Lição 4 - Hedonismo: ser "feliz" a qualquer custo I

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ASSEMBLEIA DE DEUS DE MOEMA - MINISTÉRIO DO BELÉM - Setor 124 / SP

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

QUARTO TRIMESTRE DE 2024

Juvenis: FALSO OU VERDADEIRO – como combater as ideologias do nosso tempo

COMENTARISTA: Verônica Araújo

COMENTÁRIO: PROFª. AMÉLIA LEMOS OLIVEIRA

LIÇÃO Nº 4 - HEDONISMO: SER "FELIZ" A QUALQUER CUSTO

A Bíblia faz referência a diversos homens que buscaram razões, para viver melhor, nos bens materiais, nas efemeridades, naquilo que se vê, no que é perecível e se esvai como a fumaça... O autor de Eclesiastes 2 foi um homem que desfrutou de inúmeros prazeres em sua existência que, infelizmente, não preencheu o vazio existencial de seu ser. Prosseguiu buscando algo que satisfizesse a carência do que seria difícil explicar. Toda aquela fartura e pujança material eram a imagem da vaidade revelada em bens reais. Tudo isto é resultado das atitudes egoístas de quem só pensa em satisfazer a si mesmo.

Ele questiona o verdadeiro sentido daquilo que dizem ser “alegria”, “prazer” diante de tantas efemeridades e inutilidades da vida, para as quais a alegria é apenas uma frivolidade. Para encontrar a alegria que buscava, procurou estímulo no vinho, o símbolo da alegria (mas não é a verdadeira alegria, é a aparência da alegria, a ilusão da alegria), entregando-se a toda sorte de prazeres, pois os sentidos já estavam inebriados e pudesse curtir tudo o que fosse possível embaixo deste céu.

Além disto, agiu da mesma forma que Nabucodonosor: fez obras magníficas. O plantio de vinhas até poderia garantir a produção de mais vinho. Hortas e jardins tornam o local mais aprazível ao olhar. Um pomar garante que se aprecie diversos sabores de frutas (dando ocasião à gula) e as fontes de águas tornam ainda mais belo o local. A aquisição de servos e servas, bem como de animais em abundância são o reflexo material das riquezas. A presença de objetos de prata e ouro sinalizam para a abundância destas riquezas. Este homem valoriza os cinco sentidos, suas realizações estão focadas nestes órgãos, com o fim de satisfazê-los. Tais órgãos são as vias de relacionamento do corpo com o mundo exterior. É neste corpo, canal das diversas sensações, que será experienciado o prazer, é nele que o ideal hedonista se concretiza. Viver prazerosamente também é estar rodeado de cantores, de dançarinos e de luxos diversos, de supostos amigos que venham desfrutar de todos estes prazeres juntamente com o anfitrião. Eis a ilusão da alegria que passa rapidamente como uma andorinha de verão.

Disse eu no meu coração: Ora vem, eu te provarei com alegria; portanto goza o prazer; mas eis que também isso era vaidade.

Ao riso disse: Está doido; e da alegria: De que serve esta?

Busquei no meu coração como estimular com vinho a minha carne (regendo porém o meu coração com sabedoria), e entregar-me à loucura, até ver o que seria melhor que os filhos dos homens fizessem debaixo do céu durante o número dos dias de sua vida.

Fiz para mim obras magníficas; edifiquei para mim casas; plantei para mim vinhas. Fiz para mim hortas e jardins, e plantei neles árvores de toda a espécie de fruto. Fiz para mim tanques de águas, para regar com eles o bosque em que reverdeciam as árvores.

Adquiri servos e servas, e tive servos nascidos em casa; também tive grandes possessões de gados e ovelhas, mais do que todos os que houve antes de mim em Jerusalém. Amontoei também para mim prata e ouro, e tesouros dos reis e das províncias; provi-me de cantores e cantoras, e das delícias dos filhos dos homens; e de instrumentos de música de toda a espécie. E fui engrandecido, e aumentei mais do que todos os que houve antes de mim em Jerusalém; perseverou também comigo a minha sabedoria. E tudo quanto desejaram os meus olhos não lhes neguei, nem privei o meu coração de alegria alguma; mas o meu coração se alegrou por todo o meu trabalho, e esta foi a minha porção de todo o meu trabalho. (Ec 2.1-10)

Nossa lição apresenta essa forma de comportamento como hedonismo. Abbagnano (2000, p.497) refere-se a esse “termo que indica tanto a procura indiscriminada do prazer, quanto a doutrina filosófica que considera o prazer como o único bem possível, portanto como fundamento de vida moral. [...] distingue-se do utilitarismo do séc. XVIII porque, para este último, o bem não está no prazer individual, mas no prazer do maior número de pessoas, ou seja, na utilidade social.

O idealizador do pensamento hedonista foi Aristipo de Cirene (435 - 366 a.C.), o fundador da Escola Cirenaica. Para ele, o bem-estar humano é de ordem física, é o prazer que movimenta e dá sentido à vida, o conhecimento é investigado numa dimensão subjetiva (o que eu acho, a percepção individual de cada ser humano), a conduta moral está centrada na busca da felicidade.

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