ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO NO IPIRANGA - SEDE - SÃO PAULO/SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
QUARTO TRIMESTRE DE 2019
Adolescentes: Bíblia, um livro atual
COMENTARISTA: ROBSON ROCHA
COMENTÁRIO: PROFª. JACIARA DA SILVA
LIÇÃO Nº 2 – A BÍBLIA É A INSPIRADA PALAVRA DE DEUS
Texto Bíblico: Sl 119.1-22.
Objetivo
Professor ministre sua aula de forma a conduzir seu aluno a compreender o conceito de inspiração divina sobre as Escrituras, enfatizando que Deus não anulou a individualidade de cada escritor, conservando seu estilo literário.
Para refletir
"Como pode o jovem manter pura a sua conduta? Vivendo de acordo com a tua palavra." (Sl 119.9 - NVI)
Para compreendermos o termo inspiração divina e a formação do cânon sagrado, faz se necessário atentarmos para importantes doutrinas:
Revelação e Razão
A Teologia Sistemática extrai o seu material tanto da revelação quanto da razão, embora a porção fornecida pela razão seja incerta quanto à autoridade e, quando muito restrita a um ponto insignificante. A razão, como aqui está sendo considerada, indica as faculdades intelectuais e morais do homem exercitados na busca da verdade e à parte de ajuda sobrenatural.
Em todas as discussões que tratam desse assunto, a razão deve ficar totalmente divorciada da revelação para que seja vista em suas reais limitações. O verdadeiro estado do homem em posse da razão e quando isolado da revelação divina fica parcialmente demonstrado pela sua idolatria, paganismo ou ceticismo.
O homem por si, é convencido do fato da existência de um Ser Supremo, e por razão dessa convicção, então em busca de evidencias que, no seu entendimento, expressem a existência de um Deus.
Desde que Adão andou e falou com Deus (revelação essa que ele sem duvida comunicou à sua posteridade), nenhum homem na Terra poderia ficar totalmente alheio à revelação divina. Dentro dos limites circunscritos daquilo que é humano, a razão é predominante; mas quando comparada com revelação divina, ela é falível e limitada.
Revelação e Inspiração
A Revelação e a Inspiração são cada uma em si as principais doutrinas da Bíblia e são geralmente confundidas. Esta confusão talvez se deva, principalmente, ao fato de que a revelação e a inspiração devam concordar ou convergir num ponto para garantir o Oráculo infalível que a Bíblia é sem variação.
• Revelação: é a tornar conhecido, é mostrar. Revelação é a influencia divina direta que comunica a verdade de Deus ao homem. Revelação é a ação de Deus, pela qual Ele dá a conhecer ao escritor coisas desconhecidas que o homem por si só jamais poderia saber (Dn 12.8; 1 Pe 1.10,11).
• Inspiração: no grego theopneustos, significa “sopro” ou “soprado”, ou “inspirado por Deus”. Inspiração é a influencia divina direta que garante uma transferência exata da verdade para a linguagem que os outros possam entender. Inspiração refere-se ao ato de receber e transmitir, relatando com suas próprias palavra a verdade de Deus.
Então podemos dizer que homens santos escreveram a Bíblia (2 Pe 1.21) com palavras de seu próprio vocabulário, porém, sob a poderosa influencia do Espírito Santo.
A autenticidade – cânon
O que é Cânon? Por cânon das Sagradas Escrituras querendo dizer que, de acordo com padrões determinados e fixos, os livros incluídos nelas, são considerados partes integrantes de uma revelação completa e divina, a qual é autorizada e obrigatória em relação a Fé e a Pratica.
A palavra cânon é de origem cristã e deriva do vocábulo grego kanon que por sua vez, provavelmente veio emprestado do hebraico kaneh, que significa junco ou vara de medir (Ez 40.3), daí tomou o sentido de norma ou, regra.
Segundo Gray: “Deve ser compreendido, entretanto, que a canonização de um livro não significa que a nação judaica, por um lado, ou a Igreja Cristã, por outro, tenha dado a esse livro a sua autoridade; antes significa que sua autoridade, já tendo sido estabelecida em outras bases suficientes, foi conseqüentemente reconhecido como de fato pertencente ao Cânon e assim declarado”.
