ASSEMBLEIA DE DEUS DE MOEMA - MINISTÉRIO DO BELÉM - Setor 124 / SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
SEGUNDO TRIMESTRE DE 2025
Juvenis: Uma viagem pelo Novo Testamento
COMENTARISTA: EDILBERTO SILVA
COMENTÁRIO: PROFª. AMÉLIA LEMOS OLIVEIRA
LIÇÃO Nº 4 – CRONOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO
A finalidade deste comentário é destacar de que forma se organizam, cronologicamente, os livros do Novo Testamento. Para compreender os objetivos do autor, a intenção de sua mensagem, o estilo, o conteúdo e a estrutura do texto, recomenda-se observar o período no qual foram escritos. Meu Deus! Quanta informação em apenas um parágrafo! Tenhamos calma, vamos desenvolver estes temas ao longo do trimestre, meu querido professor (a). Somente assim, poderemos interpretar melhor os textos do Novo Testamento e não ficar partindo de suposições.
As Escrituras Sagradas são portadoras de mensagens inspiradas pelo próprio Deus, mensagens que têm alvos direcionados, uma só interpretação. O nosso papel é descobrir a referência destas mensagens. Vejamos o que diz Mt 26.54: “Como, pois, se cumpririam as Escrituras, que dizem que assim convém que aconteça? “ O estudioso precisa atentar para o fato em questão, o qual é o momento da prisão de Cristo, haja vista que o Cordeiro foi dado para entregar a vida para a salvação do mundo. O texto, em si, refere-se a este fato e a nenhum outro. Cristo falava, de si mesmo, comprovando, nas Escrituras, o que estava escrito sobre Ele especificamente: “E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras. [...] Então abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras. E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos.” (Lc 24. 27, 45-46)
Os discípulos de Jesus conheciam as Escrituras, foram educados na Sinagoga, que funcionava apenas para meninos, os quais começavam a estudar em torno dos sete anos. As crianças aprendiam a Shemá (Dt 6.4) desde pequenas e, a partir dos três anos, começavam a aprender os princípios da lei judaica nos seus lares. No entanto, apenas os meninos apreendiam as Escrituras de forma sistematizada quando eram enviados à Sinagoga e tinham que assimilar o que a Lei, os Salmos e os Profetas diziam, além de se comprometer publicamente de ser fiel à Lei de Deus. Portanto, os discípulos eram conhecedores do Antigo Testamento, da Bíblia Hebraica, como todo homem judeu o era.
Quando Jesus, por diversas vezes, em seu ministério, menciona fatos bíblicos ocorridos no Antigo Testamento, está se referindo a situações que eram do conhecimento da maioria. Todos conheciam a história de Jonas (que é tipificado pelo próprio Cristo como Ele mesmo) que passa três dias e três noites no ventre da baleia: “Pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do homem três dias e três noites no coração da terra.” (Mt 12:40) Jonas conquistou uma nação para Deus, enquanto Cristo conquistou o mundo. Quem não tinha ouvido falar da rainha de Sabá? Muitos ainda se lembravam do justo Abel e de Zacarias que morrera no templo. No contexto de homens que conheciam as Escrituras Sagradas, mas não temiam verdadeiramente a Deus, viviam em pecado e, verem Jesus, descreram nEle como Messias, o Mestre veio provar não apenas o Seu conhecimento de todas as ocorrências escriturísticas como, também. deixar claro que Ele é antes de todas estas coisas, o Verbo Divino:
Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o, e alegrou-se. Disseram-lhe, pois, os judeus: Ainda não tens cinquenta anos, e viste Abraão?
Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou.
Então pegaram em pedras para lhe atirarem; mas Jesus ocultou-se, e saiu do templo, passando pelo meio deles, e assim se retirou. (João 8:56-59)
Jesus não foi o único a fazer referências ao Antigo Testamento em seus ensinos. Um antigo fariseu, exímio conhecedor das Escrituras Hebraicas, o apóstolo Paulo, recebeu revelações do Espírito Santo sobre o que estava previsto pelo Senhor e que veio se cumprir no novo pacto:
Porque ainda que o teu povo, ó Israel, seja como a areia do mar, só um remanescente dele se converterá; uma destruição está determinada, transbordando em justiça. Porque determinada já a destruição, o Senhor Deus dos Exércitos a executará no meio de toda esta terra. (Is 10:22,23)
Também Isaías clama acerca de Israel: Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo (Rm 9:27)
O que diremos, pois, da completa revisão das narrativas do Antigo Testamento contida em Hebreus 11, na galeria dos Heróis da Fé?
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PROFª. AMÉLIA LEMOS OLIVEIRA