Lição 4 - O cristão diante da pobreza e da desigualdade social IV

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ASSEMBLEIA DE DEUS - CAMPINA GRANDE/PB

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

QUARTO TRIMESTRE DE 2017

Jovens:SEGUIDORES DE CRISTO: Testemunhando numa sociedade em ruínas

COMENTARISTA: VALMIR NASCIMENTO

COMENTARISTA: PROF. FRANCISCO DE ASSIS BARBOSA

LIÇÃO Nº 4 – O CRISTÃO DIANTE DA POBREZA E DA DESIGUALDADE SOCIAL

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A desigualdade social e a pobreza são problemas sociais presentes em praticamente todos os países do mundo, mas principalmente nas nações em desenvolvimento do Sul Global, incluindo o Brasil. Aqui, milhares de famílias vivem em condição de miséria, cuja renda é insuficiente para suprir as necessidades básicas. Não há como viver indiferente a esta realidade calamitosa! Diante disso, a presente lição demonstrará a importância da participação cristã nas obras sociais, como expressão de amor e misericórdia, e como os princípios bíblicos podem contribuir para a formação de uma sociedade livre, justa e produtiva. [Comentário: Qual a origem da desigualdade social e da pobreza? Estes fatos são consequência da má distribuição da riqueza. Segundo Orson Camargo, Graduado em Sociologia e Política pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP e Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, “A desigualdade social e a pobreza são problemas sociais que afetam a maioria dos países na atualidade. A pobreza existe em todos os países, pobres ou ricos, mas a desigualdade social é um fenômeno que ocorre principalmente em países não desenvolvidos. O conceito de desigualdade social é um guarda-chuva que compreende diversos tipos de desigualdades, desde desigualdade de oportunidade, resultado, etc., até desigualdade de escolaridade, de renda, de gênero, etc. De modo geral, a desigualdade econômica – a mais conhecida – é chamada imprecisamente de desigualdade social, dada pela distribuição desigual de renda. No Brasil, a desigualdade social tem sido um cartão de visita para o mundo, pois é um dos países mais desiguais. Segundo dados da ONU, em 2005 o Brasil era a 8º nação mais desigual do mundo. O índice Gini, que mede a desigualdade de renda, divulgou em 2009 que a do Brasil caiu de 0,58 para 0,52 (quanto mais próximo de 1, maior a desigualdade), porém esta ainda é gritante”1 Como cristãos não podemos deixar de dar uma resposta à questão da desigualdade social que esmaga os pobres. Uma resposta consistente e a partir de um viés bíblico. O abismo que separa pobres e ricos de forma tão extrema tem como causa a ausência da justiça entre a humanidade. Não é por menos que a Bíblia está repleta de textos que abordam de forma enfática esta temática. São mais de três mil referências sobre justiça e pobreza em sua maioria com um tom de denúncia e indignação da parte de Deus2. Boa Aula!] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?

1. CAMARGO, Orson."Desigualdade social"; Brasil Escola. Disponível em http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/classes-sociais.htm. Acesso em 06 de outubro de 2017.

2. AURÉLIO Marcos. “A desigualdade social e o deus da justiça”. Disponível em http://www.teologiaevida.com.br/2016/07/a-desigualdade-social-e-o-deus-da.html. Acesso em 06 de outubro de 2017.