Considerações fundamentais:
A Bíblia é auto-autenticável e os concílios eclesiásticos só reconheceram (não atribuíram) a autoridade inerente nos próprios livros.
Deus guiou os concílios de modo que o cânon fosse reconhecido
Conhecendo a Deus pela sua mensagem
A mensagem escrita pela qual podemos conhecer a Deus está na Bíblia Sagrada, Deus se revela na Bíblia. Ela forma uma unidade completa, permitindo o encontro entre Deus e o homem. Era necessário como já frisamos no ponto acima que se formasse um Cânon sagrado que identificasse a revelação de Deus. Entre os judeus tal necessidade se sentiu bem cedo, passaram com isto a guardar os escritos sagrados. Esses livros foram com o tempo se tornando normativo para a comunidade judaica que os acolheu como Canônicos. É claro que critérios foram tomados, para estabelecer a canonicidade.
Não podemos imaginar que os livros do Antigo testamento foram aceitos assim de qualquer forma. Os autores sagrados registraram, de forma escrita, as revelações e mensagens que recebiam de Deus, escreviam para que seus descendentes recebessem também a orientação (Ex 17.14; Dt 31.24; At 7.38). Igualmente, os escritos passaram pela aprovação dos rabinos judaicos e provaram que eram inspirados por Deus, ou seja, a mensagem veio do Criador. O profícuo trabalho dos lideres da igreja primitiva em procurar saber se de fato aquela palavra escrita era oriunda de Deus, ou era apenas um pensamento humano exarado ali. Para isto eles evocaram o saber do Espírito Santo e entendiam que aquela escritura apreciada continha a virtude que transformasse vidas, pela revelação divina.
É impressionante o agir divino para que hoje O pudéssemos conhecê-lo por meio deste livro. Em um longo processo foi se formando o Cânon sagrado, a ação do Espírito Santo é imprescindível na escolha dos livros sagrados. Deus usa os seus servos, a quem ele quis para que escrevesse.
Sua mensagem é infalivel
As mensagens escritas perdem seu teor com o passar do tempo. A mais antiga das constituições, o famoso código de Hamurabi, datado como 2200 aC, nem se quer existe mais.
A Bíblia, Palavra de Deus é sempre a mesma, as mensagens nunca mudaram, nada, no livro santo é antiquado. É bem verdade que O Livro de Deus tem sido atacado de todas as formas, Deus tem sido considerado um Criador severo para com as suas criaturas. Na verdade o que Saramago quer dizer em seu livro recém lançado intitulado “Caim”, é que no mundo atual, não cabe mais um deus assim. Mas o que se pode mudar? Os pecados que outrora era condenado como: o roubo, o adultério, a mentira, o subornar, o homicídio etc. Continuam sendo pecado e agressão contra o Criador.
Não há um Deus no AT e outro no NT, como afirmam alguns, quando Jesus se refere a pecado no AT ele disse: “Eu, porem, vos digo”. Jesus com esta expressão chama atenção para algo que devemos atentar aqui, que é a intenção (Mt 5.21-26; 27-30). O que é uma intenção? Não é uma palavra colocada de modo errado, como o jornalista que ofendeu os garis quer se desculpar de uma palavra infeliz. Aquilo não é uma palavra infeliz ou falada num momento errado é o que ele pensa da classe ofendida. Algumas palavras que falamos não é pecado, pois são força de expressão ou são interpretadas de modo errado. Mas as nossas intenções, essas sim são perigosas e nos condenam diante de Deus que é Santo e jamais mudará seus conceitos em relação ao pecado (Is 59.2).
Conclusão
Nosso Deus é misericordioso para com o pecador, dando lhe a oportunidade de salvação. E para com os que já o reconhecem como Salvador e Senhor ele é fiel para cumprir suas promessas, elas não mudarão jamais. Deus prometeu o nascimento do Salvador, já cumpriu, falou de sua morte na cruz e ressurreição já cumpriu, prometeu a descida do Espírito Santo já o desfrutamos desta benção. Certamente as demais promessas também se cumprirão não tenham duvida, sua Palavra não falhará.
Colaboração para o Portal Escola Dominical – Profª. Jaciara da Silva