Lição 5 - Entendendo os evangelhos I

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ASSEMBLEIA DE DEUS DE MOEMA - MINISTÉRIO DO BELÉM - Setor 124 / SP

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

SEGUNDO TRIMESTRE DE 2025

Juvenis: Uma viagem pelo Novo Testamento

COMENTARISTA: EDILBERTO SILVA

COMENTÁRIO: PROFª. AMÉLIA LEMOS OLIVEIRA

LIÇÃO Nº 5 – ENTENDENDO OS EVANGELHOS

Os Evangelhos são os relatos dos fatos mais significativos e interessantes das realizações do Senhor Jesus Cristo no Novo Testamento. A palavra “evangelho”, do grego euangellion, significa “boas-novas”. No grego secular, o vocábulo euangellion faz referência a uma boa notícia que diz respeito a um fato importante. Os evangelistas Mateus, Marcos e Lucas apresentam-nos o mesmo protagonista sob óticas diferentes, com o fim de revelar o Mestre de uma perspectiva particularizada, expressando a cosmovisão do autor. Mesmo havendo visões diferentes, há várias semelhanças entre estes três livros, por isto são chamados de “sinóticos”, o que significa “sin” = mesmo; “ótica” olhar”, ou seja, mesmo olhar. Originado de uma palavra grega que significa “ver junto” ou “compartilhar de um mesmo ponto de vista. O evangelho de João é considerado autóptico, porque sua escrita está de acordo com a visão do autor, a ênfase explicita o que o autor deseja ressaltar.

Esta característica também está evidente nos outros livros de mesma autoria. É possível relacionar os fatos em três colunas para fazer as devidas comparações, observando as semelhanças e diferenças, estabelecendo um olhar em conjunto, bem como atentar para as particularidades. Podemos fazer esta observação a partir do conteúdo do livro, das informações mais frequentes, das ocorrências que são mencionadas num livro e não no outro, nas coincidências presentes nas obras etc.

Os evangelhos sinóticos nos permitem traçar quadros comparativos entre os evangelistas e, assim, poderemos descobrir quais são as características ímpares de cada um deles, como o fato se deu, observar detalhes entre as ocorrências, verificar como foi o início, meio e final dos eventos que envolviam o Mestre etc. Também destacamos os temas comuns, as situações que diversificam, as questões centrais, as mensagens-chave que estão impressas nos textos para assimilarmos. Quando fizermos isto, o estudo bíblico destes livros ficará mais simplificado e poderemos compreender melhor a mensagem de Cristo.

É necessário considerar que os Evangelhos narram as ocorrências mais significativas, que explicam os objetivos da vinda do Mestre e os propósitos da Sua pregação. Alguns fatos não foram mencionados porque estavam relacionados e apresentavam, talvez, semelhanças com os fatos principais:

Jesus, pois, operou também em presença de seus discípulos muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro. (Jo 20.30)

Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez; e se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem. (Jo 21:25)

Há dois elementos comuns nos quatro Evangelhos: ausência de informações sobre a infância de Jesus, apenas Lucas destaca um fato ocorrido com Cristo quando estava nos seus doze anos (Lc 2.40-52). Também se observa diversos fatos que destacam os eventos que antecederam e sucederam a crucificação e ressurreição de Cristo. Este cenário possibilita a melhor compreensão da vontade divina em relação ao envio do Cordeiro (que foi morto antes da fundação do mundo – Ap 13.8). A última semana de vida de Cristo é o momento principal, o ápice de todos os evangelhos.

Cada livro, portanto, apresenta uma perspectiva única para um público específico: Mateus, para os judeus verem que as profecias estavam se cumprindo; Marcos, para os romanos crerem na ação ininterrupta e no poder do Mestre e Lucas, para os gentios, porque a salvação é universal. Mateus escreveu para comprovar que Jesus era o Rei dos Judeus, descendente do Rei Davi, em quem as profecias messiânicas se cumpriram. Este evangelho tinha o propósito de fortalecer a fé entre os judeus cristãos e isso fornece a possibilidade para o evangelismo do povo judeu. O texto, por sua vez, é repleto de referências do Antigo Testamento, pois seu objetivo é fazer esta ponte entre o AT e o NT. O Sermão da Montanha, por exemplo, é uma aplicação aperfeiçoada da Lei de Moisés, um ensino que os Mestres da Lei ainda não tinham oferecido ao povo.

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