Adultos

Lição 9 - Orando e jejuando como Jesus ensinou V

SUPERINTENDENCIA DAS EBD'S DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS EM PERNAMBUCO

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

SEGUNDO TRIMESTRE DE 2022

Adultos - OS VALORES DO REINO DE DEUS: a relevância do sermão do monte para a Igreja de Cristo

COMENTARISTA: OSIEL GOMES DA SILVA

COMENTÁRIO: SUPERINTENDÊNCIA DAS EBD'S DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS EM PERNAMBUCO

 

LIÇÃO Nº 9 – ORANDO E JEJUANDO COMO JESUS ENSINOU

INTRODUÇÃO

Nesta lição estudaremos sobre a oração e o jejum bíblico; aprenderemos o que é oração e veremos como devemos orar.; destacaremos os tipos de jejum, do ponto de visto bíblico, o propósito e a finalidade dessa prática para a vida devocional do cristão.

I - O QUE É ORAÇÃO?

Oração é uma prece dirigida pelo homem ao seu Criador, com o objetivo de adorá-lo, pedir-lhe perdão pelas faltas cometidas, agradecer-lhe pelos favores recebidos, buscar proteção e, acima de tudo, uma comunhão mais íntima com Ele. Essa atividade é descrita como: a) invocar a Deus (Sl 17.6); b) invocar o nome do Senhor (Gn 4.26); c) clamar ao Senhor (Sl 3.4); e, d) levantar nossa alma ao Senhor (Sl 25.1). Diversos textos das Sagradas Escrituras incentivam o crente a orar (1Cr 16.11; Sl 105.4; Is 55.6; Am 5.4,6; Mt 26.41; Lc 18.1; Jo 16.24; Ef 6.17,18; Cl 4.2; 1Ts 5.17) fazendo-nos entender que Deus aspira a comunhão com o homem. Vejamos outras definições:

1.1 Orar é comunicar-se com Deus. Toda vez que oramos, entramos em contato com Deus, de uma maneira especial. Não apenas em um monólogo, e sim, num diálogo, onde podemos, não apenas dirigir nossas palavras a Deus, mas, também, ouvi-Lo (Gn 18.23-33; Êx 14.15; 32.30-34).

1.2 Orar é tornar nossos pedidos conhecidos diante de Deus. É compartilhar com Ele tudo o que está em nosso coração, sabendo que Ele se importa com a nossa vida e todas as nossas necessidades (1Sm 1.9-11; Ne 2.4; Dn 6.10; Jo 11.41,42; At 12.5).

II - COMO DEVEMOS ORAR?

Nos dias hodiernos, muitos líderes evangélicos, influenciados pela teologia da prosperidade, estão ensinando um modelo de oração completamente oposto aos exemplos bíblicos, ensinando os cristãos a orar decretando, determinando ou profetizando sua bênção, “e as coisas acontecem”, dizem eles. No entanto, a Bíblia Sagrada nos ensina a forma correta de nos dirigirmos a Deus, em oração. Vejamos:

2.1 Devemos orar com fé. A fé é um dos requisitos indispensáveis à oração. O Senhor Jesus disse: “E, tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis.” (Mt 21.22); “Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê.” (Mc 9.23); e, o apóstolo Tiago nos exorta dizendo: “Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; porque o que dúvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte” (Tg 1.6). Portanto, não basta orar, é preciso ter fé e reconhecer que, mesmo que nos pareça impossível o que estamos pedindo, todas as coisas são possíveis para Deus (Mt 19.26).

2.2 Devemos orar em ome de Jesus. Muitos cristãos deixam de obter resposta às suas orações por não orarem em Nome de Jesus. O próprio Senhor Jesus nos ensinou, dizendo: “E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei” (Jo 14.13,14); “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda” (Jo 15.16); “E naquele dia nada me perguntareis. Na verdade, na verdade vos digo que tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar” (Jo 16.23).

2.3 Devemos orar segundo a vontade de Deus. É imprescindível que a vontade de Deus prevaleça sempre sobre as nossas vidas. Por isso, devemos orar pedindo a Deus que faça sempre conforme a Sua vontade. O próprio Jesus nos deu o exemplo quando orou no jardim do Getsêmani: “E, indo segunda vez, orou, dizendo: Pai meu, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade” (Mt 26.42). E, o apóstolo João, diz: “E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve” (1Jo 5.14).

2.4 Devemos orar com perseverança. A perseverança é fundamental à nossa vida de oração. Diversas vezes Jesus ensinou sobre o dever de orar sempre, sem desfalecer (Mt 7.7-11; Lc 11.5-13; 18.1-8); e, o apóstolo Paulo diz: “Orai sem cessar” (1Ts 5.17); e ainda: “Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos” (Ef 6.18).

2.5 Devemos orar com sinceridade. Deus não aceita oração com falsidade e hipocrisia. Na parábola do fariseu e do publicano (Lc 18.9-14), Jesus disse que tanto o fariseu como o publicano subiram ao templo, para orar; o fariseu, orava dizendo: “Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo”. Porém, o publicano, nem queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: “Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!”. Por isso, somente a oração do publicano foi ouvida. O escritor aos Hebreus, diz ainda: “Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa” (Hb 10.22).

III - CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O JEJUM

É a abstinência parcial ou total de alimentos com finalidades específicas. Essa prática vem desde o AT onde o povo de Israel jejuava por diversas razões (Sl 69.10; 2Sm 12.16). O próprio Cristo praticava a disciplina do jejum e ensinava que a mesma devia fazer parte da vida consagrada do cristão. A igreja do NT praticava o jejum (At 13.2,3; 14.23; 27.33). Antioquia é uma clara demonstração de que os crentes primitivos jejuavam (At 12.2,3; 2Co 6.5). Vejamos os tipos de jejum:

3.1 O jejum parcial. Compreende apenas a abstenção de determinados alimentos, como fizeram Daniel e seus companheiros na Babilônia, ingerindo apenas legumes e água (Dn 1.8-15).

3.2 O jejum total. Abstinência absoluta de alimento e água, como ordenou Ester aos judeus e também foi praticado por Paulo imediatamente após sua conversão (Et 4.16; At 9.9). Nestes dois casos, o jejum não perdurou mais que três dias. Por falta de conhecimento, muitos crentes se excedem e jejuam demasiadamente, trazendo transtornos à saúde e terríveis consequências à obra de Deus.

IV - O PROPÓSITO DO JEJUM

Destacamos alguns propósitos: a) um ato para Deus, visando à sua honra (6.16-18; Zc 7.5; Lc 2.37; At 13.2); b) o crente humilhar-se diante de Deus (Sl 69.10; Ed 8.21; Is 58.3), para receber mais graça (1Pd 5.5) e desfrutar da presença íntima de Deus (Is 57.15); c) expressar pesar por causa de pecados e fracassos pessoais cometidos (1Sm 7.6; Ne 9.1,2); d) pesar por causa dos pecados da igreja, da nação e do mundo (1Sm 7.6, Ne 9.1,2); e) buscar graça divina para novas tarefas e reafirmar nossa consagração a Deus (4.2); f) como um meio de buscar a Deus, aproximar-nos dEle e prevalecer em oração contra as forças espirituais do mal que lutam contra nós (Ed 8.21,23,31; Jl 2.12; Jz 20.26; At 9.9); g) como um meio de libertar almas da escravidão do mal (Is 58.6-9; Mt 17.14-21); h) demonstrar arrependimento e assim preparar o caminho para Deus mudar seus propósitos declarados de julgamento (Jn 3.5,10; 1Rs 21.27-29; 2Sm 12.16,22; Jl 2.12-14); e, i) abrir caminho para o derramamento do Espírito e para a volta de Cristo à terra para buscar o seu povo (STAMPS, 1995, p. 1396).

4.1 O jejum não visa a autoglorificação. O jejum também não visa a autoglorificação, para parecer aos homens que somos mais espirituais e, por isso, desfrutarmos de maiores privilégios em nossa relação com Deus. Infelizmente, costuma-se medir a espiritualidade das pessoas, entre outros fatores, pelo número de vezes que jejuam e pela forma como se expõem diante do povo. Mas, queiramos ou não, essa atitude foi radicalmente condenada por Jesus por ser portadora de orgulho espiritual, o que, por si só, torna sem valor qualquer iniciativa do gênero (Sl 101.5; 138.6).

4.2 O jejum é um ato de entrega pessoal. Para o Senhor, o jejum é um ato de entrega pessoal, uma questão entre a pessoa e Deus, e não para enriquecer o currículo de feitos admiráveis para serem aplaudidos pelos homens. “E, quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas, porque desfiguram o rosto, para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão” (Mt 6.16). Quem jejua o faz para Deus, como parte do seu culto racional (Rm 12.1), para manifestar-lhe, com esta conduta, que a sua vida lhe pertence. Em outras palavras, é um ato de plena adoração ao Senhor e busca da sua face, em renúncia e quebrantamento de espírito, sem a intenção de reivindicar lugar de proeminência espiritual. O verdadeiro jejum leva o crente ao caminho da humildade, porque, em suma, reconhece a soberania divina sobre sua vida (At 13.3).

CONCLUSÃO

Um dos maiores privilégio do cristão, sem dúvida, é poder buscar a Deus em oração. A Bíblia está repleta de promessas para aqueles que oram. Por isso, não podemos deixar de desfrutar de todos os benefícios advindos através da oração, principalmente, o de poder desfrutar de uma comunhão mais íntima e profunda com Deus.

REFERÊNCIAS

• APPÉRE, Guy. A oração que Deus responde. FIEL

• OMATIAN, Stormie. O poder de orar juntos. Mundo Cristão

• SILVA. Ubiratan Oliveira. Oração, um ministério fundamental. CPAD

• SILVA, Esequias Soares da (Org.). Declaração de Fé das Assembleias de Deus. CPAD.

• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD

Fonte: http://portal.rbc1.com.br/licoes-biblicas/index/ Acesso em 22 mai. 2022

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