Adultos

Lição 8 - Confessando e abandonando o pecado VII

ASSEMBLEIA DE DEUS EM PARNAMIRIM/RN - ADPAR

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

SEGUNDO TRIMESTRE DE 2024

Adultos - A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA - o caminho da salvação, santidade e perseverança para chegar ao céu

COMENTARISTA: Osiel Gomes da Silva

COMENTÁRIO: Pr. Erivandro Galdino

LIÇÃO Nº 8 – CONFESSANDO E ABANDONANDO OS PECADOS

INTRODUÇÃO

Na jornada espiritual da fé, pode acontecer de o cristão sofrer quedas e fracassos por ceder às tentações. Quando isso acontecer, a primeira coisa a fazer é confessar os pecados cometidos e abandoná-los de uma vez por todas. Seguir esses dois princípios bíblicos, de confessar e abandonar o pecado, é por demais importante, porque o pecado é algo que nos separa de Deus (Rm 3.23). Porém, quando há reconhecimento do pecado cometido por meio de um verdadeiro arrependimento, Deus se volta para nós (Mt 4.17). Aqueles que vivem a caminhada de fé confessando e abandonando seus pecados demonstram que desejam crescer na comunhão com Deus e ter uma vida agradável perante Ele (2 Pe 3.18). O perdão e a graça de Deus sempre estarão disponíveis para aqueles que confessam e abandonam o pecado.

Atualmente, muitos acreditam que não é preciso confessar o pecado por denominá-lo mera fraqueza ligada ao ambiente e aos aspectos hereditários. Nesta lição, veremos que a Bíblia não ensina assim. Em sua epístola, o apóstolo João escreve que o pecado é real e, por isso, é um perigo para a vida do crente, pois suas consequências são trágicas. A orientação bíblica é a de que, caso ocorra um pecado, ele deve ser confessado, abandonado como evidência do arrependimento para que o crente arrependido possa receber o perdão de Deus (1 Jo 2.9; cf. Sl 32.5).

I- A CONFISSÃO DE PECADO.

1. CONCEITUALIZAÇÃO.

Vamos fazer uso de dois verbos hebraicos que expressam o significado de confissão. O primeiro é דהָיָ) yadah) — cujo significado pode ser visto como “dar graças”, “louvar”, “reconhecer” ou “confessar”. Logo se nota que o seu uso visava expressar gratidão a Deus. No caso do segundo verbo, הוֹדהָ (hodah), tem também o significado de “dar graças”, “agradecer” ou “louvar”, semelhantemente ao verbo yadah, mas seu real sentido vai depender do uso que se faz dele, em especial no contexto de confissão de pecados, denotando o ato de admitir ou reconhecer diante de Deus que pecamos ou erramos. Compreende-se então que ambos os verbos fazem alusão à ideia de reconhecimento, admissão, o que é necessário para o ato de confessar os pecados perante Deus. Fazendo uso do Salmo 32.5, tem-se a presença de ambos os verbos com o sentido de confissão de pecados como também de perdão: “Confessei-te o meu pecado e a minha iniquidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniquidade do meu pecado” (ARA). Falando dessa confissão e perdão, o Comentário Bíblico Broadman, relata:

O poeta começa seu salmo com uma beatitude da experiência de ser perdoado. Bem-aventurado e feliz, de fato, é aquele cuja desobediência é levada, cujo pecado está coberto, a quem o Senhor não acredita a perversidade característica do homem e em cuja mente (espírito) não há engano. Com tal amostragem da terminologia do pecado, o salmista descreve tanto a extensão quanto a abrangência do perdão de Javé. Em seguida, vem a documentação da bem-aventurança na própria experiência do poeta. Não é necessário propor que ele esteja descrevendo uma doença grave que ele sentiu ter sofrido como resultado do pecado, como é o caso em alguns outros salmos (por exemplo, 6 e 38), e como alguns interpretadores defendem esse salmo como bem. É muito mais provável que o que o salmista descreva tão vividamente é a agonia de uma consciência culpada, que pode produzir e ser pior do que qualquer doença física. Assim, o salmista diz: “Quando fiquei em silêncio, todo o meu quadro desperdiçou a minha agonia durante todo o dia”. Dia e noite, ele podia sentir a mão de Yahweh pesada sobre ele, e sua força foi gastada como no calor do verão. É uma descrição vívida do efeito debilitante e distrativo da rebelião não amortizada contra Deus. Então, quando ele não suportou mais a pressão, ele deu a conhecer ao Senhor seu pecado, não cobriu sua perversidade e disse: “Eu direi sobre mim mesmo a minha desobediência a Yahweh”. E, como ele sempre faz, Yahweh se afastou a culpa da transgressão do pecador. Por esta razão, isto é, com base na experiência que ele relacionou, o salmista aconselha todos os que seguem a Javé a orar a ele em qualquer momento de angústia; se assim for, as águas de qualquer problema, por profundo que seja, nem sequer tocarão o suplicante. (COMENTÁRIO BÍBLICO BROADMAN, 1983, p. 132)

Por meio do conceito exposto sobre Salmos 32.5, entendemos que quando há uma confissão sincera, verdadeira e humilde, a pessoa recebe o perdão e reconcilia-se com Deus. Além disso, fortalece seu relacionamento com Ele, pois quem confessa e deixa os pecados alcança misericórdia.

Continuando sobre os conceitos, o verbo “confessar”, da palavra hebraica yadah, aparece como “jogar”, “atirar”, “lançar” (1 Rs 8.33), uma palavra que vem da raiz verbal de hadah que significa “estender a mão”. Essa palavra está presente 900 vezes no Antigo Testamento, aparecendo com o sentido de “tomar conhecimento”, “saber”, “reconhecer”. A palavra aparece no AT no contexto de confissão de pecado (Sl 32.5). No Novo Testamento, o verbo grego para “confessar” é homologéo, que significa “concordar com”, “consentir”, “conceder”. Essa palavra é composta da raiz homou, junto de pessoas reunidas; e de lógos, do ato de falar. A palavra homologéo ocorre 25 vezes no Novo Testamento (Mt 7.23, Rm 10.9,10; Tg 5.16). Há um verbo grego importante para “confessar”, eksomologéo (Mt 3.6), que significa “professar”, “reconhecer aberta e alegremente para a honra de alguém”; “prometer publicamente que fará algo”, “comprometer-se com”. Logo, podemos dizer que confessar é uma maneira de declarar o que se crê ou sabe.

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 COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PR. ERIVANDRO GALDINO

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