ASSEMBLEIA DE DEUS - MONTE TABOR/IMPETRATRIZ-MA
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
TERCEIRO TRIMESTRE DE 2017
Adultos - A razão da nossa fé: assim cremos, assim vivemos
COMENTARISTA: ESEQUIAS SOARES DA SILVA
COMPLEMENTOS, ILUSTRAÇÕES E VÍDEOS: PR. LUIZ HENRIQUE DE ALMEIDA SILVA
LIÇÃO Nº8 – A IGREJA DE CRISTO
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Comentários do Pr. Henrique da Lição 8, A Igreja de Cristo
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ECLESIOLOGIA -
INTRODUÇÃO
Nas Escrituras a doutrina da Igreja (ou eclesiologia) se reveste de tanta importância quanto as demais nela tratadas. O estudo e conseqüente compreensão desta doutrina levará o cristão à conclusão de que, em valor, a Igreja se sobrepõe aos grandes organismos e organizações existentes no mundo hoje . A vocação e missão da Igreja têm alcance imensurável. Suas origens se ocultam na eternidade passada, enquanto que a sua missão no presente tem a capacidade de alterar a rotina tanto do Céu quanto do próprio Inferno. Há, pois, grande recompensa no estudo e compreensão desta doutrina.
I. DEFINIÇÃO DO TERMO "IGREJA"
Os dicionários mais comuns dão dois significados ao termo ekklesia: 1° "Ajuntamento popular", e 2° "Igreja". O primeiro significado é chamado profano, e o segundo "bíblico", "eclesiástico". Os dicionários do Novo Testamento seguem a mesma divisão subdividindo mais uma vez o significado do termo no Novo Testamento: 1° Igreja, como comunidade universal. 2° Congregação, como comunidade local ou particular, bem como comunidade doméstica (A Igreja do Novo Testamento – Aste – Pág.15). Noutras palavras, "ekklesia”, traduzida por "igreja" se deriva de ekkaleo, verbo que significa "chamar à parte"; por isto denota uma assembléia citada ou chamada à parte, um corpo escolhido e separado duma grande massa de gente. O uso do termo pode ser investigado levando-se o seguinte em consideração:
1. O Uso Clássico
O uso clássico do termo "ekklesia" designa uma assembléia de cidadãos, convocados por um arauto; uma espécie de assembléia legislativa. Cremer diz que é o termo comum para designar uma reunião dos eklectoi, reunidos para discutir os assuntos pertinentes à política de um estado livre e soberano. Portanto, ekklesia era a assembléia legal, em uma cidade grega, formada de todos os que possuíam o direito de cidadania para tratar dos assuntos públicos. Eram pessoas literalmente chamadas para fora da grande massa de povo que compunha o grosso da sociedade, - uma porção escolhida do povo, não o populacho, tampouco os estrangeiros, não aqueles que haviam perdido os direitos civis. Tanto a palavra "chamar" como a palavra "aparte" possuem significado que não deve ser desprezado quando ambas tiverem de ser estudadas no contexto da Igreja Cristã. Neste caso o termo ekklesia não denota, exceto em uso excepcional e figurado, uma assembléia mista e não-oficial.
2. Seu Uso na Septuaginta
Na versão grega do Antigo Testamento chamada Septuaginta, o termo ekklesia é a tradução usual do termo hebraico kahal, que denota a multidão inteira de qualquer povo, unido pelos vínculos de uma sociedade, e constituindo uma república ou estado. Em sua significação ordinária, o termo pode ser definido como uma assembléia ou convocação do povo de Israel. Assim disse Moisés: "Nenhum amonita ou moabita entrará na congregação ['ekklesia'] do Senhor" (Dt 23.3; Ne 13.1). Assim também disse Davi: “O meu louvor virá de ti na grande congregação [‘ekklesia’]; pagarei os meus votos perante os que o temem” (Sl 22.25). Neste caso a ekklesia de Israel se compunha exclusivamente pelos israelitas feitos idôneos para cumprirem com os deveres de povo do Senhor, e para participarem do culto em seu santuário. Excluía-se, portanto os incircuncisos, os imundos e os demais povos. A mesma restrição é evidente no uso do termo ekklesia no Novo Testamento quando se refere ao antigo Israel como a “igreja do Senhor” (Act 7.38; Hb 2.12).
3. O Uso Cristão
O termo "ekklesia" aparece no Novo Testamento cerca de cento e quinze vezes. Destas, três se referem à congregação hebraica do Senhor (Act 7.38; Hb 2.12); três outras vezes se referem à assembléia grega (Act 19.32,39,41); e cento e dez à Igreja cristã.Como aparece no Novo Testamento, o, termo tem dupla designação: 1° Designa uma assembléia específica e local de crentes, organizados para manutenção do culto, doutrinas ordenanças e disciplina do evangelho, e unidos sob um concerto especial com Cristo e entre si; como "a igreja em Jerusalém", "as igrejas da Galácia". A palavra se encontra usada neste sentido local em noventa e dois casos. 2° Denota a totalidade do corpo dos escolhidos nos céus e na terra - todos quantos foram alcançados pelo concerto da graçade Deus que os faz membros do reino eterno de Cristo.A doutrina evangélica ensina que a Igreja pode existir independentemente de ter ou não uma forma vista pelos homens, pois ela é tanto visível (militante), como invisível (triunfante). A Igreja Invisível se compõe de todos os que estão unidos a Cristo. Não é uma organização externa, mas um organismo eterno. Os seus membros são conhecidos por Deus, ainda que não seja possível serem conhecidos, totalmente pela vista humana. Muitos deles estão no Céu, ou ainda estão por nascer. A Igreja Visível compõe-se de todos os que professam estarem unidos a Cristo; aqueles que têm os seus nomes arrolados nos livros de registro das suas respectivas congregações. Não é sem certo constrangimento que afirmamos que muitas vezes pode ocorrer da pessoa ter seu nome arrolado entre os membros da Igreja visível sem, contudo tê-lo escrito no Livro da Vida do Cordeiro.
Fonte: http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-arnf-3tr17-a-igreja-de-cristo.htm Acesso em 17 ago. 2017..
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