ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
SEGUNDO TRIMESTRE DE 2024
Adultos - A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA - o caminho da salvação, santidade e perseverança para chegar ao céu
COMENTARISTA: Osiel Gomes da Silva
COMENTÁRIO: Pr. Caramuru Afonso Francisco
LIÇÃO Nº 10 – DESENVOLVENDO UMA CONSCIÊNCIA DE SANTIDADE
INTRODUÇÃO
- Prosseguindo o estudo da vida cristã como “o Caminho”, refletiremos sobre a necessária santidade do cristão.
- O caminho da salvação é “o Caminho Santo” (Is.35:8), de modo que não se pode trafegá-lo sem ser santo, até porque, sem a santificação, ninguém verá o Senhor (Hb.12:14).
I – A SANTIFICAÇÃO POSICIONAL E O INÍCIO DO CONFLITO ENTRE A CARNE E O ESPÍRITO
- Na epístola que Paulo escreveu aos romanos, o principal texto bíblico a respeito da salvação, um dos pilares da Reforma Protestante, o apóstolo discute como o homem alcança a sua justificação, uma vez que é um contumaz pecador e, por causa disto, merecedor da condenação divina, vez que se trata de um ser que, por natureza, é injusto, já que pecado é iniquidade, é injustiça (I Jo.3:4).
- O apóstolo demonstra que esta justificação é devida única e exclusivamente à fé que temos em Jesus Cristo que, por nós, pagou o preço da salvação, morrendo na cruz do Calvário em nosso lugar, embora jamais tenha pecado, a fim de permitir que, mediante a fé n’Ele, sejamos perdoados dos nossos pecados e postos numa posição de justiça, uma vez que os nossos pecados são imputados ao Senhor e a justiça do Senhor é dada, gratuitamente, a cada um daqueles que crê em Jesus. É esta imputação da justiça de Cristo em nós em que consiste a justificação. Por isso, a partir do momento em que cremos em Jesus, passamos a ser justificados e mudamos de posição diante de Deus que não nos vê como éramos, mas que, agora, por causa de Cristo, nos vê como pessoas justas.
- Ao mudarmos de posição diante de Deus, alcançamos o que os estudiosos da Bíblia denominam de “santificação posicional”, “…ato soberano de Deus, mediante a obra de Cristo (Hb.10:9-10)…” (GONÇALVES, Jayro. O papel da Igreja no século XXI(3). Vigiai e orai. Disponível em < http://www.google.com/search?q=cache:vEcdkMOmKsAJ:www.irmaos.com/vigiaieorai/103.2.jsp+%22santifica%C3%A7%C3%A3o+posicional%22&hl=pt-BR&gl=br&ct=clnk&cd=1> Acesso em 21 jun. 2006).
- Esta santificação não se deve a qualquer obra humana, mas à vontade de Deus (Hb.3:1; Rm.1:7) e, por isso, é perfeita e completa. A partir do instante em que aceitamos a Cristo como nosso Senhor e Salvador, nossos pecados são perdoados, somos justificados e, por isso, passamos a ser “santos de Deus”. Por isso, todo pecador arrependido e remido pelo Senhor Jesus é um “santo”, não tendo, pois, cabimento, procedimentos como os de “canonização” ou “beatificação”, como vemos em alguns segmentos religiosos.
- Esta circunstância, porém, não retira o fato de que permanecemos com a “velha natureza”, ou seja, embora, ao crermos em Jesus, estejamos, de pronto, livres do poder do pecado, pois Jesus nos liberta (Jo.8:36), bem como adquirimos uma nova natureza, pois nascemos de novo (Jo.3:5), o fato é que não nos livramos, de imediato, do “corpo do pecado”, ou seja, embora nasçamos de novo, este “corpo da morte” (Rm.7:24) ainda continua convivendo com o homem, pois ainda ele não alcançou a glorificação, o instante em que ingressaremos na dimensão celestial, sendo como o Senhor Jesus já é desde a Sua ressurreição (I Jo.3:2).
- É esta situação de conflito que se cria a partir do momento da nossa justificação que levou o apóstolo Paulo a tratar do conflito entre a carne e o espírito, também na sua carta aos Romanos.
- Este conflito entre as duas naturezas que passam a conviver no homem que se arrepende, se converte, é gerado de novo e justificado pela fé em Cristo é um dos pontos principais para que entendamos o significado da salvação e da vida do cristão enquanto estiver sobre a face da Terra. Muitos não conseguem compreender perfeitamente o significado da vida cristã e, por isso, acabam se envolvendo com o pecado, porque não apreendem este precioso ensinamento das Escrituras. O próprio Jesus, certa feita, disse que havia trazido para o mundo paz, mas, sim, espada, ou seja, guerra, conflito (Mt.10:34), passagem bíblica que causa algum desconforto em muitos, já que parece contradizer o profeta, que afirma que Jesus seria o Príncipe da Paz (Is.9:6) e a própria palavra do Senhor, que afirmou que trazia uma paz perfeita (Jo.14:27).
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PR. CARAMURU AFONSO FRANCISCO