ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
QUARTO TRIMESTRE DE 2025
Adultos - CORPO, ALMA E ESPÍRITO: A restauração integral do ser humano para chegar à estatura completa de Cristo
COMENTARISTA: Silas Queiroz
COMENTÁRIO: Pr. Caramuru Afonso Francisco
LIÇÃO Nº 3 – O CORPO E AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO
O pecado trouxe consequências sobre o corpo.
INTRODUÇÃO
- Na continuidade sobre a doutrina bíblica do homem, analisaremos as consequências do pecado sobre o corpo.
- O pecado trouxe consequências sobre o corpo.
I – AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO
- Na continuidade do estudo da doutrina bíblica do homem, analisaremos as consequências do pecado sobre o corpo.
- Ao desobedecer ao Senhor e pecar, o primeiro casal trouxe sobre si um juízo divino, que atingiu o corpo humano.
- A primeira consequência do pecado, já apontada por Deus previamente ao homem, é a morte, ou seja, a separação entre Deus e os homens (Gn.2:16,17; Is.59:2; Rm.6:23). Ao pecar, o homem estabelece uma divisão, uma barreira entre ele e Deus, pois não é possível haver comunhão com Deus quando se está em pecado (Ef.2:11-14). Logo no primeiro dia após o pecado, o homem não se sentiu bem com a aproximação de Deus, procurando d’Ele se esconder, como se isto fosse possível (Gn.3:8). O estado pecaminoso do homem fez com que Deus expulsasse o primeiro casal do Éden (Rm.3:23), tendo, também, impedido o seu acesso à árvore da vida (Rm.3:22,24).
- A segunda consequência do pecado é a perda da inocência e o surgimento da malícia e da maldade. Assim que o homem pecou, percebeu que estava nu (Gn.3:7), nudez que não era apenas a física, ou seja, a ausência de vestes para cobertura do corpo, mas, também, a nudez espiritual, pois o homem se achou, também, sem as vestes de justiça que possuía antes de pecar (Jó 29:12; Is.61:10). O pecador está espiritualmente nu, como se vê quando o Senhor se refere à igreja de Laodiceia (Ap.3:18). A nudez espiritual, consequência do pecado, leva-nos à questão do pudor. O homem sentiu vergonha do seu corpo, ou seja, o homem, imagem e semelhança de Deus, já não consegue ver, em si mesmo, esta imagem e semelhança de Deus, passa a ter vergonha de si mesmo, do seu próprio corpo. Temos, assim, a substituição do “homem da inocência” pelo “homem da concupiscência”. Esta vergonha representa, antes de mais nada, a distorção operada pelo pecado na própria estrutura humana. O homem já não sabe lidar com seu corpo, alma e espírito, e, por isso, sente vergonha e medo.
OBS: Vale a pena transcrever aqui o pensamento do ex-chefe da Igreja Romana, João Paulo II (1978-2005), a respeito do pudor, pensamento cuja biblicidade recomenda a transcrição:”… 5. O coração humano conserva em si contemporaneamente o desejo e o pudor. O nascimento do pudor orienta-nos para aquele momento em que o homem interior, «o coração», fechando-se ao que «vem do Pai», se abre ao que «vem do mundo». O nascimento do pudor no coração humano dá-se a par e passo com o início da concupiscência — da tríplice concupiscência segundo a teologia joanina (cfr. 1 Jo. 2, 16) e em particular da concupiscência do corpo. O homem tem pudor do corpo por causa da concupiscência. Mais, tem pudor não tanto do, corpo quanto exactamente da concupiscência: tem pudor do corpo por causa da concupiscência. Tem pudor do corpo por causa daquele estado do seu espírito a que a teologia e a psicologia dão a mesma denominação sinónima: desejo ou concupiscência, embora com significado não de todo igual. O significado bíblico e teológico do desejo e da concupiscência difere do usado na psicologia. Para esta última, o desejo provém da falta ou da necessidade, que o valor desejado deve satisfazer. A concupiscência bíblica, como deduzimos de 1 Jo. 2, 16, indica o estado do espírito humano afastado da simplicidade original e da plenitude dos valores, que o homem e o mundo possuem «nas dimensões de Deus». Exactamente essa simplicidade e plenitude do valor do corpo humano na primeira experiência da sua masculinidade-feminilidade, de que fala Génesis 2, 23-25, sofreu sucessivamente, «nas dimensões do mundo», transformação radical. E então, juntamente com a concupiscência do corpo, nasceu o pudor. 6. O pudor tem significado duplo: indica ameaça do valor e ao mesmo tempo preserva interiormente esse valor (1). O facto de o corpo humano, desde o momento em que nele nasce a concupiscência do corpo, conservar em si também a vergonha, indica que se pode e deve fazer apelo a ele quando se trata de garantir aqueles valores, a que a concupiscência tira a sua original e plena dimensão. Se conservamos isto na mente, estamos capazes de compreender melhor porque, falando da concupiscência, Cristo faz apelo ao «coração» humano. …” (JOÃO PAULO II. Audiência geral de 28 de maio de 1980. Disponível em: http://www.google.com/search?q=cache:0CYaEpcCbyoJ:www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/audiences/1980/documents/hf_jp-ii_aud_19800528_po.html+pudor,+pecado&hl=pt-BR&gl=br&ct=clnk&cd=3 Acesso em 04 out. 2006).
