SUPERINTENDENCIA DAS EBD'S DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS EM PERNAMBUCO
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2018
Adultos - A supremacia de Cristo - Fé, esperança e ânimo na Carta aos Hebreus
COMENTARISTA: JOSÉ GONÇALVES
COMENTÁRIO: SUPERINTENDÊNCIA DAS EBD'S DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS EM PERNAMBUCO
LIÇÃO Nº 5 – CRISTO É SUPERIOR A ARÃO E À ORDEM LEVÍTICA
[yt_youtube url="https://www.youtube.com/watch?v=KxVV3bU1lis" width="600" height="400" responsive="yes" autoplay="no" ]INTRODUÇÃO
Nesta lição falaremos um pouco sobre Arão, o irmão de Moisés, que foi chamado por Deus para ser o primeiro sacerdote do povo de Israel; destacaremos sua relação com Jesus, quanto a função, consagração, intercessão e oferta; pontuaremos a superioridade do sacerdócio de Cristo em relação ao araônico; e, por fim, quais os benefícios que recebemos por meio do sacrifício de Jesus na cruz.
I – QUEM FOI ARÃO
Arão era filho de Anrão e Joquebede ambos oriundos da tribo de Levi (Êx 2.1). Ele era o irmão do meio, numa família de três filhos (Êx 6.20; Nm 26.59). Arão nasceu durante a opressão de Israel no Egito, mas evidentemente antes do decreto genocida de Êxodo 1.22. Tinha três anos de idade quando Moisés nasceu (Êx 7.7). Quando cresceu casou com Eliseba e teve quatro filhos: Nadabe, Abiú, Elezar e Itamar (Êx 6.23; Lv 10.1,6; 1 Cr 24.1). Durante toda a narrativa do Êxodo Arão é um auxiliar de Moisés (Êx 4.14). A Bíblia como um todo fala gentilmente de Arão. Nos Salmos ele é chamado de pastor (Sl 77.20); sacerdote (Sl 99.6); escolhido (Sl 105.26); santo (Sl 106.16) e ungido (Sl 133.2).
II – A RELAÇÃO DE ARÃO COM JESUS
O escritor aos Hebreus diz que o sacerdócio de Arão prefigurava o de Cristo (Hb 2.17,18; 4.14-16; 5.1-4; 7.11). A expressão “prefigurar” significa: “representar o que está por vir” (HOUAISS, 2001, p. 2284). A forma antiga é apenas uma figura (uma sombra) da real que está por vir (Hb 10.1). Vejamos a relação que existe entre ambos personagens:
2.1 Na função. O sacerdote, termo que no hebraico é “kohen”, era o ministro divinamente designado, cuja função principal era representar o homem diante de Deus (Êx 28.38; 30.8). Os sacerdotes deviam queimar incenso, cuidar do castiçal e da mesa dos pães da proposição, oferecer sacrifícios no altar e abençoar o povo (Nm 5.5-31). Eles ensinavam a Lei (Ne 8.7,8); ministravam como mediadores entre o povo e Deus (Êx 12.12,29,30); comunicavam ao povo a vontade e o concerto de Deus (Jr 33.20-22; Ml 2.4); intercediam, perante Deus, devido à pecaminosidade do povo. Exercendo o seu ministério, eles faziam expiação pelos seus próprios pecados e pelo pecado do povo (Êx 29.33; Hb 9.7,8), e testificavam da santidade de Deus (Êx 28.38; Nm 18.1). O primeiro sacerdote escolhido por Deus em favor de Israel foi Arão (Êx 28.1; Hb 4.4); e, dentre os sacerdotes, ele foi eleito “sumo sacerdote” o qual era o principal entre os sacerdotes (Hb 5.1-4). Em hebraico o “sumo sacerdote” é chamado de “kohen gadol” que quer dizer “grande sacerdote”. Somente ele entrava uma vez por ano no Lugar Santíssimo para expiar os pecados da nação israelita, no Dia da Expiação (Êx 30.10; Lv 16.34). Jesus também feito sacerdote por Deus Pai: “Chamado por Deus sumo sacerdote [...]” (Hb 5.10). Veja ainda: (Hb 5.5,6; 7.21).
2.2 Na consagração. Quando foi escolhido para ser sacerdote, Arão foi ungido por Moisés (Êx 28.41). Davi faz alusão a esta consagração no Salmo 133.2. Tal ato tipifica a unção do Espírito Santo que era concedido para capacitá-lo para exercer tal função. No NT Jesus recebe o título de Cristo (Mt 16.16,18; Lc 2.26; Hb 1.6; Jo 4.25,26; At 3.6,18,20; 4.10; Rm 1.4; 1 Co 1.23). O adjetivo Cristo do hebraico “messiah”, do grego “christhos” significa: “ungido” (ANDRADE, 2006, p. 122). As profecias do AT revelaram, com muitos séculos de antecedência, que Deus enviaria um Redentor, o Ungido de Deus (Sl 2.2; 45.7; 89.20; Is 61.1; Dn 9.25,26). a promessa de Deus anunciava a vinda de alguém que ocuparia as três funções, dentre elas a de sacerdote (Sl 110.4; Hb 2.17; 7.26-28).
2.3 Na intercessão. Dentre as atribuições do sacerdote destaca-se a de ser mediador entre o povo e Deus, fazendo intercessão por eles (Êx 12.12,29,30). O profeta Isaías anunciou que o Messias intercederia pelos pecadores (Is 53.12). Jesus interceu pelos seus discípulos (Jo 17.9); intercedeu por aqueles que haveriam de crer, por meio da pregação deles (Jo 17.20). Jesus, como sacerdote, encontra-se a direita de Deus, intercedendo por aqueles que a Ele se chegam (Hb 7.25).
2.4 Na oferta. Aos sacerdotes foi dada a responsabilidade de comparecer diante de Deus com ofertas e sacrifícios (Hb 5.11). Estas leis são classificadas didaticamente de “Lei Cerimonial”, pois elas regulavam os serviços praticados pelos sacerdotes no Templo e tinham tudo a ver com os sacrifícios e ofertas, os dias anuais de festas e a questão dos deveres do sacerdócio (Nm 8.1; Js 8.31; 2 Cr 23.18; 30.15-16; Ed 3.2). Embora estes sacrifícios tenham sido instituídos por Deus, eles eram plenos, pois: (a) eram repetitivos (Hb 10.11); (b) não limpavam à consciência (Hb 9.9); e, (c) não purificavam os pecados (Hb 10.4). Isaías profetizou que um homem faria expiação pelos pecados da humanidade (Is 53.1-12). O salmista já havia profetizado que o sacrificio definitivo seria de um corpo sem pecado (Sl 40.6-8). O escritor aos hebreus cita este texto para mostrar que profeticamente se cumpriu em Jesus, quando este encarnou e vivendo de forma perfeita fez oblação pelo nosso pecado (Hb 10.5-9). Na cruz, Jesus, ofereceu-se a si mesmo como oferta pelo pecado (Hb 10.10).
III – A SUPERIORIDADE DO SACERDÓCIO DE CRISTO EM RELAÇÃO AO DE ARÃO
O sacerdócio de Arão prefigura o sacerdócio de Cristo. No entanto, o sacerdócio de Cristo é superior. As Escrituras deixam bem claro que a Antiga Aliança era apenas sombra dos bens futuros (Hb 10.1), demonstrando assim a superioridade da Nova Aliança. O escritor aos Hebreus diz: “De tanto melhor aliança Jesus foi feito fiador” (Hb 7.22).
Destacaremos na tabela abaixo, informações que comprovam que o sacerdócio de Cristo é superior ao de Arão:
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