ASSEMBLEIA DE DEUS TRADICIONAL - CEADTAM - CGABD
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
TERCEIRO TRIMESTRE DE 2025
Jovens: O VERDADEIRO EVANGELHO
COMENTARISTA: Alexandre Coelho
COMENTÁRIO: PB. ANTONIO VITOR DE LIMA BORBA
LIÇÃO 11 - A CARNE E O ESPÍRITO: A LUTA QUE EXISTE EM NÓS
O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.
ANDANDO NO ESPÍRITO
O apóstolo Paulo identificou dois grandes perigos que atacavam as igrejas da Galácia. O primeiro é passar da liberdade para a escravidão (5.1), e o segundo implica transformar a liberdade em licenciosidade. Nos versículos 13 a 15, Paulo enfatizou que a verdadeira liberdade cristã se expressa no autocontrole, no serviço de amor ao próximo e na obediência à lei de Deus. A questão agora é: Como essas coisas são possíveis? E a resposta é: pelo Espírito Santo.
Vivemos em confronto. A nossa natureza pecaminosa tenta nos dominar a cada dia, tentando fazer com que venhamos fracassar em nossa caminhada. O que Paulo expressa nessa parte de sua carta alerta-nos continuamente, pois de um lado a carne tenta fazer com que venhamos nos afastar de Deus, contudo, quando fortalecemos o Espírito apresentamos a mudança que Cristo realizou em nós.
A vida cristã é um campo de batalha. Trava-se nesse campo uma guerra sem trégua entre a carne e o Espírito. O Espírito e a carne têm desejos diferentes, e é isso o que gera os conflitos. [...] A "carne" representa o que somos por nascimento natural, e o "Espírito", o que nos tornamos pelo novo nascimento, o nascimento do Espírito.
Não podemos tosquenejar, nem baixar nossas defesas nessa guerra. Essa luta interior não dá tréguas, e vencerá a parte que for melhor alimentada. Carne e Espírito são rivais implacáveis, e por isso precisamos estar prontos para fortalecer o lado correto dessa peleja.
Se alimentarmos a carne, fazendo provisão para ela, fracassaremos irremediavelmente.
Porém, se andarmos no Espírito, jamais satisfaremos esses apetites desenfreados da carne. [...] Fomos salvos da condenação e do poder do pecado, mas não ainda da presença do pecado. No campo do nosso coração ainda se trava uma guerra sem pausa, o conflito permanente entre a carne e o Espírito. Eles são opostos entre si. Alimentar, portanto, a carne é ultrajar, entristecer e apagar o Espírito. Precisamos sujeitar nossa vontade ao Espírito em vez de entregar o comando da nossa vida à carne.
AÇÕES DA CARNE
A carne tem desejos ardentes que nos arrastam para longe de Deus, pois os impulsos da carne são inimizade contra Deus. Os desejos da carne levam à morte. A palavra grega epithumia, traduzida por "concupiscência", é geralmente usada no sentido de ansiar por coisas proibidas.
A lista que o apóstolo Paulo apresenta define algumas áreas nas quais a carne atua para nos distanciar de Deus. E fato de que a lista não é exaustiva, pois não busca apontar todos os pecados que a carne atua.
Os primeiros três pecados da lista são pecados da área sexual. Essas três palavras são suficientes para mostrar que todas as ofensas sexuais, sejam elas públicas ou particulares, "naturais" ou "anormais", entre pessoas casadas ou solteiras, devem ser classificadas como obras da carne. [...] Em segundo lugar, os pecados religiosos. idolatria, feitiçarias..." (5.20a). Esses dois pecados falam de ofensa a Deus, pois são uma perversão do culto a Deus. [...] Em terceiro lugar, os pecados sociais. inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas..." (5.20b,21a). Esses oito pecados envolvem transgressões ligadas aos relacionamentos. [...] Em quarto lugar, os pecados pessoais. ...bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas..." (5.21 b). Esses dois últimos pecados têm a ver com a intemperança ou o abuso e a falta de domínio próprio na área de comida e bebida.
E fato que em algum momento podemos fracassar em um ponto específico, pois estamos nesse mundo e sujeitos a pecar. Contudo, não podemos viver escravizados pelos desejos apresentados pela carne, pois isso nos fará distanciar de Deus e nos colocar como servos dos nossos próprios desejos.
Paulo não está falando de um ato pecaminoso, mas sim do hábito de pecar. Aqueles que praticam o pecado não herdarão o Reino de Deus. Aqueles que vivem na prática do pecado e não se deleitam na santidade nem mesmo encontrariam ambiente no céu.
O FRUTO DO ESPÍRITO
O apóstolo Paulo faz um contraste entre as obras da carne e o fruto do Espírito. Se as obras falam de esforço, o fruto é algo natural. [...] a mudança das "obras" para "fruto" é importante porque remove a ênfase do esforço humano. As obras da carne são resultado do nosso labor; o fruto do Espírito é realização do Espírito em nós.
O fruto é a impressão do Espírito Santo na vida do salvo. Não somos nós que possuímos a capacidade de imprimir essas qualidades em nossa conduta, até porque a nossa natureza pecaminosa não nos permite ter essa autonomia. Precisamos da atuação do Espírito Santo em nós.
O fruto de que Paulo está tratando é a criação do Espírito Santo. Ele não brota da nossa natureza, nem é produto da educação mais refinada. Esse fruto é variado, uma vez que Paulo menciona nove virtudes morais que são produzidas pelo próprio Espírito. Finalmente, esse fruto precisa ser cultivado de forma espontânea para que se tome proveitoso e assaz saboroso.
Somente através de uma vida dedicada à oração e à leitura da Palavra de Deus fará esse fruto brotar em nossos corações. Precisamos entender a importância de possuirmos essas qualidades, pois ela é a marca do verdadeiro cristão.
O fruto do Espírito não pode ser criado artificialmente nem pode ser simulado. Ninguém frutificará alheio à operação do Espírito Santo. Vale ressaltar que Paulo não fala de frutos, mas do fruto. Essas nove virtudes são como que gomos de um mesmo fruto. Não podemos ter um fruto e ser desprovidos de outros.
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PB. ANTONIO VITOR LIMA BORBA