Adultos

Lição 4 - A mordomia da família V

SUPERINTENDENCIA DAS EBD'S DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS EM PERNAMBUCO

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

TERCEIRO TRIMESTRE DE 2019

Adultos - TEMPO, BENS E TALENTOS: sendo um mordomo fiel e prudente com as coisas que Deus nos tem dado

COMENTARISTA: ELINALDO RENOVATO DE LIMA

COMENTÁRIO: SUPERINTENDÊNCIA DAS EBD'S DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS EM PERNAMBUCO

 

LIÇÃO Nº 4 – A MORDOMIA DA FAMÍLIA

INTRODUÇÃO

Nesta lição traremos uma definição de família; destacaremos quais os propósitos de Deus ao criá-la; falaremos ainda sobre a mordomia da família cristã segundo a Bíblia; pontuaremos que o adversário tem atacado ferozmente esta instituição sagrada e o que devemos fazer para conservar a nossa família na presença de Deus.

I – DEFINIÇÃO DE FAMÍLIA

A nossa Declaração de fé (2017, p. 203) diz que: a família é uma instituição criada por Deus, imprescindível à existência, formação e realização integral do ser humano, sendo composta de pai, mãe e filho(s) - quando houver - pois o Criador, ao formar o homem e a mulher, declarou solenemente: “Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn 2.24). Deus criou o ser humano à sua imagem e semelhança e os fez macho e fêmea: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gn 1.27), demonstrando a sua conformação heterossexual. A diferenciação dos sexos visa à complementariedade mútua na união conjugal (1Co 11.11), essa complementariedade mútua necessária à formação do casal e à procriação.

Reconhecemos preservada a família, quando, na ausência do pai e da mãe, os filhos permanecerem sob os cuidados de parentes próximos (Et 2.7,15; 1Tm 5.16). Rejeitamos o comportamento pecaminoso da homossexualidade por ser condenada por Deus nas Escrituras, bem como qualquer configuração social, que se denomine família, cuja existência se fundamente em prática, união ou qualquer conduta que atente contra a monogamia e a heterossexualidade consoante o modelo estabelecido pelo Criador e ensinado por Jesus (Mt 19.6).

II – OS PROPÓSITOS DE DEUS COM A FAMÍLIA

Deus criou a família com propósitos sublimes, para o indivíduo e para toda a humanidade. O Pr. Elinaldo Renovato no livro: “A família cristã e os ataques do inimigo” (2013, p. 08) pontua pelo menos quatro propósitos. Vejamos:

2.1 Evitar a solidão. Quando Deus se propôs a criar a mulher, fez pensando em oferecer companhia ao homem (Gn 2.18; Pv 18.22). A mulher foi criada para ser a amável companheira do homem e sua ajudadora. Daí, ela ser participante da responsabilidade de Adão e com ele cooperar no plano de Deus para a vida dele e da família por meio do casamento.

2.2 Bem-estar social. O homem é um ser gregário por natureza. A palavra “gregário” significa: “que tende a viver em bando” (HOUAISS, 2001, p. 1481). Ele sente a necessidade de viver em grupo, de socializar-se. Desde o princípio, Deus fez uma comunidade de “macho e fêmea” e lhes disse que multiplicassem a sua espécie em uma comunidade maior (Gn 1.27,28).

2.3 Bem-estar emocional. Marido e mulher complementam-se em suas necessidades emocionais (Gn 2.23). Nos momentos alegres, compartilham seus sentimentos de felicidade (Pv 5.18). Nos momentos tristes ou difíceis, ajudam-se mutuamente, impulsionados pelo amor conjugal. Pais e filhos, vivendo em família, sentem-se mais seguros do que pessoas que vivem solitárias: “Deus faz que o solitário viva em família […]” (Sl 68.6).

2.4 A multiplicação da espécie. Quando os fez macho e fêmea, Deus tinha o propósito de tornar possível a reprodução do gênero humano (Gn 1.28-a), visto que dois iguais não se reproduzem, por isso a prática homossexual é vista na Bíblia como uma abominação (Lv 18.22); e, algo antinatural (Rm 1.26,27). Portanto, “o princípio da heterossexualidade estabelecido na criação, continua a ser parte integrante do plano de Deus para o casamento” (KOSTENBERGER, 2011, p. 40 – acréscimo nosso).

III – A MORDOMIA DA FAMÍLIA CRISTÃ SEGUNDO A BÍBLIA

A Bíblia é o manual da família. Nela encontramos os preceitos e mandamentos divinos para os cônjuges, filhos, pais, a fim de que o lar funcione de forma ordeira e saudável. Notemos:

3.1 Os deveres do esposo:

 Amar a esposa (Ef 5.25-30; Cl 3.19);

 Governar bem a sua casa (1Tm 3.4,12);

 Trabalhar para prover o sustento familiar (Gn 3.19; 1Ts 4.11,12);

 Ser o sacerdote do lar (Gn 18.19; Jó 1.5; Sl 128.1);

 Conceder a devida benevolência a esposa (1 Co 7.3-b).

