ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
QUARTO TRIMESTRE DE 2025
Adultos - CORPO, ALMA E ESPÍRITO: A restauração integral do ser humano para chegar à estatura completa de Cristo
COMENTARISTA: Silas Queiroz
COMENTÁRIO: EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS

LIÇÃO Nº 6 – A CONSCIÊNCIA: O TRIBUNAL INTERIOR
Texto: Romanos 2.12-16.
Introdução: Diante da crescente degradação do padrão moral do mundo, o cristão deve apegar-se cada vez mais à sã doutrina para ter sempre uma boa consciência.
I. ANTES E DEPOIS DA QUEDA
1. A primeira manifestação
1.1. Consciência (Gr: syneidesis)= “saber com”
1.2. A consciência é uma faculdade inata, ou seja, todos nascem com ela
a. É como um sensor instalado na alma humana
b. (Alguns teólogos consideram que seja no espírito. Não há consenso sobre isso).
c. É uma capacidade dada por Deus para o homem discernir:
. O que é certo e o que é errado
1.3. A consciência ajuda nas tomadas de decisões
1.4. A primeira manifestação da consciência na experiência humana deu-se em Gn 2.16,17; 3.6-10
1.5. O homem transgrediu e veio o funcionamento acusativo da consciência:
a. A culpa
b. A vergonha
c. O medo
2. O direito natural
2.1. Todo o ser humano nasce com um conteúdo normativo fundamental na alma:
a. É a lei moral também chamada de lei da natureza ou direito natural
b. Caim nos lembra essa lei moral e consequências (Gn 4.8)
. Sentiu culpa (Gn 4.13,14)
2.2. Quando a consciência acusa, não adianta tentar se esconder (Sl 139.7,8; Jn 1.3-12)
3. Escrita no coração
3.1. Paulo revela a Lei mosaica e a lei moral em Romanos 2.12-16
a. É com base nessa lei geral que a consciência atua (Rm 2.15)
3.2. O que ocorreu em relação aos hebreus foi a positivação do direito natural:
a. A escrita, em pedras, dos preceitos comuns a todos os homens
. Exemplo: a proibição de matar (Êx 20.13).
b. Regulação da vida civil (Ex: direito de propriedade e direito de família: Êx 22; Dt 24)
c. O estabelecimento de leis cerimoniais (Lv 1-7)
3.3. Antes da codificação do direito natural pela lei mosaica, outras sociedades antigas tinham seus regramentos.
a. Os códigos mesopotâmicos de Ur-Nammu (2070 a.C.)
b. Lipit-Ishtar (1850 a.C.)
c. Hamurabi (1792-1750 a.C.), o mais conhecido deles.
3.4. O que há de bom nas imperfeitas leis humanas é inspirado na Lei moral escrita no coração de todos os povos.
II. O FUNCIONAMENTO DA CONSCIÊNCIA
1. Acusação, defesa e julgamento
1.1. A consciência funciona como um órgão de acusação ou defesa, mas também exerce função judicante (Sl 51.3).
1.2. Gênesis 3.7 diz que tão logo Adão e Eva pecaram “foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus”.
a. O verbo “conhecer”, yada, traduz o apontamento negativo feito pela consciência, reprovando a conduta do primeiro casal.
b. Antes do pecado, conheciam somente o bem, e viviam em plena alegria e paz (Gn 2.25).
c. Ao pecarem, a consciência ecoou na alma, como uma voz secreta e incômoda (Gn 3.7-10).
d. Às vezes essa experiência é de dor no coração
. Ex: Davi após contar o povo (2Sm 24.10)
1.3. Uma consciência pesada produz males ao espírito, à alma e ao corpo (Sl 31.9,10; 32.1-5; 38.1-8)
2. Vãs justificativas
2.1. A expressão “foram abertos os olhos” (Gn 3.7)
a. Significa, também, experimentação imediata da malícia, antes inexistente em Adão e Eva
2.2. Ao ouvirem a voz do Criador, se esconderam com medo
2.3. Deus dirigiu uma pergunta retórica a Adão: “Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses?” (Gn 3.11)
a. Não houve uma resposta direta
b. Impossibilitado de negar seu pecado, Adão fez o que se tornaria comum ao ser humano:
. Tentou se justificar, certamente buscando aplacar a consciência (Gn 3.12)
. Eva seguiu o mesmo caminho, culpando a serpente (Gn 3.13)
c. Tentativas como estas são meros placebos.
