Adultos

Lição 10 - O pecado corrompeu a Natureza Humana VI

ASSEMBLEIA DE DEUS TRADICIONAL - CEADTAM - CGABD

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2025

Adultos - EM DEFESA DA FÉ CRISTà– Combatendo as antigas heresias que se apresentam com nova aparência

COMENTARISTA: Esequias Soares da Silva

COMENTÁRIO: EV. ANTONIO VITOR DE LIMA BORBA

LIÇÃO Nº 10 – O PECADO CORROMPE A NATUREZA HUMANA

A natureza humana foi corrompida pelo pecado. As Escrituras apontam que o ser humano foi criado à imagem de Deus, santo e bom (Gn 1.27). Entretanto, o pecado trouxe alteração na natureza humana, bem como o rompimento da plena comunhão com Deus. Por seu amor e bondade, o Criador estabeleceu o caminho para a restauração da paz com o homem a partir da morte de seu Filho Unigênito sobre a cruz. Infelizmente, a interpretação da verdade bíblica sofreu com heresias que tentaram negar a origem do pecado, a queda do homem e a corrupção do gênero humano. Para esta visão, se não há pecado, então não há o que tenha de ser absolvido. Trata-se de mais uma tentativa de desconstruir a relevância do sacrifício de Jesus sobre a cruz e manter o homem afastado de Deus.

O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.

A DOUTRINA BÍBLICA DO PECADO E SUA EXTENSÃO

A doutrina do pecado é chamada na teologia de hamartiologia, do grego, hamartia, “pecado”, e, íogos, “palavra, estudo, tratado”. Quando se afirma que o pecado corrompeu a natureza humana, estamos dizendo que a Bíblia fala de maneira clara e direta: “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3.23). Na teologia, isso se chama “depravação total”, que começou com a Queda no Éden (Gn 3.6-19), conhecido ainda como pecado original, mas ele já existia no Universo antes da criação de Adão.

Muitos associam, de maneira errônea, que o pecado teve origem em Adão e Eva, contudo essa afirmativa é equivocada em si mesma. O autor do pecado foi o próprio Diabo, que em sua loucura inicial, havia desejado ser superior a Deus e arquitetou um plano falido em seu coração para colocar o seu trono acima de tudo. Com isso, o pecado foi inserido no universo.

O mal do pecado havia entrado no universo. Porém, o homem vivia no paraíso em absoluta inocência, em pleno gozo e perfeita comunhão com Deus. De que maneira esse quadro tão perfeito foi desfeito? “Por um homem entrou o pecado no mundo” (Rm 5.12). Adão e Eva, por um ato de desobediência, conscientemente abriram a porta pela qual o Inimigo entrou e, com ele, todo o mal que trazia.

Com essa entrada do pecado no mundo, sua transmissão passou a todos os homens por intermédio do primeiro casal. O pecado, além de invadir e corromper a totalidade da composição humana, afastou completamente o homem do Pai, tornando-o incapaz de se aproximar de Deus por seus próprios esforços.

O homem perdeu a santidade original, a pureza de atitudes. Seu caráter foi afetado; tornou-se o ser humano pecaminoso. Seu intelecto foi corrompido pela mentira, pela falsidade e pelo engano. Disse o sábio, em Eclesiastes que Deus fez o homem reto, mas ele se envolveu em muitas astúcias (7.29). A imagem de Deus no homem está, pois, deturpada. Só é possível a sua restauração pela obra expiatória de Cristo.

Destaque

A Bíblia revela a origem do pecado, mas a Queda do Éden foi uma etapa do desastre. A serpente é o próprio Satanás, o autor do pecado que já havia sido expulso do céu antes mesmo da criação de Adão e Eva. A Bíblia diz que Satanás é o maioral dos demônios (Mt 12.24; 25.41). No princípio, Deus criou o querubim ungido, perfeito em sabedoria e em formosura, o qual era o selo da simetria (Ez 28.12-15). Ele se rebelou contra Deus e foi expulso do céu (Is 14.12-15). Com sua queda, vieram com ele os anjos que aderiram à rebelião, uma parte deles continua em prisão (2 Pe 2.4; Jd 6). Apesar de a Bíblia não fornecer detalhes sobre os demônios, estas passagens bíblicas podem explicar a sua origem.

