ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
SEGUNDO TRIMESTRE DE 2022
Adultos - OS VALORES DO REINO DE DEUS: a relevância do sermão do monte para a Igreja de Cristo
COMENTARISTA: OSIEL GOMES DA SILVA
COMENTÁRIO: EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS
LIÇÃO Nº 5 – O CASAMENTO É PARA SEMPRE
Texto: Mateus 5.27-32
Introdução: A vontade de Deus para o casamento é que ele seja vitalício. Na continuidade do Sermão do Monte, Jesus condena o adultério.
I – A CONDENAÇÃO DO ADULTÉRIO
1. Definição de adultério.
1.1. Adultério (Gr: moichéuo) : “cometer adultério”, “ser um adúltero”, “ter relação ilícita com a mulher de outro”; da mulher: “permitir adultério, ser devassa”
1.2. Biblicamente, o adultério é definido como uma relação sexual que um homem casado tem com uma mulher que não é sua esposa ou vice-versa
1.3. A idolatria era chamada, figuradamente, de adultério (Jr 3.8,9; Ez 23.37)
1.4. As leis contra o adultério (Êx 20.14) tinham como objetivo:
. Preservar o casamento
. Preservar a fidelidade conjugal
. Preservar a família
2. A posição de Jesus quanto ao adultério.
2.1. Jesus vê que o principal motivo está no coração
. Começa com um olhar cobiçoso e pensamentos impuros que levam à prática sexual ilícita.
. O posicionamento do Mestre vai além de tudo o que, no Antigo Testamento, era permitido ao homem: divorciar-se de sua mulher (Dt 24.1)
2.2. Cristo vai ao cerne da questão
. Jesus fala de um coração profano e contaminado, capaz de olhar cobiçosamente para uma mulher e, sem motivo, conceder carta de divórcio à esposa
2.3. O que Jesus evidencia no seu sermão
. A importância de homens e mulheres absterem-se de pensamentos impuros, tanto fora como dentro do casamento
. Devemos manter a pureza nos seus três níveis: sexual, moral e social
. Que uma intenção errada é tão pecaminosa quanto um ato
2.4. Devemos sempre buscar pensamentos puros (Fp 4.8)
3. Os males do adultério.
3.1. O adultério é sempre prejudicial para a estrutura familiar
. Gera desconfiança
. Gera feridas emocionais
. Gera desvalorização do indivíduo
. Gera desrespeito
. Gera fraqueza e queda na vida espiritual
3.2. Temos a mente de Cristo, devemos pensar em coisas boas (1Co 2.16)
3.3. Aprenda com a Palavra de Deus a desviar-se do adultério (Pv 5.3-8)
II – O QUE REGE O CORAÇÃO REGERÁ O CORPO
1. O que procede do coração.
1.1. O pecado também está nos pensamentos impuros, malignos, cuja fonte é o coração (Mt 15.19).
1.2. ‘Coração’ (Hb lebab): fala do homem interior, mente, vontade, alma, inteligência.
. Trata-se do lugar dos desejos, das emoções e paixões.
. No seu aspecto figurativo, o coração refere-se ao caráter moral.
1.3. Um cristão tem seu coração regido pela Palavra de Deus (Cl 3.16)
2. O homem é o que pensa.
2.1. O homem é o que ele pensa ou sente
. São os motores que colocam em ação todo o seu corpo e são determinantes para sua conduta
2.2. O que semeia o pensamento da cobiça, desejando outra mulher, não demorará para que concretize isso na prática.
. A cobiça é algo que começa no coração que vai gerar o fruto do pecado.
. Cada um é iludido por sua própria cobiça com resultados funestos (Tg 1.14,15)
. O homem colherá aquilo que semear (Gl 6.7)
2.3. Aquilo que rege o coração se evidenciará no viver diário de uma pessoa por meio de seus atos (Mt 15.19; Lc 6.45)
. São obras da carne ações produzidas por um coração pecaminoso (Gl 5.19-21)
2.4. Ninguém está isento de tentações
. É preciso revestir-se do novo homem interior produzido por Cristo (Ef 4.24; Rm 6.12,13).
