

b. Ao se referir ao retorno da glória de Deus, volta-se a falar dessa mesma porta (Ez 43.1).

c. A intenção do Espírito Santo é fazer o destinatário original lembrar que:

. Quando a glória de Deus se afastou da Casa de Deus foi em direção ao oriente (Ez 10.19; 11.23)

. O retorno da glória será pelo mesmo caminho

1.2. No capítulo 43.1-12 a glória de Deus aparece

2- Três observações importantes (Ez 43.2)

2.1. Observe que a glória de Deus “vinha do caminho do oriente”

a. Quando Ezequiel anunciou a destruição do Templo e a queda da cidade de Jerusalém, ele viu o afastamento da glória de Javé para o Oriente como sinal de sua retirada do meio do povo

b. O profeta já tinha visto a vinda da glória na revelação inaugural (Ez 1.24); “a terra resplandeceu por causa da sua glória”

. Isso faz lembrar da visão do profeta Isaías (Is 6.3)

2.2. A “voz como de muitas águas” (Ez 43.2)

a. É uma expressão metafórica para indicar o grande poder de Deus (Ap 1.15; 14.2; 19.6)

2.3. Esse Ser da visão do profeta, “como semelhança de um homem” (Ez 1.26)

a. É o Messias pré­encarnado (Jo 1.14; Gl 4.4)

3- As reminiscências (Ez 43.3)

3.1. A comunicação profética e a estrutura dos discursos continuam na mesma forma da atividade profética de antes, ou seja, o profeta é levado em espírito.

3.2. Ezequiel compara essa visão com a de sua primeira experiência como profeta (Ez 1.1; 8.3)

3.3. Estudamos, na lição 4, que a glória de Javé se retirou do Templo de Jerusalém como sinal da retirada de sua presença do meio do seu povo. a. Depois de 14 anos da destruição da Cidade Santa, Ezequiel foi levado de volta, em visão, para Jerusalém, “No ano vigésimo quinto do nosso cativeiro, no princípio do ano, no décimo dia do mês”

(Ez 40.1), estamos falando de 28 de abril de 573 ou 572 a.C.

b. Essa revelação é escatológica, não é para o contexto histórico em que vivia o profeta.

II – O TEMPLO DO MILÊNIO

1- Um templo diferente

1.1. Que templo é esse?

a. Não aparecem nele peças e utensílios próprios do Tabernáculo e do Templo de Salomão.

b. Podemos enumerar alguns como:

. A Arca da Aliança (2 Co 5.6-8)

. O altar de ouro do incenso, o candelabro ou castiçal, a mesa dos pães da proposição

(2 Cr 4.19,20)

1.2. Comparado com o que se conhece da Casa de Deus em Jerusalém e do Tabernáculo, pode-se dizer que é um templo atípico

1.3. O Tabernáculo e o Templo com toda a sua estrutura de funcionamento, rituais, peças e sacerdotes apontavam para Cristo e tudo isso se cumpriu nEle (Hb 9.11,12)

a. Por essa razão, não haverá necessidade desses rituais no Milênio

2- Uma dispensação diferente

2.1. O último bloco do livro de Ezequiel, capítulos 40-48, foca:

a. No Novo Templo (40.1-43.12)

b. Na nova forma de adoração a Deus (43.13- 46.24)

c. Na partilha da terra santa entre as tribos de Israel (47.1-48.35)

2.2. Tudo isso aponta para o Milênio, o reinado de Cristo de mil anos (Ap 20.1-5)

a. O milênio foi anunciado pelos profetas, também (Ez 37.22, 23; Is 2.2-4; 11.6-8).

2.3. Há muitas interpretações sobre o templo de Ezequiel, é extremamente difícil separar o literal do simbólico

a. Sabemos que esse é o Templo do Milênio, mas, como Jesus já foi sacrificado por nós, seria necessário sacrifício de animais? (Jo 1.29; 1Co 5.7; Hb 7.24-28)

b. O incenso representa as nossas orações (Sl 141.2; Ap 8.3)

c. O castiçal tipifica Cristo como a luz do mundo (Jo 8.12)

d. A era messiânica será marcada pela presença real e literal de Cristo (Ap 20.1-5)

