ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - GUARULHOS
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
SEGUNDO TRIMESTRE DE 2025
Adultos - E O VERBO SE FEZ CARNE – Jesus sob o Olhar do Apóstolo do Amor
COMENTARISTA: Elienai Cabral
COMENTÁRIO: SUPERINTENDÊNCIA DAS EBD'S DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS EM PERNAMBUCO
LIÇÃO Nº 13 – A RENOVAÇÃO DA ESPERANÇA
INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos a definição do termo 'esperança'; destacaremos as características da esperança que temos quanto à volta de Jesus; abordaremos a esperança na ressurreição do nosso corpo e, por fim, trataremos da sua glorificação.
I - DEFINIÇÃO DO TERMO ESPERANÇA
1.1 Definição bíblica da palavra esperança. Esperança é uma das principais virtudes da vida cristã: “Agora pois permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três [...]” (1Co 13.13-a), através da qual o crente é motivado a crer no impossível. Houaiss define esperança como: “o sentimento de quem vê como possível a realização daquilo que deseja; expectativa, espera” (2001, p. 1228). Do ponto de vista bíblico, é a certeza de receber as promessas feitas por Deus por meio de Cristo Jesus (Rm 15.13; Hb 11.1); é uma sólida confiança em Deus (Sl 33.21,22). O termo deriva-se do grego “elpis” e significa: “expectativa favorável e confiante” (Rm 8.24,25). Já o verbo esperar significa: “ficar à espera de alguma coisa ou alguém, aguardar, contar com a realização de uma coisa desejada ou prometida”.
II - A RENOVAÇÃO DA ESPERANÇA DA VOLTA DE JESUS
Paulo fala do retorno de Cristo como a bendita esperança da Igreja: “aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento
da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo” (Tt 2.13). Ao contrário de uma expectativa escapista, a esperança cristã quanto à volta de Jesus, é o testemunho altaneiro (que permanece nas alturas), de que o nosso porvir jaz além dos limites das expectativas e possibilidades deste mundo (1Co 15.9).
2.1 Uma esperança consoladora. Segundo o dicionário Houaiss (2001, p. 811), consolar é: “aliviar a dor, o sofrimento, a aflição (de outrem ou a própria), com palavras, recompensas, promessas”. Podemos notar que, na maioria das vezes em que a doutrina do Arrebatamento aparece nas páginas do NT, vem com o propósito, dentre outras coisas, de trazer consolo para a Igreja. No cenáculo, momentos antes da sua crucificação, face à tensão em que os apóstolos estavam (Jo 14.1), Jesus, de forma enfática, declara, trazendo alento para seus servos: “[...] virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo [...]”, “Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós”, “[…] Vou, e venho para vós [...]” (Jo 14.3,18,28; ver At 1.6-12). Ao tratar sobre o Arrebatamento da Igreja e os eventos relacionados a ele, o apóstolo Paulo exortou que os irmãos deveriam mutuamente se consolarem, com a bendita esperança da vinda de Cristo: “Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras” (1Ts 4.18; ver At 1.11).
2.2 Uma esperança motivadora. Diante da tentação de se afastarem da verdade do evangelho, o escritor aos hebreus motiva os destinatários de sua carta, a prosseguirem na caminha cristã, exortando que eles deveriam continuar perseverantes, apesar de todo sofrimento vivido (Hb 10.36). Para tanto, cita uma das maiores promessas, que é a segunda vinda de Cristo: “Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não tardará” (Hb 10.37 – ARA); e declara que, por ocasião desse esperado advento, os crentes fiéis estarão livres de: (a) todas as aflições e perseguições (2Co 5.2,4; Fp 3.21; Ap 3.10); (b) da presença do pecado e da morte (1Co 15.5156); e (c) da ira futura, por ocasião da Grande Tribulação (1Ts 1.10; 5.9).
