Lição 11 - Crenças religiosas IV

Imprimir

ASSEMBLEIA DE DEUS - CAMPINA GRANDE/PB

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

TERCEIRO TRIMESTRE DE 2017

Jovens:TEMPO PARA TODAS AS COISAS: Aproveitando as oportunidades que Deus nos dá

COMENTARISTA: REYNALDO ODILO

COMENTARISTA: PROF. FRANCISCO DE ASSIS BARBOSA

LIÇÃO Nº 11 – CRENÇAS RELIGIOSAS

...

INTRODUÇÃO

Hoje, depois de dois mil anos, o conceito original de Cristianismo foi sociologicamente perdido, pois tudo que se faz sob o “símbolo da cruz”, chama-se de Cristianismo, não sendo feita nenhuma depuração, mas no início não foi assim. Ser cristão significava viver como Cristo e jamais o negar, ainda que para isso tivessem de morrer! Não se contaminariam com a cultura do mundo. Eles sempre estavam juntos, vivendo integralmente a contracultura do evangelho. Esse foi o segredo da Igreja Primitiva: produziu uma revolução cultural, pois quando a pessoa é transformada por Cristo, o mundo ao seu redor é mudado. O evangelicalismo deste tempo pós-moderno precisa voltar ao Cristianismo puro e simples. [Um “cristão” (em hebraico: 'messianista') é uma pessoa que tem fé em Jesus como o prometido “Cristo” ou “Messias” (literalmente, “ungido”) e é, por definição, “um seguidor de Cristo”. O Dicionário Vine diz: “christianos — uma palavra formada após o estilo romano, significando um aderente de Jesus". Segundo outra fonte, os cristãos são definidos como “os que pertencem ou são devotados a Cristo”. [1] A nota de rodapé na Bíblia de Estudo MacArthur diz que o nome cristão era originalmente um “termo de escárnio, significando 'do partido de Cristo'. Porém, nem todos os comentaristas (ou tradutores) da Bíblia concordam que o nome foi dado originalmente como uma palavra de escárnio ou desprezo. Sobre este ponto, o erudito bíblico do século 19, Albert Barnes escreveu: “se os discípulos assumiram o nome por si mesmos, ou se foi dado por indicação divina, tem sido uma questão de debate. Não é provável que tenha sido dado como forma de escárnio, pois no nome “cristão” nada havia de desonroso.” [2] Segundo outra fonte: “A palavra é formada com o sufixo latino que designa “seguidor ou partidário” (compare-se com os “herodianos”, em Marcos 3:6) Não existe razão válida para se pensar que o termo era usado como escárnio. Ele simplesmente significa as pessoas que seguem a Cristo”. [3] O primeiro nome, dado pela primeira vez em Antioquia aos seguidores de Cristo. No Novo Testamento, ele só ocorre em 1 Pedro 4:16, Atos 11:26; 26:27,28. O nome entre eles próprios era 'irmãos', 'discípulos', 'os do caminho' (Atos 6:1,3; 9:2), “santos” (Rom. 1:7). Como os judeus negavam que Jesus é o Cristo, nunca deram origem ao nome 'cristãos', mas os chamavam de 'Nazarenos' (Atos 24:5). Os gentios os confundiam com os judeus, e pensavam que eles eram uma seita judaica. Porém, começou uma nova época no desenvolvimento da igreja quando, em Antioquia, os gentios idólatras (não meramente prosélitos judeus dentre os gentios, como o eunuco, um prosélito circuncidado, e Cornélio, um prosélito incircunciso do portão) foram convertidos. Então os gentios precisaram de um novo nome para designar pessoas que não eram judeus, nem pelo nascimento, nem pela religião. E o povo de Antioquia era famoso por sua prontidão em dar nomes: Partidários de Cristo, Christiani, assim como Caesariani significava os partidários de César; e um nome latino, uma vez que Antioquia havia se tornado uma cidade latina. Mas o nome [cristão] foi designado divinamente (como chrematizo sempre exprime, At 11.26).” [5]. De fato, o que se depreende de tudo que já foi escrito é que os discípulos foram chamados de cristãos, porque eles adotaram Cristo como seu Mestre, creditando a ele suas doutrinas e seguindo o modo de vida estabelecido por ele. A igreja primitiva é o modelo mais excelente para todas as outras, em todos os tempos, em todos os lugares. Esta igreja tornou-se uma referência de igreja fiel, digna de ser imitada. Ao vermos em nossos dias as mais variadas igrejas, com as mais diversas liturgias, diferenças doutrinárias e denominações, nos perguntamos: “Qual é a igreja que queremos ser”? Ao olharmos para a igreja no livro de Atos 2, encontraremos as marcas de uma igreja verdadeira. Alguém já disse: “Só conseguiremos enxergar o futuro com os olhos do passado” [6].] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?