3.2 Os deveres da esposa:

 Edificar o seu lar (Pv 14.1);

 Ser submissa ao marido (Ef 5.22-24; Cl 3.18);

 Atender as necessidades do lar (Pv 31.21-22; Tt 2.5);

 Quando necessário, ajudar nas despesas financeiras (Pv 31.16-18,24);

 Ensinar as mulheres mais novas a desempenharem seu papel de esposa e mãe (Tt 2.3-5);

 Conceder a devida benevolência ao marido (1 Co 7.3-a).

3.3 Os deveres dos pais:

 Educar os filhos com disciplina (Pv 13.24; 19.18; 22.6,15; 23.13,14; 29.15,17);

 Ensinar, desde cedo aos filhos a temerem e amarem ao Senhor (Dt 6.1-9);

 Conduzir os filhos a Deus (Jó 1.5; Js 24.15; At 16.30-34; Ef 6.4);

 Ser exemplo para os filhos (Pv 22.6).

3.4 Os deveres dos filhos:

 Ser obediente aos pais no Senhor (Ef 6.1; Cl 3.20);

 Honrar aos pais (Êx 20.12; Dt 5.16; 27.15);

 Ajudar aos pais nos afazeres domésticos (Gn 29.9; Êx 2.16; 1 Sm 17.15);

 Assisti-los em suas necessidades (Mt 15.3-6; 1 Tm 5.4,8).

IV – OS ATAQUES PÓS MODERNOS A FAMÍLIA

A palavra ataque refere-se a todo o investimento de Satanás por meio da educação, do sistema político, da sociedade sem Deus e etc, contra a família. Vejamos alguns:

4.1 Incentivo ao divórcio. A mídia tem dado grande incentivo a prática do divórcio, consequentemente tornando-o prática comum na sociedade. O princípio da “indissolubilidade do casamento” tem sido quebrado em grande escala a cada ano, evidenciando a falta de temor a Deus e do verdadeiro amor e respeito que deve existir entre os casais. A natureza indissolúvel do casamento vem desde a sua origem (Gn 2.24). Jesus disse que esse registro bíblico fala da indissolubilidade do casamento (Mt 19.5,6). O Mestre disse também que somente a infidelidade pode legitimar um segundo casamento, o contrário configura em adultério (Mt 19.9). É bom destacar que Jesus nunca estimulou ou encorajou o divórcio. Portanto, o divórcio não deve ser a primeira opção no caso de infidelidade conjugal, mas o perdão (Mt 18.21-35; Lc 17.4).

4.2 A impureza no leito conjugal. Desde a Queda, o sexo e a sexualidade têm sido deturpados. Por meio da mídia escrita, televisiva e até de alguns ensinadores que se levantaram no cenário nacional, têm havido um ensinamento deturpado do ato conjugal com práticas impuras e inconvenientes. A Escritura, porém nos mostra que o sexo foi criado por Deus com propósitos elevados, saudáveis e benéficos para o ser humano, e por isso reprova severamente práticas sexuais corrompidas, tais como o: (a) adultério (Êx 20.14; Dt 5.18; Mt 5.27; Rm 13.9); e, (b) outras perversões que são impróprias para o casal (Êx 20.17; 1 Co 6.19,20; 1 Pd 3.7; Hb 13.4).

4.3 A falta de espiritualidade. Em alguns lares a espiritualidade da família está entrando em crise. A frieza e a mornidão espiritual têm impedido que os membros da família vivam em comunhão com Deus (Ap 3.15,16). Isto se dá pelo fato de alguns lares, darem pouca importância a oração, adoração e a leitura bíblica no seio familiar. Todavia, a Bíblia nos mostra o que devemos priorizar (Mt 6.33; Cl 3.1).

V – PROTEGENDO A FAMÍLIA CONTRA OS ATAQUES DE SATANÁS

Não podemos evitar que nossa família sofra investidas do diabo, mas podemos proteger a nossa família das suas astutas ciladas (Ef 6.10,11). Vejamos como podemos proteger nossa família:

 Santificando o lar (Lv 20.26; 2 Co 7.1; 1Ts 4.7);

 Praticando o culto doméstico regularmente (Dt 6.7-9);

 Mantendo uma vida de oração e jejum (Rm 12.12; Cl 4.2; 1Ts 5.17);

 Ensinando a Palavra de Deus no lar (Pv 22.6; At 5.42);

 Frequentando os cultos no templo assiduamente (2 Cr 7.15,16; Sl 122.1);

 Vigiando em todo tempo (At 20.31; 1 Co 16.13; Cl 4.2; 1Ts 5.6.10; 1Pd 5.8).

CONCLUSÃO

A Bíblia não fala somente da instituição da família, como também destaca quais os papéis que cada um dos membros que a compõe deve exercer para que esta permaneça unida e espiritualmente saudável na presença de Deus. Se formos excelentes mordomos da nossa família, jamais sucumbiremos ante os ataques de Satanás.

REFERÊNCIAS

 HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA.

 KOSTENBERGER, Andreas J. com JONES, David. Deus Casamento e Família. VIDA NOVA.

 RENOVATO, Elinaldo. A Família Cristã e os ataques do inimigo. CPAD.

 SILVA, Esequias Soares da (Org.). Declaração de Fé das Assembleias de Deus. CPAD.

 STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL (FORNECIMENTO DO MATERIAL) -PROF. PAULO AVELINO

 

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