Adultos

Lição 1 - Ezequiel, o atalaia de Deus III

ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

QUARTO TRIMESTRE DE 2022

Adultos - A JUSTIÇA DIVINA - A preparação do povo de Deus para os últimos dias no livro de Ezequiel

COMENTARISTA: ESEQUIAS SOARES DA SILVA

COMENTÁRIO: EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS

LIÇÃO Nº 1 – EZEQUIEL, O ATALAIA DE DEUS

Texto: Ezequiel 3.16-21, 27

Introdução: Além de guardar e cuidar, a missão do atalaia é anunciar tanto o julgamento divino como as Boas-Novas

I – SOBRE O LIVRO DE EZEQUIEL

1- Primeira parte. (Ez 1-24)

1.1. Essas profecias foram entregues ao profeta antes da destruição da cidade de Jerusalém, do Templo e ocupa os primeiros 24 capítulos do livro

a. Nessa parte está a visão inaugural do ministério profético de Ezequiel (Ez 1.1-3) quando recebeu a visão da glória de Deus (Ez 1.26-28)

b. Os discursos são predominantemente:

. De ameaças e juízos (Ez 7.2-4)

. Contra a prostituição e idolatria do povo (Ez 8.15)

c. A mensagem traz também uma série de advertências:

. Aos falsos profetas, aos reis de Judá e aos sacerdotes (Ez 7.26,27; Ez 13.2-4; 22.26,27,31)

2- Segunda parte (Ez 25-32)

2.1. Os oráculos divinos são direcionados contra as nações vizinhas:

a. Amom, Moabe, Edom, Filístia, Tiro, Sidom e Egito (Ez 25-32)

2.2. Isso revela que Javé não é somente o Deus de Israel, mas também de todas as nações, soberano em todo o universo (Êx 19.5; Sl 24.1; Ap 4.11)

3- Terceira parte. (Ez 33-48)

3.1. Começa com a notícia da queda de Jerusalém (Ez 33.21)

3.2. Falam do retorno dos judeus de todas as partes do mundo à terra de seus antepassados, incluindo a visão do vale de ossos secos

3.3. São profecias espirituais de toda a casa de Israel (Ez 36.25-27; 37.14; Zc 12.10)

3.4. As profecias dos capítulos 38 e 39 falam da invasão e derrota de Gogue e seu bando à Terra Santa

3.5. O livro de Ezequiel termina com a visão do novo templo e da redenção para Israel e toda humanidade como resposta à primeira visão (Ez 40-48)

II – SOBRE O PROFETA

1- Identidade

1.1. Seu nome hebraico é Y’hez’qel, “fortalecido por Deus”

1.2. O pouco que se sabe a respeito dele é o que lemos no livro que leva o seu nome

a. esses fatos aparecem para ilustrar a situação exílica de seus compatriotas na Babilônia (Ez 12.4-7)

1.3. Ele viveu entre os exilados na Babilônia (Ez 8.1; 20.1)

a. Iniciou seu ministério no cativeiro quando tinha 30 anos de idade (Ez 1.1)

b. Com base nos dados cronológicos apresentados no livro, sabemos que o seu ofício durou cerca de 22 anos

2- Procedência

2.1. Ezequiel era de Jerusalém e pertencia a uma família sacerdotal, “filho de Buzi” (Ez 1.3)

2.2. Ezequiel foi levado para a Babilônia na primeira leva de deportados em 597 a.C. (2Rs 24.10-17)

a. Daniel estava também entre eles (Dn 1.3-6)

2.3. Em Babilônia:

a. Ezequiel vivia entre os exilados e exercia o seu ministério profético entre o povo (Ez 3.11)

b. Daniel servia na corte de Nabucodonosor (Dn 1.19-21)

c. Jeremias profetizava em Judá para o povo de Jerusalém (Jr 25.1; 26.1; 27.1)

III – SOBRE O ATALAIA

1- Atalaia

1.1. É uma palavra feminina de origem árabe, at-tallaat, “lugar alto”

a. A função do atalaia é descrita em (2Samuel 18.24-27 e 2Reis 9.17-20)

b. É como um militar posto como sentinela (Ez 33.2-6)