2.3 Uma esperança segura. O Arrebatamento é uma promessa garantida pelo próprio Deus. E ainda que escarnecedores tenham surgido ao longo da história com o objetivo de negar essa verdade (2Pd 3.3,4,8,9; Jd v.18), sabemos que o Arrebatamento é um advento iminente. Jesus em seu sermão profético deixou certa a sua segunda vinda ao compará-la ao fato histórico vivido por Noé e sua família: “E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem” (Mt 24.37). Os cristãos nunca devem abrir mão de sua expectativa, mantida em oração, de que ainda hoje a trombeta poderá soar e o Senhor voltará.
2.4 Uma esperança gloriosa. Em face da glória que há de ser revelar em nós, temos motivação para superar quaisquer sofrimentos: “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Rm 8.18; ver 1Pd 5.1). Quanto mais sofrimento, mais glória: “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente” (2Co 4.17). Na ocasião do arrebatamento da Igreja, experimentaremos a glorificação do corpo (1Co 15.42,43,51-54) e os que forem fiéis receberão a coroa de glória (1Pd 5.4).
III - A RENOVAÇÃO DA ESPERANÇA DA RESSURREIÇÃO
3.1 Uma esperança da transformação do corpo. A ressurreição de Jesus é a garantia e esperança de que os crentes também ressuscitarão dos mortos (Rm 5.17). Quando ressuscitou dentre os mortos, Jesus se tornou as primícias daqueles que ressuscitarão com seus corpos transformados para não mais morrer (1Co 15.23). O apóstolo Paulo afirma que se Cristo não ressuscitou então a nossa fé é vã (1Co 15.17). Na ressurreição, Jesus derrotou a morte de forma que não precisamos mais temê-la (1Co 15.55-58). Na ressurreição, receberemos corpos incorruptíveis e imortais (1Co 15.42-49).
3.2 Uma esperança da ressurreição do corpo. Não importa como os corpos foram dos crentes foram sepultados, se em covas na terra, ou no fundo dos mares e rios, ou queimados. Na realidade, temos a esperança dos mesmos corpos mortos serem ressuscitados. No caso dos mortos em Cristo, seus corpos serão transformados (1Co 15.35-38), iguais ao corpo ressurreto de Cristo (Fp 3.21).
IV - A RENOVAÇÃO DA ESPERANÇA DA GLORIFICAÇÃO
4.1 A esperança da glorificação e a vitória sobre a morte. Temos a esperança do dia quando seremos glorificados será um dia de grande vitória porque naquele dia o último inimigo, a morte, será destruída, conforme predizem as Escrituras: “Pois ele reinará até que tenha posto todos os inimigos debaixo de seus pés. O último inimigo a ser destruído é a morte” (1Co 15.25-26). Quando o nosso corpo for levantado dentre os mortos experimentaremos vitória completa sobre a morte, que veio como resultado da queda de Adão e Eva. Então nossa redenção será completa: “… Tragada foi a morte na vitória” (1Co 15.54).
4.2 A esperança da glorificação e a perfeição original. Temos a esperança da glorificação e o futuro recebimento de absoluta e definitiva perfeição (física, mental e espiritual) por todos os crentes (Rm 8.22-23; 1Co 15:41-44,51-55; 2Co 5.1-4; 4.14-18; Jd 24-25). Disse Paulo: “até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo” (Ef 4.13). Na glorificação dos salvos, a expressão “à imagem e conforme a semelhança de Deus” será plenamente entendida, pois o ser humano, restaurado, elevar-se-á a um nível superior. Paulo afirma, “Mas a nossa pátria está no céu, de onde aguardamos o Salvador, o senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo vil à semelhança do seu corpo glorioso […]” (Fp 3.20,21; 3.11,12).