[1] Anchor Bible Dictionary, Volume I (Nova York: Doubleday, 1992) pág. 925. (O grifo é nosso).

[2] Notas sobre o Novo Testamento, Explicativas e Práticas, Albert Barnes, editado por Robert Frew DD, Atos (Grand Rapids: Baker Book House, 1967) pág. 185 em inglês.

[3] Wycliffe Bible Commentary (Chicago: Moody Press, 1962) pág. 1144 em inglês.

[4] Atos 11:26

[5] Dicionário Bíblico Fausset, A. R. Fausset (Grand Rapids: Zondervan, 1963) pág. 126 em inglês. Seria mais correto dizer “como chrematizo quase sempre exprime”, ou “normalmente exprime” no Novo Testamento.

[6] https://bereianos.blogspot.com.br/2009/08/igreja-que-queremos-ser-atos-2.html

I. CRESCIMENTO EVANGÉLICO E CRENÇAS RELIGIOSAS

1. Século I. O crescimento vertiginoso do Cristianismo, no Século I, trouxe a necessidade de se fazer alguns ajustes, para acomodar todas as vertentes étnicas e culturais emergentes. Diante disso, os apóstolos se reuniram em assembleia, na Cidade de Jerusalém, para resolver esse impasse, e ali estabeleceram os comportamentos que deveriam ser praticados por todos (At 15.20-22). As recomendações apostólicas eram um extrato de amor, santidade e comunhão entre os cristãos do mundo, um ponto de convergência comportamental. Os cristãos primitivos construíram a unidade sem negociar a verdade, pois queriam seguir juntos, com uma cosmovisão sólida e coerente, para que crescessem consistentemente, delineando a identidade cultural cristã. Eles conciliaram o que era aparentemente inconciliável, porque o Espírito Santo alinhou os entendimentos. [O objetivo de um concílio eclesiástico, convocado sob orientação divina, é preservar a unidade da Igreja no ESPÍRITO SANTO e conservar a sã doutrina. [7]. Ao retomar da primeira viagem, Paulo deparou com um problema sério no meio. dos judeus cristãos. Ele havia descoberto a fórmula da transculturação, ou seja, evangelizar os gentios sem os judaizar. Os radicais que permeavam a Igreja, os judaizantes, queriam que esses novos crentes seguissem o modus vivendi deles. Essa discussão deu origem ao Concílio de Jerusalém. DEUS abriu a porta da fé aos gentios.. Isso era ponto pacífico (At 11.18; 14.27). Outro problema surgiu sobre a situação deles: deviam ser judaizados? Essa questão era séria e podia ameaçar as bases do Cristianismo. Alguns dentre os de Jerusalém foram a Antioquia, dizendo que os gentios deviam se tomar judeus para serem salvos. Diziam que os gentios deviam viver o modus vivendi judaico, prescrito na lei (At 15.1,5). Isso era proveniente dos fariseus que se haviam convertido. Eles se apresentaram como vindos da parte de Tiago (GI 2.12), que jamais os autorizou, como ele mesmo declara (At 15.24). Saíram da igreja em Jerusalém, realmente, mas não foram autorizados a falar em nome dos apóstolos. Em Antioquia da Síria, eles fizeram um estrago muito grande. Até Pedro e Barnabé se deixaram levar por essa "dissimulação", fazendo "vista grossa" (GI 2.11- 13). Paulo entendeu com clareza meridiana o que isso representava e com justiça ficou revoltado. Repreendeu publicamente um dos principais líderes da Igreja (GI2.14). O texto de Atos 15.1-5 tem ligação com o testemunho de Paulo registrado em Gálatas 1.7 e 5.10. Esta carta foi escrita antes do Concílio de Jerusalém, se "às igrejas da Galácia" (GI 1.1), for uma referência às igrejas da Galácia do Sul, que Paulo e Barnabé fundaram na primeira viagem missionária: Antioquia da Pisídia, Icônio, Listra e Derbe. A DECISÃO DO CONCÍLIO:

1. "Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos". Esse preceito diz respeito às restrições que se referem aos alimentos sacrificados aos ídolos. Essa matéria foi aprofundada posteriormente por Paulo (Rm 14.13-16; I Co 8. 7-15; 10.23-33).

