ASSEMBLEIA DE DEUS – MINISTÉRIO DO BELÉM – SETOR 31 ERMELINO MATARAZZO, SÃO PAULO/SP

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

TERCEIRO TRIMESTRE DE 2017

Adultos - A razão da nossa fé: assim cremos, assim vivemos

COMENTARISTA: ESEQUIAS SOARES DA SILVA

COMENTÁRIO: EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS

LIÇÃO Nº 3 – A SANTÍSSIMA TRINDADE: UM SÓ DEUS EM TRÊS PESSOAS

Texto: 1 Coríntios 12.4-6; 2 Co 13.13

Introdução: Cremos em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas distintas: o Pai, O Filho e o Espírito Santo iguais em substância, glória, poder e majestade.

I – CONSTRUÇÕES BÍBLICAS TRINITARIANAS

1. A unidade na Trindade (1 Co 12.4-6)

1.1. Paulo afirma a unidade de Deus, uma só essência e substância, em diversidade de manifestações de cada Pessoa distinta.

2. A bênção apostólica (2 Co 13.13)

2.1. Há aqui certo paralelismo com a bênção sacerdotal (Nm 6.24-26)

2.2. É uma saudação trinitariana.

3. O Deus trino e uno revelado (Ef 4.4-6)

3.1. Temos aqui a diversidade de operações e funções na unidade de Deus

3.2. É Deus quem nos chama por meio do Espírito Santo. Jesus é o nosso Senhor, a fonte de nossa fé e esperança.

3.3. Deus trino é manifesto na história salvífica em formas pessoais e funções distintas (1Pe 1.2)

II – O DEUS TRINO E UNO

1. Uma questão crucial

1.1. A Bíblia revela a ‘divindade do Filho’ (Jo 1.1)

. É uma divindade plena e absoluta (Cl 2.9)

1.2. A Bíblia afirma que o Espírito Santo é Deus (1Co 3.16)

. É, também, Senhor (2Co 3.17)

1.3. Questão crucial: Como conciliar essa verdade com o monoteísmo ratificado pelo próprio Senhor Jesus? (Mc 12.29,30)

Primeiro: Não se trata de ‘triteísmo’ pois existe um só Deus (1Co 8.6; Gl 3.20)

Segundo: A única explicação é a ‘Trindade’

2. A Trindade

2.1. A trindade está presente na Bíblia desde o Antigo Testamento (Gn 1.26; 3.22; Is 6.8)

2.2. O Senhor Jesus apresenta o Pai e o Espírito num tipo de relacionamento ‘eu, tu, ele’ (Jo 16.7-16)

2.3. Antes da sua ascensão ao céu, Jesus mandou que os discípulos batizassem ‘em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo’ (Mt 28.19)

. Essa é a passagem bíblica mais contundente em favor da Trindade

2.4. A Igreja desde a antiguidade, resume essas passagens bíblicas na fé em um só Deus que subsiste eternamente em três pessoas distintas.

III – AS CRENÇAS INADEQUADAS

1. Os monarquianistas dinâmicos

1.1. Trata-se de um movimento que surgiu após a metade do século em torno do monoteísmo cristão.

1.2. Tertuliano, um dos líderes cristãos da época, polemizou com eles, chamando-os de monarquianistas (gr: ‘monarchia’ governo exercido por um único soberano)

1.3. Seus ensinos:

. Ensinavam que Jesus recebeu o ‘poder’ por ocasião do seu batismo no rio Jordão

. Ensinavam que Jesus se tornou divino por ocasião de sua ressurreição.

1.4. Seus ensinos iam contrário ao que os apóstolos ensinavam (1Jo 5.20)

2. Os monarquianistas modalistas

2.1. Ensinavam que Deus aparece de modos diferentes

. Aparece com a máscara de Pai na obra criadora

. Aparece com a máscara de Filho no seu nascimento e na ascensão

. Aparece com a máscara do Espírito Santo

2.2. É a doutrina ‘unicista’ que nega a trindade

. O bispo Sabélio foi o principal expoente dessa doutrina, por isso ela é conhecida como ‘sabelianismo’

2.3. A Bíblia é clara na distinção das três pessoas (Mt 3.16,17; Jo 8.17,18; 2Jo 3)

3. O Arianismo

3.1. É o nome da doutrina criada por Ário

. Fundado em Alexandria, Egito em 318

3.2. Seus ensinos:

. Que o Senhor Jesus não era da mesma substância que o Pai

. Era criatura, criado do nada, uma classe divina inferior

3.3. O ensino bíblico confirma que Jesus é eterno (Is 9.6; Cl 1.17)

IV – RESPOSTAS ÀS OBJEÇÕES ACERCA DA TRINDADE

1. Esclarecimento

1.1. Os unicistas modernos pregam que a doutrina da Trindade é uma invenção do Concílio de Nicéia, por ordem de um imperador romano pagão.

1.2. Refutação:

. Os unicistas modernos estão equivocados, pois mais de cem anos antes Tertuliano já havia formulado a doutrina da Trindade

. Além do mais, o Concílio de Nicéia tratou do ‘O Filho’ para reafirmar a deidade de Jesus e a sua consubstancialidade com o Pai

. O credo não traz informação alguma sobre o Espírito Santo

2. Definição de Tertuliano

2.1. Tertuliano criou o termo ‘Trindade’

2.2. Declaração de Tertuliano: ‘Todos são um, por unidade de substância, embora ainda esteja oculto o mistério da dispensação que distribui a unidade numa Trindade, colocando em sua ordem os três, Pai, Filho e Espírito Santo; três, contudo, não em essência, mas em grau; não em substância, mas em forma; não em poder, mas em aparência; pois eles são de uma só substância e de uma só essência e de um poder só, já que é de um só Deus que esses graus e formas e aspectos são reconhecidos com o nome de Pai, Filho e Espírito Santo (Contra Práxeas, III)

3. Formulação definitiva da Trindade

3.1. Isso aconteceu no Concílio de Cosntantinopla em 381

3.2. Como se deu a formulação definitiva da doutrina da Trindade

. Com base nos trabalhos de Atanásio

. Combateu os Arianistas

. Combateu grupos contrários ao Espírito Santo

. Pneumatomacianos

. Tropicianos

. Com base nas obras dos capadócios

. Basílio de Cesaréia; . Gregório de Nissa . Gregório de Nazianzo

3.3. O Credo Niceno-Constantinopolitano reafirma o Credo de Nicéia e define a divindade do Espírito Santo, estabelecendo de uma vez por todas a doutrina da Santíssima Trindade.

Conclusão: Diante do exposto, está claro que a doutrina da Trindade é bíblica e está presente desde o Gênesis até o Apocalipse

COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS