Adultos

Lição 12 - Do julgamento à ressurreição VI

ASSEMBLEIA DE DEUS TRADICIONAL - CEADTAM - CGABD

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

SEGUNDO TRIMESTRE DE 2025

Adultos - E O VERBO SE FEZ CARNE – Jesus sob o Olhar do Apóstolo do Amor

COMENTARISTA: Elienai Cabral

COMENTÁRIO: EV. ANTONIO VITOR DE LIMA BORBA

LIÇÃO Nº 12 – DO JULGAMENTO À RESSURREIÇÃO

A lição desta semana destaca a consumação da obra de Cristo neste mundo. Dois momentos cruciais que culminam a missão de Cristo são Sua morte na cruz e, posteriormente, Sua ressurreição. Sem este último evento a esperança da salvação seria anulada, haja vista ser necessário Cristo vencer as amarras da morte (At 2.24). E importante compreender o propósito da morte e ressurreição de Cristo nesse contexto. Enquanto Sua morte como "Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" (Jo 1.29) atende à justiça divina, por outro lado sua ressurreição aponta para a esperança da vida eterna. Se Cristo ressuscitou dos mortos, a doutrina da ressurreição está fundamentada. Logo, todos que creem em Jesus têm assegurado o direito à ressurreição para a salvação eterna no Dia em que Cristo voltar para arrebatar Sua igreja.

O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.

A PRISÃO E A CONDENAÇÃO DE JESUS

O cenáculo já havia ficado para trás. Era hora de cruzar o vale de Cedrom e entrar nas encostas do monte das Oliveiras, em busca do costumeiro lugar de oração. Antes de enfrentar a carranca do inimigo, Jesus queria contemplar a face benfazeja do Pai. Jesus se afastara da multidão para estar com os discípulos. Agora, deixa os discípulos para estar a sós com o Pai. O ministério particular de Jesus com seus discípulos havia chegado ao fim, e o drama da redenção estava prestes a começar.

Judas guiou os carrascos de Jesus para o lugar que somente o Mestre e os doze conheciam. Lá era o local dos amigos, e por isso somente um que era contado como amigo poderia conduzir os que ansiavam pela prisão e morte de Cristo para aquele lugar (Mt 26.50). De lá o Mestre foi conduzido para a presença do Sumo Sacerdote, que o interrogaria em um julgamento ilegal e arquitetado.

Para compreendermos melhor a cena do processo contra Jesus, vamos examinar também os outros evangelistas a fim de termos uma noção mais ampla desse momento decisivo na vida de Jesus. O processo que culminou na sentença de morte de Jesus está eivado de muitos e gritantes erros. As autoridades judaicas tropeçaram nas suas próprias leis e atropelaram todas as normas no julgamento de Jesus. Tanto a sua prisão no Getsêmani como seu interrogatório diante de Anás e diante do Sinédrio pleno revelam grandes deficiências na condução do processo.

Da casa do Sumo Sacerdote Jesus foi apresentado a Pilatos, que não conseguia encontrar delito nEle. Contudo, temendo a pressão popular, o condenou a receber os açoites e, posteriormente, à sua condenação em morte de cruz (Jo 19.16).

Destaque

Jesus foi levado primeiramente perante o sumo-sacerdote Anás, muito respeitado pelos sacerdotes, mesmo sendo o comandante do serviço sacerdotal um homem chamado Caifás. Na realidade, houve dois julgamentos iniciais. Perante Anás, Jesus foi interrogado sem poder de decisão (Jo 18.12-14,19-23), e depois o julgamento com os membros do Sinédrio (Mt 26.57-68). O Sinédrio entendeu que Jesus deveria ser enviado a Pilatos, o governador da província romana da Judeia. A avaliação de Caifás não foi registrada por João, mas está registrada em Mateus 26.57-68. Decidiram os sacerdotes sob a lide rança de Caifás e Anás levar Jesus para ser julgado por Pôncio Pilatos, na casa sede, ou seja, no pretório do comando da cidade de Jerusalém.

CRUCIFICAÇÃO, MORTE E SEPULTAMENTO DE JESUS

No caminho até o Gólgota, Jesus é golpeado, cuspido, chicoteado e levado para fora da cidade. Ele caiu algumas vezes porque estava fraco e sem forças para fazer a caminhada com uma cruz de madeira pesada sobre os ombros. A cruz era uma viga de madeira com um travessão na parte superior, os condenados eram obrigados a carregá-la até o lugar de execução.