1.2. Essas atividades são empregadas no Antigo Testamento aos profetas de maneira metafórica:

a. Por causa da responsabilidade da sentinela militar

b. Porque o profeta tinha que avisar sobre o perigo

2- “O fim dos sete dias” (Ez 3.16)

2.1. O profeta se refere à primeira visão com a qual inaugura o seu ministério profético

a. A visão da glória de Deus (Ez 1.26-28)

2.2. Há uma mudança brusca do gênero literário apocalíptico nessa visão de carruagem, para o estilo típico dos profetas, “veio à palavra do Senhor…”, ao introduzir o seu chamado para ser atalaia

2.3. O fim dos sete dias deve ser o tempo que ele esperou para recuperar suas forças depois do impacto da visão da glória de Deus (Ez 1.28; 3.14)

3- A expressão “filho do homem” (Ez 3.17a).

3.1. Deus não se dirige ao profeta pelo seu nome, mas como “filho do homem” (Ez 3.17a)

a. em hebraico, ben’adam, aparece 93 vezes ao longo do livro

b. em hebraico aparece seis vezes só no capítulo 3.

3.2. Sobre esse título ‘filho do homem’

a. Nenhum outro profeta recebe esse título

b. Isso faz lembrar a natureza humana pecadora ao passo que Deus é o Senhor da glória.

c. Somente o Senhor Jesus usava esse título se referindo a si mesmo nos quatro Evangelhos a partir de Mateus 8.20

. O título vem acompanhado de artigo, pois Jesus é o Filho de Deus e, ao mesmo tempo, o Filho do homem (Rm 1.1-4)

d. Adão é o cabeça da humanidade pecadora e Jesus é o cabeça da humanidade redimida; todos os que creem em Jesus Cristo recebem vida eterna (Rm 5.12-21)

4- O “atalaia sobre a casa de Israel” (Ez 3.17b)

4.1. Deus sabia, de antemão, que os filhos de Israel, no exílio, continuariam na sua rebelião (Ez 3.7)

a. Ezequiel foi constituído, por Deus, atalaia para profetizar aos “filhos de Israel” (Ez 2.3-7)

b. Seu propósito era advertir os filhos de Israel, pois, “hão de saber que esteve no meio deles um profeta” (Ez 3.11; 2.5)

IV- SOBRE A RESPONSABILIDADE

1- A responsabilidade do cristão (Ez 3.18)

1.1. A responsabilidade de anunciar o Evangelho ao pecador (Ez 3.18; Ez 33.8)

a. Paulo sentia esse peso (1Co 9.16)

1.2. A responsabilidade de se cuidar para permanecer em Cristo até o fim. (Ez 3.20; Ez 33.13)

a. O Novo Testamento ensina sobre isso (Mt 24.13; Jo 17.12; 2Pe 2.20-22)

2- A responsabilidade do ímpio (Ez 3.19,27)

2.1. Quando anunciamos o Evangelho e o pecador rejeita a salvação em Cristo, tal rejeição vai testificar contra ele mesmo naquele dia (At 18.6; 20.26,27)

2.2. Deus é a fonte de Ezequiel e do Evangelho que pregamos (Ez 3.27a)

a. Deus disse a Ezequiel: “Quem ouvir ouça, e quem deixar de ouvir deixe” (Ez 3.27). A expressão usada pelo Senhor Jesus: “Quem tem ouvidos para ouvir ouça” (Mt 11.15), em passagens paralelas (M 7.16; Lc 14.35) e em Apocalipse 13.9, é uma fraseologia similar que veio de Ezequiel

3- A extensão da nossa responsabilidade (Ez 3.20)

3.1. Quando o justo se desvia, precisa igualmente ser alertado

a. É dever nosso cuidar uns dos outros na igreja (1Co 12.25)

b. A nossa preocupação não é somente com o pecador ignorante, mas também com as ovelhas que se desgarraram do rebanho (Lc 15.4-6)

Conclusão: O nosso compromisso, diante de Deus, é pregar o Evangelho e não converter as pessoas, pois quem as converte é o Espírito Santo. O Senhor mandou-nos pregar a Palavra, como Deus falou ao profeta: “quer ouçam quer deixem de ouvir” (Ez 2.5,7); continue anunciando a mensagem! É o que devemos fazer com oração, guiados pelo Espírito Santo.

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