2.4. A consciência é implacável e não cede a vãs formulações humanas, ainda que teológicas, como as inclusivas (Rm 1.18-27; 2Tm 4.3)
2.5. A confissão e o afastamento do pecado são o remédio para a alma (Sl 41.4; Pv 28.13; Tg 5.16)
3. O debate no tribunal
3.1. A consciência é como um tribunal que julga condutas, aprovando-as ou reprovando-as.
a. Atua em relação ao presente (At 23.1)
b. Atua em relação ao passado (1Co 4.4; 2Sm 24.10)
c. Atua em relação ao futuro (1Sm 24.6; At 24.16)
3.2. Funciona interagindo com as demais faculdades da alma (Rm 2.15; 9.1; 1Co 8.12)
a. Principalmente os pensamentos
b. Principalmente os sentimentos
3.3. A consciência costuma entrar em longos debates com os pensamentos:
a. Questionando os pensamentos
b. Aprofundando a análise das ações
3.4. Esse processo gera na mente um exame interior (1Co 11.28)
a. O objetivo é alcançar uma consciência limpa (2Co 1.12).
b. É a busca da paz interior mesmo com acusações externas (At 24.1-16)
. Então, há descanso para a alma.
III. A CONSCIÊNCIA É FALÍVEL
1. Defeitos da consciência
1.1. A Bíblia menciona consciências defeituosas:
a. Cauterizada (insensível ao pecado) (Ef 4.19; 1Tm 4.2)
b. Fraca (legalista) (1Co 8.7-12)
c. Contaminada ou corrompida (Tt 1.15)
1.2. Para a consciência funcionar bem, é preciso estar corretamente educada e cuidada à luz da genuína Palavra de Deus, no Espírito Santo (1Tm 1.5,19; Rm 9.1).
1.3. Todo desequilíbrio é perigoso.
a. A insensibilidade de consciência leva à complacência com o pecado
b. A hipersensibilidade de consciência produz extremismo, onde tudo é pecado.
. As seitas agem nesse campo (Cl 2.16-23)
2. Deus, o Supremo Juiz
2.1. Apesar de sua grande importância no exercício de juízo moral, o pronunciamento da consciência não tem valor absoluto ou definitivo. (1Co 4.4)
a. Devemos sempre nos submeter humildemente a Deus, ainda que nossa consciência não nos acuse.
b. Deus conhece o profundo do nosso interior (Sl 139.23,24; 19.12,13)
2.2. Às vezes nos consideramos corretos e precisamos ser confrontados para reconhecer nossos pecados.
a. Ex: Davi (2Sm 12.1-13)
b. Ex: Pedro precisou ouvir o canto do galo (Lc 22.54-62).
2.3. Pecados do espírito, como soberba e orgulho, são os que mais se escondem (Pv 16.18).
Conclusão: Devemos manter nossa consciência sempre pura; renovada e iluminada por meio do contínuo estudo da Bíblia, nossa infalível regra de fé e prática (Sl 119.18,34,130; 2Tm 3.16,17). Se ela nos acusar, não nos esqueçamos: o sangue de Cristo é poderoso para purificar a consciência de todo aquele que, arrependido, confiar no poder do seu sacrifício (Hb 9.14). Cheguemo-nos sempre a Ele com inteira certeza de fé (Hb 10.22).
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