Lição 7 - Uma promessa de restauração I

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ASSEMBLEIA DE DEUS TRADICIONAL - CEADTAM - CGABD

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

QUARTO TRIMESTRE DE 2025

Jovens: EXORTAÇÃO, ARREPENDIMENTO E ESPERANÇA: o ministério profético de Jeremias

COMENTARISTA: Elias Rangel Torralbo

COMENTÁRIO: PB. ANTONIO VITOR DE LIMA BORBA

LIÇÃO 7 - UMA PROMESSA DE RESTAURAÇÃO

O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.

A ALIANÇA DE DEUS COM O SEU POVO

E impossível compreender a ação de Deus no mundo e em favor da humanidade sem levar o tema da aliança que fez com o seu povo em alta consideração, principalmente por se tratar de algo central nessa relação. Ao longo de todo o Antigo Testamento, Deus fez alianças com indivíduos, como Noé (Gn 9), com Abraão (Gn 12,15 e 17) e com Davi (2 Sm 7 e SI 89), mas todas essas alianças estiveram, em alguma medida ou de alguma forma, alinhadas ao que Deus viria a fazer e fez com Israel (Ex 19.24).

Precisamos entender a aliança como uma espécie de pacto, onde duas partes entram em acordo sobre algo e decidem como proceder de acordo com o proposto. Desse modo, podemos olhar nas Escrituras o tema aliança bem presente, que apesar de parecerem distintas nos dois Testamentos, elas coadunam no mesmo sentido.

Aliança é um tema amplo, cujo sentido e significado reafirmam o seu papel central em temas fundamentais da Bíblia, desde a nomeação de Israel como seu povo, a salvação do perdido, a instituição da igreja e, como se percebeu, até em temas escatológicos. Quanto às partes envolvidas na aliança de Deus com o seu povo, em Êxodo 19.3-6 elas aparecem, com a informação de Deus falando com Israel (v. 3), a apresentação da obediência como o meio para manter esta (v. 5), seguidos das garantias e das promessas como recompensas à fidelidade a Deus, que chamou a Israel a pertencer-lhe exclusivamente como uma nação sacerdotal (w.5,6).

Muitos profetas e grandes homens da Bíblia foram comissionados a apresentarem a aliança de Deus para com o seu povo. Moisés, o grande nome da antiga aliança, destaca-se por ser o líder que conduzia o povo quando a aliança do Sinai foi firmada. Ele foi o interlocutor de Deus para com o povo de Israel. Depois disso, muitos profetas foram responsáveis por lembrar o povo da aliança firmada no Sinai, mas, também, apontar para uma nova e maior aliança que seria firmada em Cristo.

Do mesmo modo, Jeremias, o profeta, não foi isento da responsabilidade de proclamar ao povo sobre essa Nova Aliança, pelo contrário, os capítulos 30 a 33 de seu livro são compostos de informações detalhadas a respeito disso, reafirmando, tanto a promessa de restauração, como a fidelidade divina. Neste contexto é possível perceber a presença constante da Palavra de Deus sendo empenhada na renovação de suas promessas em áreas como a saúde, a restauração, a alegria, o bem-estar, a natureza eterna do pacto de Deus com a casa de Davi e a renovação do sacerdócio levítico que viria a ser restaurado após o cativeiro.

O CARÁTER DE DEUS E A RESTAURAÇÃO DE SEU POVO

E possível conhecer a Deus. Embora esse conhecimento seja limitado, ele é suficiente para o ser humano render-se ao Criador ou rejeitá-lo, tornando-se indesculpável e todo este conhecimento é pautado e orientado pelas Escrituras que, dentre outras verdades, informa que as obras e ações de Deus testificam de seu caráter, ou seja, é possível conhecer, não somente o que Ele é capaz de fazer, mas em especial quem Ele é. Como se vê, os atributos de Deus dizem respeito ao seu caráter e podem ser conhecidos pelas suas obras.

Precisamos desse conhecimento que nos é fornecido pelas Escrituras para poder compreender o cuidado de Deus com todos. O caráter único de Deus é quem o faz ser Aquele que é incomparável. Suas obras declaram quem Ele é, e por isso não existe ninguém igual em nenhum outro lugar.

Não somente as obras criadas por Deus testificam a seu respeito, mas também a forma com que Ele se relaciona e cuida de seu povo, como pela manifestação de sua justiça, de sua fidelidade e de seu amor. Judá dos dias de Jeremias é um exemplo vivo a este respeito, pois, diante de todos os seus desvios, ouviu o interesse de Deus em lhes dar uma nova chance de restauração e experimentar o equilíbrio entre a sua justiça, a sua fidelidade e o seu amor, no contexto do cativeiro babilônico.

Mesmo assim é como o pecador. O nosso Deus continua a oferecer o caminho da salvação para aqueles que precisam. Ele continua a amar da mesma forma a cada ser humano, e isso ficou materializado na morte do Seu Filho para que todo que creia tenha a vida eterna (Jo 3.16).

O CAMINHO É OS RESULTADOS DA RESTAURAÇÃO DIVINA

Há passagens bíblicas, tanto no Antigo como no Novo Testamento, que confirmam o princípio divino de condicionar benefícios a alguns passos e algumas atitudes previamente exigidas (ver Dt 28.1). De acordo com esse texto, as condições de ouvir a voz de Deus e de guardar os seus mandamentos, permitiriam que Israel experimentasse bênçãos extraordinárias (v. 2). Os versículos subsequentes, mais especificamente do versículo 3 ao 14 estão elencadas detalhadamente as mais diferentes áreas da vida de Israel que seriam tocadas por essas bênçãos divinas.

A aliança de Deus para com Israel era justamente isso: se o povo obedecesse a voz do Senhor e agisse com fidelidade, seria a luz para as nações e teria paz entre seus muros sob o cuidado de Deus. Contudo, o povo decidiu abrir mão disso tudo para se comparar com os povos pagãos ao seu redor.

Esse princípio não ficou restrito apenas ao Antigo Testamento, pelo contrário, o texto neotestamentário reafirma-o, demonstrando que Deus continua a apontar caminhos pelos quais os seus servos, ao trilhar por eles, poderão alcançar as mais ricas bênçãos, como se lê em Hebreus 3.7,8 e 15. O Senhor Jesus também se utilizou deste mesmo princípio em ensinamentos aos seus discípulos, conforme João 15.7. Note que o caminho é a íntima relação entre Jesus e os discípulos, pautada na observância e obediência de sua Palavra, enquanto o destino é a certeza de ter a promessa de a porta estar aberta para expor os pedidos ao Pai e ser atendido por Ele.

Somos convidados a andar no caminho que é o nosso Senhor Jesus Cristo (Jo 15.6). E nesse caminho, aprendemos que o roteiro principal está na prática da oração e jejum, leitura da Palavra de Deus e produção de frutos dignos de arrependimento, que nos garantem a vida eterna junto ao Pai.

O caminho para alcançar esses benefícios tão gloriosos e desejáveis foi o da oração, da gratidão e do arrependimento, servindo, inclusive, de uma santa convocação à igreja da atualidade a elevar a importância e a prática da oração, da gratidão e do arrependimento, com vistas a alcançar renovação espiritual em um tempo marcado pelas suas complexidades e confusões.

COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PB. ANTONIO VITOR LIMA BORBA