ASSEMBLEIA DE DEUS TRADICIONAL - CEADTAM - CGABD
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
QUARTO TRIMESTRE DE 2025
Jovens: EXORTAÇÃO, ARREPENDIMENTO E ESPERANÇA: o ministério profético de Jeremias
COMENTARISTA: Elias Rangel Torralbo
COMENTÁRIO: PB. ANTONIO VITOR DE LIMA BORBA
LIÇÃO 2 - A MENSAGEM DE JEREMIAS PARA JUDÁ
O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.
A PALAVRA PROFÉTICA ENVIADA A JUDÁ
A profecia tem em Deus a sua fonte, a Palavra de Deus como fundamento e a manifestação da vontade divina e o arrependimento do povo como objetivos principais. Nesse sentido, a profecia é fruto da intervenção de Deus na história dos homens, principalmente em tempos de crise, pois foi em períodos assim que as profecias do antigo testamento tiveram o maior florescimento. Haja vista os ministérios de Oséias e Jeremias.
Um profeta vive uma vida de desafios. Seu chamado se dá em períodos onde a crise espiritual está em seu mais alto nível, fazendo com que sua mensagem seja confrontada por todo o povo e, com isso, as perseguições se elevem sobre o seu entorno. Contudo, o profeta tem sobre seus ombros uma grande responsabilidade: ser a voz de Deus para uma geração falida.
O profeta do Antigo Testamento era a voz contemporânea de Deus, soando corajosamente, não somente para predizer os futuros eventos, mas para corrigir os pecados e formar uma justa sociedade moral. Por cerca de 700 anos da história de Israel aproximadamente, desde o tempo de Samuel até o fechamento do Antigo Testamento, os profetas serviram a Deus e as suas próprias gerações.
Com Jeremias não foi diferente. Ele foi chamado como profeta para levantar e derribar. Sua vocação se deu num grande momento de crise do povo judeu, a ponto de que somente um duro juízo serviria como forma de alertar a nação o quanto estavam distantes do Senhor.
Jeremias foi enviado, originalmente, ao Reino de Judá, com a missão de advertir os seus moradores acerca de sua iminente queda e destruição, o que veio realmente a acontecer no ano de 586 a.C. pela invasão da Babilônia em Jerusalém. Com isso, Judá passou de um reino para uma simples e pequena província, como fruto do juízo divino que foi amplamente anunciado pelo profeta Jeremias.
A DURA ADVERTÊNCIA DIVINA
A condição na qual o ser humano se encontra, em que a sua natureza é caída e inclinada ao mal, em um primeiro momento, a pessoa corrigida não consegue ver vantagens na correção, entretanto, o texto deixa claro que, ao contrário disso, ela traz "fruto pacífico de justiça", isto é, a correção produz paz e justiça, duas das três características do reino de Deus (Rm 14. 17).
Ser corrigido nunca será bom, contudo, sempre será necessário. Infelizmente como seres humanos não gostamos de sermos corrigidos, mas só quem corrige alguém é porque demonstra amor a outra pessoa, desde que a correção ocorra com sabedoria e prudência, algo muito pertinente para a validade da correção.
A manifestação da ira de Deus revela a sua repulsa ao pecado e firma-se, tanto em sua santidade como em sua justiça. A ira de Deus não tem como objetivo gerar medo e nem tampouco castigar somente pelo castigo em si, antes, a sua finalidade é levar a pessoa ao reconhecimento de seu próprio erro, a arrepender-se e mudar de vida, pois o seu prazer é que a sua bondade seja experimentada (3.12-13), afinal, os seus pensamentos são de paz e não de mal para com os seus (29.11,13).
Deus estava irado com a nação de Israel, contudo, ainda assim demonstrou misericórdia ao enviar Jeremias para profetizar ao povo. Porém, eles não quiseram o ouvir, o que prejudicou ainda mais o seu estado diante do Todo-Poderoso.
Por causa da ingratidão, o povo de Deus incorreu em outros pecados, como o da idolatria que, de acordo com a ação profética de Jeremias, é possível perceber ter sido o maior e principal deles, mesmo porque foi a quebra do mandamento mais fundamental de todos (Êx 20.3). Uma demonstração do quão longe eles chegaram com a idolatria pode ser vista na informação de que os profetas de Deus passaram a profetizar por Baal (v. 8) que compõe a parte na qual consta a condenação divina anunciada por Jeremias (3.6-8). A questão central é a questão em torno da forma com que o povo retribuiu as obras bondosas de Deus em seu favor (w. 6-7). Sendo assim, Judá pecou por ter trilhado o caminho da ingratidão e da indiferença ao cuidado de Deus na história (2.5-21), de afastamento do Senhor (2.13) e assim, pecaram contra Deus (3.25).
UM CHAMADO AO ARREPENDIMENTO
Na dinâmica do arrependimento, Deus é o centro, enquanto o ser humano está distante de seu Criador em virtude de sua condição de pecado e a pregação do evangelho é o convite divino para que o homem reconheça o seu estado e se arrependa, voltando-se para o Senhor. Outra expressão que contribui com a compreensão de arrependimento é "converter-se", cujo significado é mudar de direção.
No arrependimento o pecador se desvia do caminho que está o conduzindo ao abismo eterno, voltando-se em direção à salvação fornecida por Deus. O chamado ao arrependimento ocorre como forma de representar o amor de Deus ao faltoso, fazendo-o entender que necessita de socorro para sua alma.
O profeta Jeremias foi conduzido por Deus a convocar o seu povo ao arrependimento, tendo em vista a sua restauração, começando pelo despertar de sua consciência, o povo foi levado a se lembrar das grandes obras que o Senhor havia operado na história, em demonstração de cuidado (2.5-7). Com isso, Judá foi confrontado ao ter de enxergar a sua própria condição de ingratidão e de apostasia espirituais (2.8-13 ;3.6- I l), e Jeremias convocou o povo ao arrependimento, pois fazendo assim, seria livre da justa ira divina (3.12), teria a comunhão com Deus restaurada (3.14), seria liderado por homens espirituais segundo o coração de Deus (3.15) e a presença de Deus seria constante e suficiente entre o seu povo
(3.16-18).
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PB. ANTONIO VITOR LIMA BORBA