ASSEMBLEIA DE DEUS DE MOEMA - MINISTÉRIO DO BELÉM - Setor 124 / SP
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2025
Juvenis: Uma viagem pelo Antigo Testamento
COMENTARISTA: THIAGO PANZARIELLO
COMENTÁRIO: PROFª. AMÉLIA LEMOS OLIVEIRA
LIÇÃO Nº 10 – ISRAEL X JUDÁ? A DIVISÃO DO REINO
O Rei Davi conquistou a fortaleza dos jebuseus e esse triunfo lhe garantiu o reino de Israel, a Monarquia Unida. No início não foi assim: “Da idade de quarenta anos era Is-Bosete, filho de Saul, quando começou a reinar sobre Israel, e reinou dois anos; mas os da casa de Judá seguiam a Davi. E foi o número dos dias que Davi reinou em Hebrom, sobre a casa de Judá, sete anos e seis meses.” (II Sm 2.10,11) A monarquia começou desunida, o Senhor a uniu e entregou Jerusalém nas mãos de Davi que principiou seu reinado sobre todo o Israel a partir dali:
Assim habitou Davi na fortaleza, e a chamou a cidade de Davi; e Davi foi edificando em redor, desde Milo para dentro. E Davi ia, cada vez mais, aumentando e crescendo, porque o Senhor Deus dos Exércitos era com ele. E Hirão, rei de Tiro, enviou mensageiros a Davi, e madeira de cedro, e carpinteiros, e pedreiros que edificaram a Davi uma casa. E entendeu Davi que o Senhor o confirmara rei sobre Israel, e que exaltara o seu reino por amor do seu povo Israel. (II Sm 5. 9-12)
Foi um reino próspero porque o Senhor deu vitória sobre os inimigos, as fronteiras se ampliaram, o comércio se expandiu, as relações entre os povos vizinhos se intensificaram, desenvolveram e organizaram os rituais no tabernáculo e o louvor como parte da adoração. A administração ganha ares teocráticos porque o rei Davi sempre deixou explícito para todos que era um homem temente a Deus e queria que as suas ações caracterizassem esta decisão pessoal. Sendo assim, Davi deixou um excelente exemplo para o filho Salomão que vê a necessidade de ser um homem fiel. Recebeu de Davi este conselho no leito de morte do pai:
Eu vou pelo caminho de toda a terra; esforça-te, pois, e sê homem. E guarda a ordenança do Senhor teu Deus, para andares nos seus caminhos, e para guardares os seus estatutos, e os seus mandamentos, e os seus juízos, e os seus testemunhos, como está escrito na lei de Moisés; para que prosperes em tudo quanto fizeres, e para onde quer que fores. (I Rs 2.2- 3)
Durante muito tempo, Salomão foi fiel a Deus, seguindo os conselhos recebidos. Entretanto, não era humilde, nem temente ao Senhor como Davi, seu pai. Para ampliar suas conquistas, envolveu-se comercialmente com outros reis, aceitando trocas desfavoráveis, na forma de esposas, mulheres que não temiam ao Senhor e que fizeram desviar o seu coração da Lei Divina. Ele próprio, ao final de sua, vida afirmou que “tudo era vaidade e aflição de espírito”. Revelando que a ansiedade e ambição humanas conduzem o homem aos maus caminhos. Esta trajetória de Salomão e a ganância pela opulência, construção de uma cidade mais pujante que revelasse toda a sua glória, fizeram-no tomar atitudes totalmente impopulares que desagradaram totalmente o povo, que estava habituado a um rei como Davi.
Quando o povo desejava um rei, Samuel tinha avisado que haveria exigências, que teriam que ceder em nível material:
E disse: Este será o costume do rei que houver de reinar sobre vós; ele tomará os vossos filhos, e os empregará nos seus carros, e como seus cavaleiros, para que corram adiante dos seus carros. E os porá por chefes de mil, e chefes sobre cinquenta e para que lavrem a sua lavoura, e façam a sua sega, e fabriquem as suas armas de guerra e os petrechos de seus carros. ( I Sm 8. 11,12)
O rei estava recrutando os filhos do Reino do Norte para assumirem os trabalhos do Reino, o que veio trazer conflitos por causa da exigência da Monarquia a respeito das prestações de serviço. Os profetas do Senhor condenaram tais comportamentos dos monarcas, porque o povo sofria com a escassez, enquanto os nobres vivenciavam a bonança, o luxo e os exibiam. Além da prestação de trabalhos, a exigência também era para que se pagasse tributos. No alto de sua posição de poder, tais homens não imaginavam que o Senhor assiste a tudo e não permite que os pobres sejam oprimidos injustamente, enquanto outros se enriquecem às custas do seu trabalho. Parece discurso de comunista, mas é o discurso da Bíblia. Como poderíamos dizer amamos a Deus ou que amamos ao próximos como a nós mesmos?
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PROFª. AMÉLIA LEMOS OLIVEIRA