ASSEMBLEIA DE DEUS TRADICIONAL - CEADTAM - CGABD
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
TERCEIRO TRIMESTRE DE 2025
Jovens: O VERDADEIRO EVANGELHO
COMENTARISTA: Alexandre Coelho
COMENTÁRIO: PB. ANTONIO VITOR DE LIMA BORBA
LIÇÃO 13 - AS MARCAS DE CRISTO
O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.
O BEM DEVE PERMANECER SENDO FEITO
Não é apenas o pecado que cansa; fazer o bem também pode produzir cansaço. Nem sempre praticar o bem traz recompensas imediatas. Nem sempre quem recebe o bem reconhece e agradece a seu benfeitor. Por isso, muitos estão cansados na obra e da obra. Neste mundo há os que fazem o mal, os que pagam o bem com o mal, e os que pagam o bem com o bem e o mal com o mal. Mas nós devemos fazer o bem, pagar o mal com o bem e jamais nos cansarmos de fazer o bem.
E triste o número de pessoas que estão sucumbindo na caminhada por estarem cansados do bem que praticam, tendo em vista o ambiente que a igreja do presente século está produzindo. Estamos criando fardos pesados demais, sendo que o cuidado ao próximo deveria ser leve.
Paulo nos instrui a não nos cansarmos de ajudar ao nosso próximo, de praticar boas ações e de exercer generosidade, pois o vasto número de necessitados nos sucumbe; e os pedidos que se acumulam sobre nós, vindos de todos os lados, exaurem a nossa paciência.
Nosso fervor é abrandado pela frieza de outras pessoas.
Precisamos refletir que muitas vezes a injustiça vai operar e falar mais alto que ajustiça, e com isso o retorno do bem que fazemos não será imediato. Por isso, o exercício do fazer o bem deve ser exercido com sabedoria, sabendo que a colheita do que estamos plantando pode demorar um pouco.
A semeadura muitas vezes é feita com lágrimas, mas a colheita é certa, segura e jubilosa (SI 126.5,6). Ela pode demorar, mas não falhará. A recompensa da semeadura é prometida pelo próprio Deus. "Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé" (6.10).
APARÊNCIA NA CARNE
O mesmo embate que se travou desde o início da carta ainda está em andamento. Agora, porém, Paulo desmascara os falsos mestres e mostra sua real motivação. A questão não era tanto zelo religioso, mas conveniência. Eles queriam escapar da perseguição por causa da cruz de Cristo. Os judaizantes não estavam preparados para suportar o opróbrio que cai sobre os seguidores da quele que morreu sob a maldição da lei. Por esta razão, entregaram-se a uma busca desenfreada de glória para si mesmos, ao fazer discípulos de sua causa hipócrita.
Quem foge do compromisso com Cristo o faz por um propósito pessoal, e isso foi evidenciado na vida dos judaizantes. Eles desejavam o Cristo com conveniência, e não estavam dispostos a sofrerem pelo verdadeiro Evangelho que permanece.
Os judaizantes eram arrogantes por um lado e persuasivos por outro. Ostentavam-se na carne e constrangiam os crentes gentios a se circuncidarem. O grito de guerra deles era: "Se não vos circuncidardes [...] não podeis ser salvos" (At 15.1); assim negavam que a salvação fosse exclusivamente pela fé em Cristo. A circuncisão havia sido dada por Deus a Abraão como um sinal de sua aliança (Gn 17.9, 10). Mas em si mesma ela não era nada. Os judaizantes, porém, elevaram a circuncisão a uma ordenança de importância central, sem a qual ninguém poderia ser salvo.
Eles queriam tornar importante algo que já havia sido abolido na cruz. Cristo conquistou a liberdade que tanto procurávamos, e por isso não devemos atar aos nossos pés cadeias pesadas demais de suportar.
Esses judaizantes andavam de peito estufado, gloriando- se na carne; eram bons marqueteiros e sabiam "vender o seu peixe", pois constrangiam os crentes da Galácia a se circuncidarem. A empáfia desses judaizantes, porém, com sua balofa ostentação carnal, tinha como finalidade fazer proselitismo dentro da igreja para escapar da perseguição.
PALAVRAS FINAIS
Paulo faz um contraste entre os falsos mestres que se gloriavam na carne, e ele, ministro verdadeiro, que se gloriava exclusivamente na cruz de Cristo. Paulo conhecia a Pessoa da cruz; Jesus é mencionado pelo menos 45 vezes nessa carta. Paulo conhecia o poder da cruz; a cruz deixou de ser uma pedra de tropeço para ele e se tornou a pedra fundamental de sua mensagem. Paulo conhecia o propósito da cruz; esse propósito era mostrar ao mundo o Israel de Deus, formado de judeus e gentios.
Paulo carregava consigo experiências jamais vividas pelos seus opositores que, ao contrário do apóstolo, desejavam agregar rudimentos ao Evangelho para se livrarem da dura oposição. Paulo podia diante de todos dizer que carregava consigo as marcas do evangelho de Cristo.
A palavra grega para "marcas" é stigmata. Sem dúvida essas marcas foram os ferimentos que ele recebeu em diversas perseguições por amor a Cristo. Paulo foi apedrejado na cidade de Listra, na província da Galácia (At 14.19). Ele recebeu dos judeus 195 açoites e foi três vezes fustigado com varas pelos romanos (2Co I I .23-25). Paulo foi preso em Filipos, Jerusalém, Cesareia e Roma. Seu sofrimento pelo evangelho e os ferimentos que seus perseguidores lhe infligiram e as cicatrizes que ficaram eram as "marcas de Jesus". Essas eram suas verdadeiras credenciais, e isso bastava.
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PB. ANTONIO VITOR LIMA BORBA