4.3 A esperança da glorificação e a última etapa da salvação. Temos que entender que a natureza da salvação não se resume à justificação, mas também inclui regeneração, santificação, adoção, e, por fim, a glorificação, sendo assim, a glorificação é o passo final da aplicação da redenção. O apóstolo Paulo disse: “E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou” (Rm 8.30). A salvação começa com a redenção da alma; prossegue com a redenção do corpo; e culmina com a glorificação do crente integral. Daí o autor de Hebreus ter chamado essa gloriosa obra de Deus de: “uma tão grande salvação” (Hb 2.3). Trata-se de uma promessa da futura transformação de nosso corpo mortal (1Co 15.43, 49; Fp 3.21). O homem, nascido de novo, em Cristo, é “nova criatura” (2Co 5.17) e se torma participante “da natureza divina” (2Pd 1.4). Tal participação, no presente, é parcial, pois o homem está sujeito a fraquezas e ao pecado; mas, na glorificação, será restaurada a “semelhança” da “imagem de Deus” em seu sentido pleno: “agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos” (1Jo 3.2).
4.4 A esperança da glorificação e o encontro do material com o imaterial. Em linhas gerais, as almas e espíritos (imaterial) dos que tiverem morrido em Cristo voltarão e serão reunidos aos seus corpos (material) naquele dia, pois Cristo os trará consigo: “Se cremos que Cristo morreu e ressuscitou, também, através de Jesus, Deus trará com eles os que tiverem dormido” (1Ts 4.14). Jesus afirma: “A hora vem quando todos os que estiverem no túmulo ouvirão a sua voz e sairão, os que tiverem feito o bem para a ressurreição da vida, e os que tiverem feito o mal para a ressurreição do juízo” (Jo 5.28-29). Assim, todos nós devemos viver na expectativa ansiosa da volta de Cristo e da transformação de nosso corpo, que se tornará como o próprio corpo perfeito de Cristo (Fp 3.20; 1Jo 3.20).
4.5 O corpo glorificado será um corpo físico. Quando a Bíblia fala que o “nosso corpo será glorificado” isto significa que o corpo será tomado pela glória de Deus, ou, como diria Paulo, “nos manifestaremos em glória” e que “seremos glorificados” (Rm 8.17) ou que a “glória será revelada em nós” (Rm 8.18). Paulo está falando sobre a “transformação do nosso corpo para que seja semelhante ao corpo da glória de Cristo” (Fp 3.20,21). A expressão “corpo glorificado” significa que continuaremos com nosso corpo, mas num estado de glória. Agora, nesta vida, temos um corpo natural, fraco e corruptível; mas depois teremos um corpo espiritual, poderoso e incorruptível (1Co 15. 42-44). Quando Jesus ressuscitou ele disse: “sou eu mesmo, apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho” (Lc 24.39). Se hoje Jesus, em seu estado de ressurreição, tem um corpo de carne e ossos, que pode ser tocado (Jo 20.19,20,25-27), então significa que nós também quando ressuscitados teremos também um (1Co 15.49), pois fomos “predestinados para sermos conformes à imagem do filho de Deus” (Rm 8.29). A principal prova da glorificação, ou a ressurreição do corpo está em 1 Coríntios 15.12-58. Em 1 Tessalonicenses Paulo explica que as almas dos que tiverem morrido e partido para estar com Cristo voltarão e serão reunidos aos seus corpos naquele dia, pois Cristo os trará consigo.
CONCLUSÃO
O Arrebatamento é a bendita esperança da Igreja. Estejamos, pois, esperando aquele que há de vir (Hb 10.37). Diante dessa
gloriosa promessa, devemos estar vigilantes, vivendo em santidade, esperando este dia em que estaremos definitivamente livres de todo sofrimento e estaremos para sempre com o Senhor.
REFERÊNCIAS
• APLICAÇÃO PESSOAL, Comentário do Novo Testamento. CPAD.
• ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico. CPAD.
• CHAMPLIN, R. N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. HAGNOS.
• CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
• HENRY, Matthew. Comentário Bíblico do Novo Testamento: Atos a Apocalipse. CPAD.
• SWINDOLL, Charles. Paulo: um homem de coragem e graça. MUNDO CRISTÃO.
• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Fonte: http://portal.rbc1.com.br/licoes-biblicas/index/ Acesso em 22 de Jun de 2025