2. Proibição do sangue. A proibição de se alimentar de sangue está prevista na lei de Moisés (Lv 3.17). No entanto, ele era usado como alimento ou bebida pelos gentios.

Interpretar tal passagem, como proibição para a transfusão de sangue, sustentada pelas testemunhas-de-jeová, é uma "camisa-de-força" e não resiste à exegese bíblica. Primeiro, porque o sangue dessa passagem é o dos animais, e não o humano. Pois elas seriam obrigadas a admitir que a "carne sufocada" seja uma referência à carne humana. Em segundo lugar, porque nenhum preceito bíblico é nocivo à vida. Essa crença das testemunhas-de-jeová é condenada por JESUS (Mt 12.3-7).

3. Abstenção da carne sufocada. Esse preceito está na lei de Moisés (Gn 9.5; 17.10-16; Dt 12.16, 23-25). Era muito comum entre os gentios, e ainda hoje, abater animais sem o derramamento de seu sangue.

4. Abstenção da prostituição. O padrão moral deles estava muito aquém do judaico-cristão..Era grande o risco de os gentios convertidos naufragarem nessas práticas licenciosas. Havia nos templos a chamada "prostituição sagrada".

5. Caráter dessas regras. A expressão "destas coisas fazeis bem se vos guardardes" (v. 29) parece mais uma recomendação. Tiago acrescenta ainda: "Porque Moisés, desde os tempos antigos, tem em cada cidade quem o pregue e, cada sábado, é lido nas sinagogas" (v. 21). Isso significa que os judeus têm o alto padrão de conduta e um modus vivendi exemplar, porque estudam sobre isso nas sinagogas todos os sábados. Os gentios não aprenderam os bons costumes, porque nunca tiveram quem os ensinasse. Por essa razão, o modus vivendi deles era precário. Aplicar essa conduta judaica aos gentios era o mesmo que afirmar que a graça do Senhor não era suficiente. A lei de Moisés seria o complemento para a salvação. Isso reduziria o Cristianismo a uma mera seita do judaísmo e, além disso, confundiria com a identidade judaica. Nesse caso, era como se os cristãos de hoje usassem o talit (manto usado pelos judeus religiosos) e o kippar (solidéo que eles usam sobre a cabeça), alimentando-se apenas de khasher, como os judeus; além de outros ritos, como condição para a salvação.

6. Uma questão de consciência. Essas regras eram o mínimo que se pedia dos gentios, para não escandalizarem os judeus cristãos. Porém, mais por amor a eles. do que um meio de salvação. Uns acham que se trata de injunções e não ordenanças obrigatórias, usando como base Romanos 14.13-16; 1 Coríntios 8.7-13 e 10.27-29. Os contrários dizem que o assunto tratado por Paulo nas citações acima, é outro. [8].]

[7] Lição 11- O Primeiro Concílio da Igreja de Cristo, Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2011 - CPAD - Jovens e Adultos, Atos dos Apóstolos - Até aos confins da terra, Comentários da revista da CPAD: Pr. Claudionor de Andrade

[8] Revista CPAD - 3º Trimestre de 1996 - Atos - O padrão para a Igreja da Última Hora - Pr. Ezequias Soares - Lição 13 - O PRIMEIRO CONCÍLIO APOSTÓLICO - CPAD.

[yt_message_box title="Quer continuar lendo?" type="info" close="no" ]Para continuar lendo este artigo baixe o anexo no link abaixo.[/yt_message_box]

Fonte: http://auxilioebd.blogspot.com.br/2017/09/licao-11-crencas-religiosas.html Acesso em 06 set. 2017