ASSEMBLEIA DE DEUS TRADICIONAL - CEADTAM - CGABD
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
QUARTO TRIMESTRE DE 2024
Adultos - AS PROMESSAS DE DEUS: Confie e viva as bênçãos do Senhor porque fiel é O Que prometeu
COMENTARISTA: Elinaldo Renovato de Lima
COMENTÁRIO: PB. ANTONIO VITOR DE LIMA BORBA
LIÇÃO Nº 8 – A PROMESSA DE PAZ
Desde a antiguidade, quando Deus separou os hebreus e lhes entregou a Lei, havia uma promessa de paz e prosperidade reservada aos obedientes (Nm 6.24-26). Deus queria que Seu povo desfrutasse de maneira satisfatória das riquezas e alegrias presentes na Terra que Ele havia prometido. Afinal de contas, Israel, no futuro distante, seria governado pelo Principe da Paz (Is 9.6). É importante destacar que a paz do Senhor é uma paz diferente. No entanto, há muitos que não compreendem que essa paz, não advém daquela falsamente anunciada pelos homens. A paz de Deus que “excede todo o entendimento humano”, como afirma o apóstolo Paulo (Fp 4.7), trata-se de uma paz especial.
O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.
A PAZ NO PLANO DE DEUS
Representada no AT hebraico principalmente pela raiz substantiva shalom, e no NT grego pela raiz do substantivo eirene. Esta palavra tem uma grande variedade de significados tanto no AT quanto no NT. A ideia geral de bem-estar (Is 48.18) engloba a maioria das nuanças, dando a dimensão da tradução mais geral e aceitável como “paz”.
A perspectiva bíblica de paz difere do entendimento geral discutido e debatido pelo cenário político mundial. Quando se fala em paz, muitos compreendem e associam o tema apenas a ausência de guerras, contudo, a Palavra de Deus destaca um sentido muito mais amplo e poderoso sobre o seu conceito.
Ao longo de todas as Escrituras Sagradas, a paz é tida como um dom de Deus (Is 45.7). O próprio Senhor tem o título de o Deus de paz (Rm 15.33; 2 Co 13.11; Fp 4.9; 2Ts 3.16), que dá a paz (Nm 6.26; Lv 26.6), e que fez uma aliança de paz (Is 54.10; Ez 34.25; 37.26). A apropriação da paz que Ele nos concede, depende da nossa confiança nele (Is 26.3), de nosso amor por sua Palavra (Salmos 119.165), e da obra da sua justiça (Is 32.17; cf. Tg 3.13 18). Destaque
A bênção da paz é tão ampla quanto a providência de Deus (Jr 29.7; 1 Tm 2.2, hesychios), mas chega a uma expressão particular como fruto da obra messiânica da redenção (Is 9.7; Zc 9.10; Mq 5.5). Tanto o AT como o NT indicam que o Messias prometido, chamado de Príncipe da Paz (Is 9.6), trará uma paz universal (Ez 34.25; 37.26) e pessoal (Is 53.5). Seu nascimento é anunciação em termos de paz na terra e boa vontade para com os homens (Lc 2.14).
A PAZ ILUSÓRIA DO MUNDO
O mundo tenta adaptar uma busca desenfreada pela paz. Falsas alianças e acordos po- líticos são firmados, vislumbrando uma perspectiva de paz a ser alcançada por meios alterna- tivos que não são capazes de aliviar o real sofrimento da alma. Isso acontece como um tipo de “cortina de fumaça” para esconder o verdadeiro objetivo de muitos.
Distante das grandes mesas de debates políticos, muitos buscam uma sensação de paz em atividades que animam a carne. O pecador deseja preencher o vazio de sua alma através de festas, bebidas, sexo desenfreado; enfim, as soluções buscadas tentam substituir o verda- deiro vazio por coisas fúteis que não completam a alma.
Essa é a alternativa à paz que o mundo oferta. Algo vazio e sem fundamentos, que não tem o poder de preencher a grande lacuna da alma. A parcela da humanidade que está distante de Deus não encontrará a verdadeira paz naquilo que o mundo tem a oferecer.
A paz de Deus é diferente da paz do mundo (Jo 14.27). A verdadeira paz não é encon- trada no pensamento positivo, na ausência de conflitos ou em bons sentimentos. Ela vem da ciência de que Deus está no controle. Nossa cidadania no reino de Cristo é certa, nosso destino está definido, e podemos vencer o pecado. A paz de Deus protege o nosso coração da ansie- dade.
Destaque
O Espírito de graça é concedido a todos os santos para que lhes faça recordar, e devemos encomendar-lhe, por fé e orando, que mantenha aquilo que ouçamos e saibamos. A paz é dada para todo o bem, e Cristo nos tem dirigido a tudo aquilo que é real e verdadeiramente bom, a todo o bem prometido: a paz mental a partir da nossa justificação diante de Deus. Cristo chama a esta condição de sua paz, porque Ele mesmo é a nossa paz. A paz de Deus difere amplamente e é muito superior àquela que os fariseus e os hipócritas mencionam, como é demonstrado por seus efeitos de santidade e de humildade.
A PAZ QUE JESUS PROMETEU
Jesus tem a nos oferecer a verdadeira paz. Ela é diferente da que o mundo apresenta, pois ela excede todo entendimento. A paz que Jesus nos promete é capaz de nos conceder a calmaria na tormenta, fazendo-nos entender que enquanto estivermos nEle, estaremos em paz independente do cenário que estivermos.
Quando invocamos a Deus, com um coração posto em Cristo e na sua Palavra (Jo 15.7), a paz de Deus transborda em nossa alma aflita. Essa paz consiste em uma tranquilidade inte- rior, que o Espírito Santo nos transmite (Rm 8.15,16). Envolve uma firme convicção de que Jesus está perto, e que o amor de Deus estará ativo em nossa vida continuamente (Rm 8.28,32).
O homem que recebe esta aliança de paz com Deus deve buscar esta paz no aumento da sua santificação (1 Ts 5,23; Hb 12.14; Cl 3.15; 1 Pe 3.11), pela obra do Espírito, que gera como um fruto particular a própria paz (Rm 8.6; 15.13; Gl 5.22). Ele não deve viver com medo e ansiedade, porque o tesouro do legado da paz de Cristo foi colocado em seu coração (Jo 14.27). Sua serenidade de mente e tranquilidade interior em Cristo não dependerão, nem serão abaladas pelo fato de vir a ter tribulações neste mundo maligno (Jo 16.33). Estando em paz com seus companheiros cristãos através da graça de Deus, ele se esforçará com aquela motivação para manter a unidade do Espírito no vínculo da paz (Ef 4.3; 2 Co 13.11; 1 Ts 5.13).
Destaque
O apóstolo Paulo ressalta que a paz de Deus é poderosa para guardar nosso coração e mente em Cristo. Mesmo em meio a grandes tribulações, a confiança no Senhor leva o crente a sentir-se seguro em Deus, porquanto a paz domina sua razão e emoção. [...] o papel de todo servo de Deus é preservar esta doce paz em seu coração. Em tempos difíceis como atualmente, muitos especialistas discorrem sobre a estabilidade emocional. Contudo, a Palavra de Deus continua a endossar que a maior e melhor paz só pode ser encontrada em Jesus Cristo. NEle, a alma cansada encontra o descanso e alívio, pois o jugo do Senhor continua sendo suave e o Seu fardo, leve (Mt 11.28-30).
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PB. ANTONIO VITOR LIMA BORBA