ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2024
Adultos - O CORPO DE CRISTO - origem, natureza e vocação da Igreja no mundo
COMENTARISTA: José Gonçalves
COMENTÁRIO: EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS
LIÇÃO Nº 6 – IGREJA: ORGANISMO E ORGANIZAÇÃO
Texto: Atos 6.1-7
Introdução: A Igreja é um organismo vivo. Contudo, como toda estrutura viva, precisa ser organizada.
I - A ESTRUTURA DA IGREJA CRISTÃ
1. A Igreja como organismo
1.1. Um organismo é visto como um conjunto de órgãos que constituem um ser vivo.
a. Exemplo: Um corpo com as diferentes funções de seus órgãos e membros é entendido como estrutura física de um organismo vivo.
b. Como um corpo funciona pela harmonia de seus membros, da mesma forma também a Igreja (1Co 12.12).
1.2. Metaforicamente, a Igreja é definida:
a. Como “o corpo de Cristo” (1Co 12.27)
b. Como um organismo vivo, cuja cabeça é Cristo (Ef 5.23)
c. Os membros não existem independentemente um dos outros (1Co 12.21).
d. Como Corpo Místico de Cristo, a Igreja existe organicamente.
2. A Igreja como organização
2.1. A forma de organização da Igreja Primitiva era simples, todavia, existia.
2.2. A igreja seguia a liderança centralizada dos apóstolos (At 16.4).
a. Os apóstolos doutrinavam a igreja (At 2.42)
b. Cuidavam da parte administrativa (At 4.37)
c. Instituíam lideranças locais (At 6.6; At 14.23)
d. Reuniam-se em Concilio (At 15.1-6)
2.3. Precisamos diferenciar uma igreja organizada de uma igreja institucionalizada.
a. A organização é saudável, o institucionalismo, não
b. A organização permite à igreja, como estrutura social, se movimentar; o institucionalismo a enrijece e a neutraliza
c. Uma igreja organizada se mantém viva; uma igreja institucionalizada caminha para a morte
3. Organismo e organização
3.1. A Igreja como o Corpo de Cristo é um organismo vivo e uma organização
a. Ela existe como organismo e como organização
b. Não há organismo sem organização
3.2. Todo organismo precisa de organização, mesmo as estruturas mais simples
a. Alguns acreditam que a Igreja existe somente na forma de organismo
. Eles rejeitam toda forma de organização para ela
. Para essas pessoas, não deve haver liderança ou estrutura alguma
b. De acordo com a Bíblia, encontramos a Igreja como forma de organismo e de Organização
II - IGREJA: UM ORGANISMO VIVO E ORGANIZADO
1. No seu aspecto local
1.1. A Igreja existe localmente como comunidade organizada
a. Dessa forma, havia a igreja que estava em Roma, Corinto, Éfeso etc
1.2. Como um organismo vivo, a igreja do Novo Testamento era organizada
a. Ela se reunia (At 2.42)
b. Orava (At 2.42; 12.12)
c. Enxergava as demandas sociais que precisavam ser atendidas (At 4.35):
. Instituiu o diaconato (At 6.2-6)
. Elegeu lideranças (At 14.23)
. Enviou seus primeiros missionários (At 13.1-4)
2. No seu aspecto litúrgico e ritual
2.1. Toda igreja organizada possui sua liturgia e rituais
a. A organização, portanto, é necessária para uma igreja viva
2.2. Uma igreja organizada:
a. Mantém a decência e a ordem no culto (1Co 14.40)
b. Estabelece costumes que devem ser observados (1Co 11.16)
2.3. Da mesma forma, em relação ao aspecto ritual
a. Vemos a Igreja Primitiva batizando os primeiros crentes em águas (At 8.38,39)
b. Vemos a Igreja Primitiva realizando a Ceia do Senhor (1Co 11.23)
III - O GOVERNO DA IGREJA NAS DIFERENTES TRADIÇÕES CRISTÃS
1. Episcopal (Gr: episkopos)
1.1. Aparece algumas vezes no Novo Testamento (At 20.28; 1Tm 3.2; Tt 1.7).
1.2. No contexto atual, o episcopalismo defende:
a. Que Cristo confiou o governo da igreja aos oficiais: “bispos” ou “supervisores”.
b. Com o tempo, esse sistema passou a defender a primazia de um bispo sobre o outro e terminou culminando no papado romano.
1.3. Esse modelo é seguido pelo Catolicismo, por algumas denominações protestantes e pentecostais
2. Presbiteral (Gr: presbyteros)
2.1. O ofício de presbítero é encontrado no Novo Testamento (At 11.30; At 15.2).
2.2. No atual sistema presbiteral a igreja elege os presbíteros para um Conselho.
a. O Conselho possui autoridade para conduzir a igreja local.
b. Há um supremo Concilio ou Assembleia Geral
. Eles exercem autoridade sobre as igrejas de uma determinada região ou país.
2.3. É o sistema seguido pelas igrejas reformadas e algumas igrejas pentecostais na América do Norte
3. Congregacional
3.1. A prática de eleger os dirigentes da igreja local no contexto do Novo Testamento é vista em Atos 14.23
3.2. Nesse atual sistema, o pastor é eleito pela Assembleia Geral da igreja local.
a. As igrejas locais são autônomas:
. Nas suas tomadas de decisões
. Não estando sujeitas a nenhuma interferência que venha de fora
3.3. É o modelo seguido pelos batistas.
4. O sistema de governo de nossa igreja
4.1. No contexto norte-americano, as Assembleias de Deus se aproximam mais do modelo de governo presbiteral.
4.2. No contexto brasileiro, nossa igreja reúne elementos dos sistemas episcopal e congregacional.
a. É, portanto, um modelo híbrido.
b. Até o início dos anos 1930, a Assembleia de Deus, por haver sido fundada por batistas, seguia o modelo congregacional.
. Esse sistema de governo sofreu modificações a partir da criação da Convenção Geral de 1930, quandoc elementos do modelo episcopal foram somados a sua estrutura de governo.
4.3. No atual modelo de governo, em sua grande maioria, embora mantenham certa autonomia administrativa em relação as convenções Geral e Estadual, a quem são filiadas, as igrejas possuem um modelo de liderança regional e local centralizado.
a. Ex: A autoridade de estabelecer lideranças pastorais nas igrejas locais pertence às Convenções Estaduais.
b. Em alguns casos, essa função cabe a uma igreja-sede que preside sobre um conjunto de congregações locais a ela filiadas.
Conclusão: Nesta lição, fizemos uma análise da Igreja como organismo e organização. O que ficou claro é que as Escrituras destacam a Igreja como um organismo vivo e organizado. Por outro lado, embora não haja nenhuma norma específica de como deve ser o governo da igreja no Novo Testamento, ao longo dos anos os cristãos têm procurado se inspirar no texto bíblico para regulamentar seus ministros e ministérios.
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