- A terceira consequência do pecado é a culpa que sobrevém ao homem. Muitos estudiosos da atualidade, dentro de sua rejeição à Palavra de Deus, costumam dizer que o cristianismo representa um mal para a humanidade, porque impõe ao gênero humano a ideia de culpa, ideia esta que tiraria dos homens a alegria de viver. No entanto, tais pensadores estão totalmente equivocados. A Bíblia Sagrada não torna os homens culpados, nem faz com que os homens percam a felicidade da vida atribuindo-lhes uma culpa. Na verdade, as Escrituras apenas mostram que o homem, feito para ser inocente e feliz, ao pecar, fazendo mau uso de sua liberdade, de seu livre-arbítrio, tornaram-se culpados diante de Deus (Tg.2:10; Cl.2:14). A culpa não é uma “invenção cristã”, mas o resultado do pecado. Porque pecamos, tornamo-nos culpados diante de Deus. A Bíblia é m clara ao nos mostrar que Deus não faz do culpado inocente (Ex.34:7; Nm.14:18; Na.1:3). Ao culpado está reservada a morte (Os.13:1).
- A quarta consequência do pecado é fazer com que o homem fique debaixo da ira de Deus. Já temos dito que o pecado é um distanciamento entre Deus e o homem, de modo que o homem sai do lugar da proteção de Deus (“o esconderijo do Altíssimo, a sombra do Onipotente” – Sl.91:1) para se expor completamente, ficando à mercê do adversário e da própria ira divina. Desde os céus, Deus Se ira contra os pecadores (Rm.1:18-20), como bem demonstrou o grande pregador Jonathan Edwards, num dos sermões mais famosos da história da Igreja, “Pecadores nas mãos de um Deus irado”, cuja leitura recomendamos (entre outros endereços, este sermão está disponível em http://www.monergismo.com/textos/advertencias/pecadores_maos_deus_irado.htm).
- A ira de Deus em relação ao homem é a reação divina pela prática do pecado. Deus é bom, Deus é amor, entretanto, também é justiça. Deus, por iniciativa Sua, somente promove o bem ao homem, somente busca conceder ao ser humano a felicidade, pois, como vimos na lição anterior, Deus quer que o homem seja feliz. Entretanto, quando o homem, em vez de buscar a felicidade, que se encontra na comunhão com o Senhor, d’Ele se afasta, passando a pecar, traz sobre si a ira divina. Moisés, em seu último cântico, deixa isto bem claro ao mostrar à nação israelita que, se ela se ensoberbecesse e deixasse de servir a Deus, “dando coices”, “deixando a Deus que a fez”, o Senhor a desprezaria, a abandonaria à própria sorte, provocado que foi à ira pelos Seus próprios filhos e filhas (Dt.32:15-20). Quando Deus abandona o homem e o despreza, manifesta a Sua ira e, neste instante, o juízo de Deus apresenta-se extremamente duro.
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PR. CARAMURU AFONSO FRANCISCO