Adultos

Lição 5 - Como ler as Escrituras III

ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2022

A SUPREMACIA DAS ESCRITURAS: a inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus

COMENTARISTA: Douglas Roberto de Almeida Baptista

COMENTÁRIO: EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS

LIÇÃO Nº 5 – COMO LER AS ESCRITURAS

Texto: Atos 8.26-30

Introdução: As técnicas de interpretação auxiliam na compreensão da Bíblia, mas não são infalíveis; por isso, não podem ser colocadas acima da autoridade da Palavra de Deus

I – A BÍBLIA PRECISA SER INTERPRETADA

1. A importância da exegese.

1.1. “Exegese”: (Gr: ex) = ‘fora’ (agein) = guiar (ou seja: guiar para fora)

. É extrair a intenção das palavras de um texto

1.2. O alvo da exegese é deixar que as Escrituras digam o que o Espírito Santo pretendia no seu contexto original

. É necessário um minucioso exame das Escrituras (2Tm 2.15)

1.3. Para compreensão do real significado das Escrituras, temos que estudar: (Ef 3.10-19)

. As línguas bíblicas

. Os fatos históricos

. A cultura

. Os recursos literários

2. As limitações dos leitores.

2.1. Toda vez que lemos a Bíblia, estamos interpretando

. Todos leitores são intérpretes (Dn 9.2)

2.2. É preciso ter cuidado com as ideias que temos antes de lermos a Bíblia (Ef 4.22)

. Nem sempre será a intenção do Espírito (2Pe 3.16)

. A nossa inclinação pecaminosa nos induz ao erro (Rm 8.7)

2.3. Devemos usar métodos sadios para a interpretação das Escrituras (Rm 12.2)

. O salvo em Cristo consegue vivenciar esses métodos (1Tm 4.13; Ap 1.3)

3. A natureza das Escrituras

3.2. Os textos canônicos possuem particularidades que não podem ser ignoradas:

. Narrativas

. Poesias

. Crônicas

. Profecias

. Parábolas

3.3. Devemos interpretar observando: (Mt 5.18)

. As regras gramaticais

. O contexto histórico

. O contexto literário

II - PRESSUPOSTOS PENTECOSTAIS PARA LER A BÍBLIA

l. Autoridade da Bíblia

1.1. Uma das marcas do Pentecostalismo é o seu compromisso inegociável com as Escrituras

1.2. Cremos na inspiração divina, verbal e plenária da Palavra de Deus (2Tm 3.16)

. A Bíblia é autoridade final em questões de fé e prática

. Cremos na sua inerrância e infalibilidade

1.3. Tudo o que está escrito é verdadeiro e serve para o nosso ensino (Rm 15.4)

. Refutamos a relativização e a desobediência aos preceitos bíblicos (Ap 22.19).

. Acatamos suas doutrinas, reconhecemos a realidade do sobrenatural, a literalidade dos milagres e a atualidade do Batismo no Espírito Santo e dos Dons Espirituais (At 2.39)

2. A iluminação do Espírito

2.1. O que é a doutrina da Iluminação

. É a atuação do Espírito Santo na vida do crente, que o capacita a discernir as verdades da Palavra de Deus (Ef 1.17,18; 1Jo 5.20)

. Somente o estudo racional não é suficiente. Contudo, devemos lê-la.

. À medida que a estudamos, o Espírito nos concede a compreensão

2.2. A iluminação não aumenta e nem altera a Bíblia, apenas elucida o que já foi revelado pelo Espírito

. O conhecimento da Palavra produz comunhão com Deus, vida de oração, obediência e santificação (2Pe 1.3-10)

3. O valor da experiência

3.1. O texto sagrado é útil para o ensino, repreensão, e correção a fim de tornar o salvo perfeito (2Tm 3.16,17)

3.2. A Bíblia deve ser aplicada ao nosso viver diário

. As verdades bíblicas são confirmadas quando experimentadas (Mc 16.20).

. Exemplo: Cremos que o livro de Atos não apenas descreve a experiência pentecostal da Igreja Primitiva, como também a torna válida para os nossos dias (At 2.1-4,38,39).

3.3. Cuidado: ‘Nem a experiência nem a tradição da Igreja podem estar acima da autoridade bíblica’.

3.4. Somente a Escritura é que pode autenticar, e até mesmo corrigir, a experiência ou a prática da Igreja, caso seja necessário (2Tm 4.2)

III - REGRAS BÁSICAS DE INTERPRETAÇÃO

1. A Escritura é sua própria intérprete

1.1. ‘Hermenêutica’: (Gr: hermeneutikós) = Ensina os princípios que regem a interpretação dos textos sagrados

1.2. Lutero desenvolveu a máxima de que a Escritura tem de ser interpretada e entendida por si própria (Is 8.20).

. Devemos estudar a Bíblia seguindo o método pelo qual uma parte do texto auxilia na compreensão de outro texto

. Isso é legítimo, pois a Escritura é resultado de um autor (Pv 30.5,6)

1.3. Mesmo assim o estudante da Bíblia precisa do auxílio de regras básicas para uma correta interpretação

2. Princípios de interpretação bíblica.

2.1. Literal ou simbólico

. O texto bíblico tem sentido único

. Sempre que possível deve ser interpretado literalmente

. Tome cuidado com as expressões de uso simbólico/alegórico

. Exemplo: Cristo disse: “Tomai, comei, isto é o meu corpo” (Mt 26.26). Esse texto mostra que “corpo” aqui não está no sentido literal, mas no figurado

2.2. O contexto

. No contexto você vai analisar os versículos que precedem e seguem o texto que se estuda

. Cuidado: Diz a máxima que “texto fora do contexto é pretexto”

. Nenhuma doutrina pode basear-se em um único texto ou em hipóteses particulares (2Pe 1.20)

3. Os perigos da hermenêutica pós-moderna

3.1. Nossa ortodoxia refuta todo e qualquer método que nega a inspiração verbal e plenária da Bíblia e sua consequente autoridade (2Pe 1.21)

. O intérprete não pode criar outro cânon dentro do cânon bíblico

. Não se pode empregar métodos subjetivos focados no leitor em prejuízo do texto e do autor bíblico

. As experiências devem ser submetidas ao crivo das Escrituras Sagradas (At 17.11)

3.2. Reconhecemos que as técnicas hermenêuticas não são infalíveis.

. Durante o processo de aplicação dos métodos interpretativos necessitamos da iluminação do Espírito Santo (1 Co 2.12)

Conclusão: A Bíblia Sagrada deve ser lida e interpretada. Nesse mister, somos auxiliados pela exegese e pela hermenêutica. Contudo, nenhuma das técnicas de interpretação estão acima da autoridade da Palavra de Deus. O que a igreja crê e professa deve ser interpretado à luz da própria Escritura

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