Jesus estava a caminho da consumação da obra redentora. Em seus ombros, o instrumento no qual executaria essa consumação, apesar de que o flagelo ocorrido anteriormente o ter deixado bem debilitado para a ocasião. Agora seria apenas o Mestre, a cruz e a consumação do pagamento pelos pecados da humanidade.

Aquele lenho não era apenas um instrumento de execução, mas um emblema. O mais perverso instrumento de pena de morte transforma-se no símbolo do cristianismo, pois naquela cruz Jesus carregou em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados (l Pe 2.24). Jesus não caminha para o Calvário como uma vítima impotente, como um derrotado pelo sistema. Ao contrário, caminha como um rei caminha para sua coroação.

Pendurado no madeiro Jesus perdoou, salvou, proveu sustento para a sua mãe, sentiu sede; mas em momento algum ele reclamou ou blasfemou de sua atual condição. Ele sabia que aquela era a consequência do pecado de toda a humanidade, e sua estada ali estaria para pagar essa dívida com o seu sangue.

O Calvário não foi um acidente, mas um plano divino. Cristo veio para morrer. A morte na cruz sempre esteve em sua agenda; ele profetizou várias vezes que veio para morrer. Ele não morreu como um mártir, mas deu a sua vida voluntariamente. Ele é o Cordeiro que tira o pecado (1.29). E como a serpente levantada (3.14). É o pastor que dá a vida pelas ovelhas (10.11-18). É o grão de trigo que cai e morre para produzir muitos frutos (12.20-23). Jesus foi para a cruz não apenas porque os judeus o entregaram por inveja; não apenas porque Judas o traiu por dinheiro; não apenas porque Pilatos o condenou por covardia. Cristo foi para a cruz porque o Pai o entregou por amor. Cristo foi para a cruz porque ele mesmo se entregou voluntariamente por nós.

Destaque

Sabendo que sua missão na terra estava concluída (v. 28), Jesus não teve restrição nenhuma ao declarar a vitória do plano divino, quando disse: "Está Consumado!" Jo 19.30). A obra de Jesus foi completada. Seu grito não foi de derrota, nem foi para anunciar sua morte, mas foi brado de vitória. A tarefa delegada pelo Pai se cumpriu.

A RESSURREIÇÃO DE JESUS

A noite passou e o brilhante amanhecer surgiu. Jesus ressuscitou de entre os mortos! Ele voltou à vida com o mesmo corpo que havia sido sepultado no sepulcro da rocha. Jesus, gloriosamente, apareceu com as mesmas cicatrizes da lança que perfurou seu lado e dos cravos que furaram suas e mãos e pés. De repente, maravilhosamente, Jesus rompe com a força da morte e ressurge glorioso, em primeiro lugar, para algumas mulheres que foram ao sepulcro e depois para os discípulos que lamentavam a morte do seu Mestre.

O sepulcro vazio traduz um dos grandes pilares da mensagem do Evangelho. Cremos que Cristo ressuscitou e está vivo, e que brevemente transformará o nosso corpo conforme o seu, quando formos arrebatados para estarmos eternamente com Ele.

A ressurreição de Jesus é a pedra de esquina, o fundamento do cristianismo. Um Cristo vencido pela morte não poderia salvar a si mesmo e muito menos a nós. O apóstolo Paulo, tratando da importância vital dessa magna verdade, afirmou que a morte de Cristo não foi um acidente, nem sua ressurreição, uma surpresa. Ele morreu segundo as Escrituras e ressuscitou segundo as Escrituras (l co 15.1-3). Sem a ressurreição de Cristo, nossa fé seria vã, e nossa pregação, vazia. Sem a ressurreição de Cristo, não haveria remissão de pecados quanto ao passado nem esperança quanto ao futuro.

Destaque

Apesar de muitos estudiosos do meio secular questionarem ou até mesmo negarem a ressurreição de Jesus, temos a promessa bíblica de que nossa esperança não será malograda (Pv 23.18). O autor da Carta aos Hebreus endossa que "retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu" (Hb 10.23). Nestes últimos dias, os crentes são convocados à vigilância quanto à santificação e a buscarem a renovação espiritual para o exercício de uma fé genuína, tendo em vista que o arrebatamento dos santos pode ocorrer a qualquer momento.

COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - EV. ANTONIO VITOR LIMA BORBA

Copyright © 2003 - 2025 Portal Escola Dominical todos os direitos reservados.