ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2024
Adultos - O CORPO DE CRISTO - origem, natureza e vocação da Igreja no mundo
COMENTARISTA: José Gonçalves
COMENTÁRIO: Pr. Caramuru Afonso Francisco
LIÇÃO Nº 10 – A SEGUNDA ORDENANÇA DA IGREJA: A CEIA DO SENHOR
A ceia do Senhor é um dos mais importantes momentos da vida espiritual.
INTRODUÇÃO
- Na sequência do estudo da Eclesiologia, veremos a segunda ordenação deixada por Cristo à Sua Igreja: a ceia do Senhor.
- A ceia do Senhor é uma das ordenanças deixadas pelo Senhor Jesus à Igreja e cuja importância revela o primado da mensagem da cruz na vida cristã e a própria razão de ser da existência da Igreja sobre a face da Terra.
I – A CELEBRAÇÃO DA CEIA DO SENHOR – O PARTIR DO PÃO
- Pelo que se dá a entender do texto sagrado em que Paulo nos fala da ceia do Senhor (I Co.11:17-34), embora houvesse a ordenança de Jesus, não havia, ainda, uma consciência do significado do que era a ceia até esta oportunidade.
- Tanto entre judeus, quanto entre gentios, as cerimônias e rituais religiosos eram acompanhados de refeições, de manifestações festivas entre os participantes do rito. As festas religiosas chamavam-se “festas” precisamente porque, ao lado do ritual religioso propriamente dito, havia reuniões entre as pessoas, confraternizações entre as famílias.
- Assim, não é desarrazoado pensar, como fazem muitos estudiosos da Bíblia, que a celebração da ceia do Senhor era bem variada nos primórdios da igreja, sendo identificada, entre os crentes judeus, com a páscoa (afinal de contas, Jesus instituíra a ceia do Senhor ao comer a páscoa com seus discípulos – Lc.22:15), assim como pelos crentes gentios com as refeições realizadas nas festividades pagãs de que haviam participado antes da conversão.
- Tudo indica, portanto, que os crentes em Corinto, tão influenciados pelas festividades afrodisíacas (festas feitas em homenagem a Afrodite, que tinha um templo em Corinto), celebravam a ceia do Senhor como uma refeição comum, com muita comida e bebida, pouco se importando com o aspecto espiritual da reunião, que passou a ser simplesmente um banquete, denominado “agape”, ou seja, “festa do amor”, em que, inclusive, havia dissensões e disputas, principalmente porque os crentes pobres passavam fome, já que os mais abastados comiam antecipadamente o que haviam trazido para a reunião.
- O apóstolo Paulo, porém, censurou este comportamento dos crentes coríntios, não porque fosse contra a confraternização ou a existência de uma refeição festiva, mas a confusão entre esta refeição e o ato propriamente dito da “ceia do Senhor”, que não era uma simples reunião social, mas o cumprimento de uma ordem de Jesus, que tinha um significado espiritual sublime, que não poderia, de modo algum, ser desprezado ou menosprezado pela igreja.
- Vemos, pois, que, além de ser um texto doutrinário dos mais importantes para que aprendamos o significado espiritual da ceia do Senhor, o presente texto da carta de Paulo aos coríntios vai além, ao nos mostrar que não podemos, em absoluto, confundir o aspecto sagrado da adoração a Deus com os aspectos sociais da igreja local, aspectos existentes e que não podem ser desconsiderados, mas que não podem nem sobressair ao sentido espiritual, nem tampouco confundir-se com este.
- Agir da mesma maneira que os coríntios faziam nada mais é que verdadeira profanação, já que “profanação” é tornar algo sagrado em profano. Tomemos cuidado, pois muitos têm profanado as coisas de Deus e o destino do profanador é extremamente triste, como vemos no caso de Esaú (Hb.12:16,17).
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PR. CARAMURU AFONSO FRANCISCO