A graça redentora do Evangelho manifestou-se para resolver a celeuma provocado pelo pecado e, portanto, trata-se de uma questão de ordem jurídica. O apóstolo Paulo caracteriza essa situação afirmando que fostes comprados por bom preço (1 Co 6.20). A expressão "comprado" remente à condição do escravo que foi resgatado por certa quantia. Cristo nos libertou da escravidão do pecado por meio de sua morte. Logo, a absolvição da culpa do pecador trata-se de uma questão legal. Jesus, a partir do seu sacrifício, assumiu a punição de morte no lugar dos pecadores de modo vicário, a saber, substitutivo a fim que todo aquele que crê neste ato amoroso de Cristo tenha a sua vida justificada diante de Deus (Rm 5.1).

A HERESIA QUE NEGA O ADVENTO DO PECADO

As religiões não cristãs geralmente negam a doutrina cristã do pecado original, como o islamismo. Para os muçulmanos, haverá um dia de juízo, isso no fim dos tempos, quando as boas obras de cada pessoa serão postas numa balança contra as más ações. Se as boas ações superarem as más, essa pessoa irá para o paraíso, caso contrário, irá para o inferno. Nesse sistema não há lugar para a doutrina do pecado original e nem da expiação.

Durante o passar dos séculos, heresias foram levantadas contra o pensamento da pecaminosidade humana. O pelagianismo, doutrina herética que herdou o seu nome de Pelágio, ensinava que o ser humano não nascia em pecado, e que o pensamento da transmissão do pecado através de Adão a toda a humanidade não está correta.

Para ele, a questão do pecado original e sua consequente corrupção humana não existe, ou seja, o pensamento de uma depravação total, “todos pecaram” (Rm 3.23), não tem fundamento ético e moral para existir, e que não deve ser defendido e muito menos ensinado como verdade.

A doutrina pelagiana enfatiza também a ideia do total livre-arbítrio. Segundo o pelagianismo, os seres humanos possuem a graça e a capacidade de optar livremente por Deus, por se tratar de uma criatura feita à imagem de Deus, as pessoas têm condições morais e espirituais para fazerem o bem e evitar o mal e salvarem-se com suas próprias forças.

Todos os pontos da teologia pelagiana se resumem nisto: a inexistência do pecado original e a defesa da capacidade humana para a sua própria salvação. A doutrina pelagiana foi rejeitada pela igreja e formalmente condenada pelo Concilio de Éfeso em 431. Mas, um monge chamado João Cassiano (360-435), educado em Belém, em Israel, que viveu muitos anos como monge no Egito e, em 415, fixou residência em Marselha, no sul da França, onde fundou dois mosteiros, procurou um meio termo entre a posição extremada do pelagianismo e o pensamento de Agostinho de Hipona.

Destaque

O ensino central de Pelágio nega que a Queda do Éden tenha afetado a raça humana, argumentando que o pecado de Adão não foi transmitido à toda a humanidade e nem a morte física é resultado do pecado dele. Acrescenta ainda que cada alma é criada imediatamente por Deus, no nascimento de cada pessoa, portanto, ela não pode vir ao mundo maculada pelo pecado de Adão, que esse pecado diz respeito somente ao próprio Adão e não pode ser imputado sobre o destino de sua posteridade. Constava no seu ensino que o ser humano estava destinado a morrer mesmo que Adão não tivesse pecado. Além desses pontos, rejeita ainda a graça de Deus, porque Adão foi apenas um mal exemplo para a humanidade e, em contrapartida, Jesus foi simplesmente um bom exemplo. A consequência desse ensino, então, é que cada um não depende da graça e pode ser salvo pelos seus próprios esforços.

O PERIGO DESSA HERESIA PARA A VIDA DO CRENTE E DA IGREJA

Pelágio e seus discípulos ensinaram que a morte física fazia parte do primeiro estado do homem antes do pecado e que ele fora criado como um ser mortal. Naturalmente, esse conceito errôneo foi rejeitado através da história. A igreja adotou uma posição definida quanto a questão da morte, a saber, que a morte sempre se constituiu uma penalidade do pecado.

Seu pensamento ainda consta como ensino em nossos dias, onde muitas religiões uti- lizam essa doutrina herética como verdade para seus adeptos. Tais seitas definem o pecado como uma certa fantasia criada, e que não existe transmissão ou recepção do pecado que Adão cometeu no Éden.

Muitos acabam sendo iludidos com tais ensinamentos, cabendo a Igreja do Senhor de- fender a fé, e alertar para os males que o pecado original trouxe para nós, ressaltando a importância da obra expiatória de Cristo em nossas vidas. Quando olhamos para um certo tipo de crescimento dessas religiões, entendemos que o afastamento do estudo bíblico tem distanciado muitos da centralidade do verdadeiro Evangelho.

COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - EV. ANTONIO VITOR LIMA BORBA

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