. A saída é pedir para Jesus fazer a transformação e nos dar um novo coração (Ez 11.19; 18.31)
3. Sujeitando o corpo ao Espírito Santo
3.1. Vivendo na dependência do Espírito Santo, você vai vencer os desejos pecaminosos (Gl 5.16)
3.2. Jesus fez uso de figuras de linguagem e de modo hiperbólico para mostrar como vencer os instintos sexuais.
. Ao sugerir “Se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira fora para longe de ti” (Mt 5.29a),
. Cristo não tinha a intenção de incitar alguém a praticar a mutilação dos membros do corpo
. Não adianta cortar e viver no pecado
. O uso aqui é totalmente metafórico, dando ênfase de como o cristão pode crucificar a carne com suas paixões e sujeitar o seu corpo ao Espírito para que não seja instrumento do pecado (Gl 5.24;
Tt 3.3-5)
3.3. Um coração transformado pelo poder de Cristo mostrará atitudes de sacrifício que visam glorificar a Deus (Rm 12.1; 1 Co 6.20).
III – A INDISSOLUBILIDADE DO CASAMENTO
1. O casamento na perspectiva bíblica.
1.1. O casamento é a mais fundamental de todas as instituições sociais (Gn 1.28; 2.24)
1.2. O casamento deve ser uma união permanente
. Homem e mulher entram em uma aliança a fim de construir uma união única na mais perfeita intimidade
. Jesus destacou o casamento expressando que não são mais dois, mas uma só carne (Mt 19.6).
. Paulo via essa união com muita pureza (Ef 5.25).
1.3. Não querendo jamais que os votos do casamento fossem quebrados, Deus deu a ordem: “Não adulterarás” (Êx 20.14)
2. O que fazer para que o casamento seja para sempre?
. O casal deve construir a mais bela e perfeita união, ainda que enfrente lutas e reveses nesta vida.
. O casamento deve ser construído: (1Pe 3.7)
. Com respeito
. Com amizade
. Com bom tratamento
. Com carinho
. Com dignidade
. O aspecto espiritual é, também, de profunda necessidade (Gn 1.27; Gl 3.28; Cl 3.10,11)
. Na vida a dois há obrigações distintas e específicas a serem cumpridas (1Co 7.3).
. A união sexual é outro fator preponderante que deve ser levado em consideração no casamento.
. Ele deve ser desfrutado pelo homem e pela mulher, casados, em uma intimidade mais profunda.
. O verbo “coabitar” fala de relação sexual dentro do casamento tratada pela Bíblia como algo digno (Hb 13.4; Gn 4.25; 1Pe 3.7).
. O casal cristão é consciente de que jamais deve usar o sexo como fazem os ímpios, sem amor, carinho, respeito, tão somente para dar vazão às suas lascívias (1Ts 4.3-7)
3. Casamento: uma união indissolúvel
3.1. Na discussão de Jesus com os líderes religiosos,
. Ele destacou que o casamento fosse permanente (Mc 10.9)
3.2. Há exegetas que gastam tempo e muitas letras para provar que o divórcio era permitido
. Buscam elementos históricos na escola rabínica de Shammai que destacava a questão da impureza no aspecto mosaico a partir do adultério, permitindo a carta de divórcio.
. Buscam elementos históricos na escola rabínica de Hillel, que era mais liberal, e dizia que qualquer desagrado da parte do marido poderia dissolver o casamento
3.3. Para Jesus, o casamento é uma união indissolúvel, e por isso deixou claro que, quanto ao divórcio,
. Não era um mandamento de Moisés, mas sim uma concessão devido à fraqueza humana, por causa do pecado (Mt 19.8)
. Enquanto a Lei permitia o divórcio (Dt 24.1-3), Jesus salienta que isso significava legalizar o adultério.
3.4. Sempre é doloroso falar sobre divórcio, visto que já se trata da destruição de um casamento. Porém, como servos de Deus, precisamos dizer que a comunidade de salvos que quer viver o padrão do Reino de Deus, com suas bem-aventuranças, precisa entender que o ideal divino é a indissolubilidade da vida a dois, tanto física como espiritualmente, seguindo o padrão divino do Éden: os dois serão uma só carne (Gn 2.23,24; Mc 10.9)
Conclusão: Pela Palavra de Deus, compreendemos que o casamento é para sempre, mas sua construção depende de uma vivência com Deus em um relacionamento marcado pelo amor. Frente aos problemas que possam surgir, o caminho não é o divórcio. Os cônjuges devem agir com boa vontade e sacrifícios, buscando sabedoria divina para que se volte à verdadeira harmonia, com a presença de Jesus.
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