3- Um ritual diferente

3.1. Sem a Arca da Aliança: “naqueles dias, diz o SENHOR, nunca mais se dirá: A arca do concerto do Senhor! Nem lhes virá ao coração, nem dela se lembrarão, nem a visitarão; isso não se fará mais” (Jr 3.16).

a. Arca da Aliança era o símbolo da presença de Deus (Êx 25.22; Lv 16.2)

. Foi confeccionada pelos israelitas por ordem de Deus durante a peregrinação no deserto (Êx 25.10-16; 37.1-9)

b. Ela não aparece no templo de Ezequiel e nem mesmo no templo de Zorobabel

c. Ela aparece pela última vez na Bíblia no reinado de Josias (2Cr 35.3)

. Depois disso, a Arca desapareceu completamente da história

4- Como explicar os sacrifícios no Milênio?

4.1. O ponto mais crucial da visão de Ezequiel é a descrição dos sacrifícios no sistema levítico (Ez 43.18-27)

. Visto que o Senhor Jesus já cumpriu toda a lei, ‘tornando sem efeito a eficácia do modelo mosaico (Hb 9.10-15; 10.1-4,8)

4.2. O apóstolo Paulo usa uma metafórica linguagem do sistema de sacrifícios do Antigo Testamento para oculto e o serviço cristãos (Rm 12.1,2; 1Co 9.13,14; Fp 4.18)

4.3. Mas existem diversas explicações para os sacrifícios no Milênio em Ezequiel

a. Uma delas, e a principal, considera o sacrifício como literal, como memória do sacrifício de Cristo

. Assim como a ceia do Senhor será celebrada “no Reino de meu Pai” (Mt 26.29); ou: “no Reino de Deus” (Mc 14.25)

III – SANTIDADE E GLÓRIA

1- A glória de Deus volta ao Templo (Ez 43.5)

1.1. O Espírito Santo levou Ezequiel para o átrio interior do Templo, como havia feito anteriormente (Ez 8.1-3)

a. Na lição 4, a situação do Templo e dos seus adoradores era de completa apostasia com práticas abomináveis

b. Dessa vez, o profeta viu “que a glória do Senhor encheu o templo” (Ez 43.5)

. Como aconteceu com Moisés na dedicação do Tabernáculo a Deus (Êx 40.34,35)

. Como aconteceu com o rei Salomão na inauguração do Templo (2Cr 7.1,2)

c. O retorno da glória de Javé significa a volta da presença de Deus no meio do seu povo

2- A identidade do guia celestial (Ez 43.6,7)

2.1. Na sua visão, Ezequiel viu no interior do Templo um personagem: “um homem se pôs junto a mim” (Ez 43.6).

a. Pelas características, tudo indica se tratar do “Anjo do Senhor” que é o próprio Javé, pois Ele fala em primeira pessoa: “este é o lugar do meu trono e o lugar das plantas dos meus pés, onde habitarei no meio dos filhos de Israel para sempre; e os da casa de Israel não contaminaram mais o meu nome santo” (Ez 43.7)

b. Como na revelação a Moisés no Sinai, a manifestação do “anjo do SENHOR”

3- Santidade para sempre (Ez 43.8,9)

3.1. Assim como a idolatria foi erradicada definitivamente do meio do povo de Israel durante o exílio na Babilônia, do mesmo modo todas as abominações e prostituição desaparecerão do meio do povo

a. Será o lugar do trono de Deus e da planta dos seus pés (Ez 43.7).

3.2. A santidade de Javé, e um dos seus atributos mais solenizados nas Escrituras (1Sm 2.2),

a. No milênio nunca mais entrará coisa impura na cidade santa (Is 52.1).

. Isso porque “esta é a lei da casa. Sobre o cume do monte, todo o seu contorno em redor será, santíssimo; eis que esta é a lei da casa” (Ez 43.12)

Conclusão: O chamado de Ezequiel para o ministério dos profetas aconteceu pela visão da glória de Deus. É assim que o livro começa, cuja visão ocupa todo o capítulo primeiro. Outra vez ele foi levado em visão para Jerusalém, quando testemunhou as abominações no interior do Templo, razão pela qual a Casa de Deus foi destruída. O retorno da glória de Deus acontece depois da restauração espiritual de Israel no novo Templo, que Deus mostrou a Ezequiel em visão.

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