ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
TERCEIRO TRIMESTRE DE 2024
Adultos - O DEUS QUE GOVERNA O MUNDO E CUIDA DA FAMÍLIA: os ensinamentos divinos nos livros de Rute e Ester para a nossa geração
COMENTARISTA: Silas Queiroz
COMENTÁRIO: EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS
LIÇÃO Nº 1 – DUAS IMPORTANTES MULHERES NA HISTÓRIA DE UM POVO
Texto: Rute 4.13-22; Ester 7.1-7
Introdução: Conhecidas ou anônimas, muitas mulheres foram fundamentais no plano divino de redenção da humanidade.
I – RUTE: UMA MULHER IMPORTANTE PARA A LINHAGEM DE DAVI
1. Uma moabita
1.1. Rute era descendente de Moabe
a. Moabe era filho da relação incestuosa de Ló, com sua filha mais velha (Gn 19.30-37)
b. Os moabitas eram um povo pagão e hostil a Israel (Nm 22.1-6; Dt 23.3,4; Jz 11.17)
. Eles eram dados à idolatria e à imoralidade sexual (Nm 25.1,2; Ap 2.14)
c. Habitavam a leste do mar Morto (atual Jordânia)
1.2. Pertencendo a este povo, era de todo improvável que Rute fizesse parte da linhagem de Davi.
a. Da família de Davi viria o Messias (Gn 49.8-10; Is 11.1,10; Mq 5.2; Ap 5.5).
b. Essa história ocorreu em Moabe e Belém, no período dos juízes, que durou, aproximadamente, de 1375 a 1050 a.C.
1.3. Mas os caminhos de Deus estão muito acima de nossa compreensão (Is 55.8,9; Rm 11.33)
a. Ele é soberano (Jó 42.2).
b. Ele faz o improvável acontecer quando cremos nEle, o tememos e obedecemos sem impor-lhe qualquer condição (Gn 18.14-16; Hb 11.8-11).
2. A família belemita
2.1. O inicio da história de Rute
a. Ela ingressou em uma família piedosa de Belém de Judá
b. Essa família peregrinava nos campos de Moabe por causa da fome que assolava a terra de Israel (Rt 1.1).
. Eram Elimeleque, sua mulher, Noemi, e os filhos Malom e Quiliom.
. Depois de algum tempo, seu esposo, Elimeleque morre. (Rt 1.2,3)
. Rute se casou com Malom, filho de Nemi, o mais velho (Rt 4.10)
. Ao final de quase 10 anos, também Malom e seu irmão Quiliom morreram.
. Viúva e sem filhos, Noemi decide voltar a Belém, motivada pela notícia de que a fome havia cessado em sua terra.
. Orfa,viúva de Quiliom, decidiu ficar em Moabe
. Rute escolhe ir com sua sogra Noemi, declarando sua fé no Deus de Israel (Rt 1.4,6,16).
3. Matrimônio e maternidade
3.1. Esta síntese biográfica tem seu ápice em Belém,
a. Rute alcança o favor do Deus de Israel, “sob cujas asas te vieste abrigar” (Rt 2.12).
b. Rute casou-se com Boaz, parente de Elimeleque
. Nasceu um filho chamado Obede (heb. “servo”)
c. Rute torna-se uma ascendente direta de Davi (de quem foi bisavó)
d. Rute torna-se integrante da genealogia e Jesus (Rt 4.1-22; Mt 1.5-17; Lc 3.32).
3.2. Honrar o casamento e a geração de filhos traz a bênção de Deus para muitas gerações (Hb 13.4; Sl 127.3-5).
II – ESTER: A MULHER QUE AGIU PARA A SOBREVIVÊNCIA DOS JUDEUS
1. De Belém para Susã
1.1. Ester aparece no senário após cinco séculos depois de Rute
a. Ela foi uma mulher notável e usada por Deus para preservação da nação de Israel
b. Filha de Abiail, tio de Mardoqueu, Ester era judia.
c. Órfã de pai e mãe, foi criada pelo primo Mardoqueu (Et 2.5-7,15).
d. Seu nome hebraico era Hadassa, que significa “murta”,
. Murta era uma das plantas favoritas do mundo antigo, de folhas perfumadas e flores brancas ou rosadas, usadas para perfumar ambientes e fazer grinaldas para os nobres nos banquetes
e. Seu nome persa Ester (stara) significa “estrela”.
1.2. Ester fazia parte da geração de judeus nascidos no cativeiro.
a. Essa história aconteceu na Pérsia, depois do cativeiro babilônico, entre 483 e 473 a.C.
b. Segundo os profetas Isaías e Jeremias o fim do cativeiro babilônico foi decretado por Ciro, rei da Pérsia, no ano 538 a.C. (Is 44.26,28; 45.1,4,5,13; Jr 29.10-14)
. A maioria dos judeus permaneceu na Babilônia, sob domínio persa.
2. De órfã a rainha
2.1. Susã era capital do novo império (Et 1.1,2)
a. Lá viviam Ester e Mardoqueu, dentre milhares de outros judeus.
2.2. Dotada de rara beleza, Ester integrou o grupo de moças virgens que se candidataram para suceder a rainha Vasti
a. Vasti foi deposta pelo rei Assuero por sua desobediência
b. Vasti se recusou a comparecer a um banquete oferecido pelo rei nos jardins de seu palácio (Et 1.5-8,10-12,21,22).
2.3. Num ato da providência divina, Ester se tornou rainha em lugar de Vasti (Et 2.16,17).
2.4. Cinco anos depois, Ester obteve de Assuero um decreto que livrou da morte o povo judeu de todo o império (Et 8 e 9).
2.5. Como diz Matthew Henry, “ainda que o nome de Deus não se encontre [no livro de Ester], o mesmo não se pode dizer de sua mão, guiando minuciosamente os fatos que culminaram na libertação de seu povo”.
3. No campo ou no palácio
3.1. Assim como Rute, Ester é um exemplo inspirativo;
a. De fidelidade em Deus, seja qual for o contexto em que vivamos
b. De confiança em Deus, seja qual for o contexto em que vivamos.
3.2. Os princípios divinos são absolutos e imutáveis
a. São suficientes para orientar nossa conduta em qualquer tempo e lugar (Sl 19.7-9; 119.89-91)
III – MULHERES DE DEUS COMO PROTAGONISTAS DA HISTÓRIA
1. O protagonismo feminino
1.1. A liderança masculina foi instituída por Deus (Gn 1.26; cf. Ef 5.22,23), mas:
a. Não anula o propósito divino com a mulher,
b. Não retira a possibilidade de, em muitas circunstâncias, a mulher ser protagonista da história.
1.2. Isso não implica, todavia, na necessidade de confundir ou inverter os papéis entre homem e mulher.
a. Os exemplos de Rute e Ester são eloquentes neste sentido.
1.3. O que tornou tão relevante a vida dessas mulheres:
a. Foi a humildade
b. Foi a submissão
c. Foi a obediência
2. Cumprindo os papéis
2.1. Noemi dá testemunho de que Rute cumpriu bem a função de esposa (Rt 1.8).
a. Seu extraordinário relacionamento com a sogra não nos permite outra conclusão.
2.2. Noemi e Rute eram mulheres sábias, que conheciam bem os seus papéis (Rt 1.11-13)
a. Isso é fundamental para uma boa convivência em família, inclusive entre nora e sogra (Pv 14.1).
3. Educação familiar
3.1. Ester fazia a diferença
a. Não apenas tinha beleza
b. Ela sabia se comportar no Palácio (Et 2.15-17).
3.2. Ester havia recebido uma boa educação de Mardoqueu
a. A ele devotava obediência e profundo respeito (Et 2.10; 4.1-4)
3.3. É no lar que somos forjados para os grandes desafios da vida (Pv 29.15,17; 30.17).
CONCLUSÃO: Deus continua usando mulheres para cumprir seus propósitos. Algumas se tornam conhecidas e tem seus nomes registrados na história, como Rute e Ester.
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