I. A ASCENSÃO ECONÔMICA E O CUIDADO COM O POBRE

1. A pobreza nas Escrituras. Nas Escrituras, o pobre é retratado como a pessoa necessitada, desamparada ou que se encontra em situação de miséria (Sl 37.25; 72.13; Lc 16.20; 1Tm 5.5). A pobreza é um fenômeno complexo e vários fatores econômicos e sociais podem contribuir para que alguém chegue a esta condição, tais como: desastres naturais, dívidas, falta de emprego, política econômica inadequada e até mesmo a preguiça (Pv 19.15). Em todos os casos não é suficiente olhar para o pobre simplesmente a partir da situação social ou econômica imediata. Biblicamente, devemos compreender que vivemos em um mundo caído, e a pobreza, assim como a doença e a morte, resulta da rebelião do homem contra o Criador. [Comentário: Do site Got Questions Ministries transcrevo o artigo “O que a Bíblia diz sobre a justiça social?”: “Antes de discutir a visão cristã da justiça social, precisamos definir os termos. A justiça social é um conceito tão politicamente carregado que realmente não pode ser dissociado do seu contexto moderno. A justiça social é muitas vezes usada como um grito de guerra para muitos no lado esquerdo do espectro político. Este trecho da pesquisa "Justiça Social" na Wikipédia (traduzido do inglês) é uma boa definição deste conceito: "A justiça social é também um conceito que alguns usam para descrever o movimento em direção a um mundo socialmente justo. Neste contexto, a justiça social baseia-se nos conceitos de igualdade e direitos humanos, e envolve um maior grau de igualitarismo econômico através da tributação progressiva, da redistribuição de renda ou até mesmo da redistribuição da propriedade. Essas políticas visam atingir o que os economistas de desenvolvimento chamam de igualdade de oportunidades, a qual pode realmente existir em algumas sociedades, e para a fabricação de igualdade de resultados nos casos em que as desigualdades inerentes aparecem em um sistema processualmente justo". A palavra-chave nesta definição é "igualitarismo". Esta palavra, juntamente com as frases "redistribuição de renda", "redistribuição da propriedade" e "igualdade de resultados", diz muito sobre a justiça social. O igualitarismo, como uma doutrina política, essencialmente promove a ideia de que todas as pessoas devem ter os mesmos (iguais) direitos políticos, sociais, econômicos e civis. Esta ideia é baseada no fundamento dos direitos humanos inalienáveis consagrados em documentos como a Declaração de Independência Americana. No entanto, como uma doutrina econômica, o igualitarismo é a força motriz por trás do socialismo e do comunismo. É o igualitarismo econômico que visa remover as barreiras da desigualdade econômica por meio da redistribuição da riqueza. Vemos isso sendo implementado através de programas de assistência social onde as políticas fiscais progressistas tomam proporcionalmente mais dinheiro de pessoas ricas a fim de elevar o padrão de vida para as pessoas que não têm as mesmas condições. Em outras palavras, o governo tira dos ricos e dá aos pobres. O problema com essa doutrina é duplo: primeiro, há uma premissa equivocada no igualitarismo econômico de que os ricos se tornaram ricos através da exploração dos pobres. Grande parte da literatura socialista dos últimos 150 anos promove essa premissa. Isso pode ter sido o caso principal quando Karl Marx escreveu o seu primeiro Manifesto Comunista, e ainda hoje pode ser o caso por parte do tempo, mas certamente não o tempo todo. Em segundo lugar, os programas socialistas tendem a criar mais problemas do que resolvem; em outras palavras, eles não funcionam. Os programas de assistência social, os quais usam a receita fiscal pública para complementar a renda da população subempregada ou desempregada, normalmente têm o efeito de tornar os beneficiários dependentes da ajuda governamental ao invés de encorajá-los a tentar melhorar a sua situação. Todo caso em que o socialismo/comunismo foi implementado em escala nacional foi um fracasso, não conseguindo remover as distinções de classe na sociedade. Em vez disso, tudo que faz é substituir a distinção entre a nobreza e o homem comum com uma distinção entre a classe de trabalho e classe política. Qual, então, é a visão cristã da justiça social? A Bíblia ensina que Deus é um Deus de justiça. De fato, "Deus é... justo e reto" (Deuteronômio 32:4). Além disso, a Bíblia sustenta a noção de justiça social na qual a preocupação e os cuidados são mostrados a favor dos pobres e aflitos (Deuteronômio 10:18, 24:17, 27:19). A Bíblia muitas vezes se refere ao órfão, à viúva e ao estrangeiro - ou seja, pessoas que não eram capazes de cuidar de si mesmas ou não tinham um sistema de apoio. A nação de Israel foi ordenada por Deus para cuidar dos menos afortunados da sociedade, e seu eventual fracasso de fazer isso foi em parte a razão para o seu julgamento e expulsão da terra. Quando Jesus pregou o Sermão do Monte, Ele mencionou cuidar dos "pequeninos" (Mateus 25:40) e Tiago, em sua epístola, expõe a natureza da "verdadeira religião" (Tiago 1:27). Assim, se por "justiça social" queremos dizer que a sociedade tem a obrigação moral de cuidar dos menos afortunados, então isso é correto. Deus sabe que, devido à queda, haverá viúvas, órfãos e peregrinos na sociedade, e Ele fez provisões no antigo e novo testamento para cuidar deles. O modelo de tal comportamento é o próprio Jesus, o qual refletiu o senso de justiça de Deus ao levar a mensagem do evangelho até mesmo aos párias da sociedade. No entanto, a noção cristã de justiça social é diferente da noção contemporânea de justiça social. As exortações bíblicas para cuidar dos pobres são mais individuais do que da sociedade como um todo. Em outras palavras, cada cristão é encorajado a fazer o que puder para ajudar o "menor destes." A base para tais mandamentos bíblicos encontra-se no segundo dos grandes mandamentos - amar ao próximo como a si mesmo (Mateus 22:39). A noção de justiça social de hoje substitui o indivíduo com o governo, o qual, por meio de impostos e outros meios, redistribui a riqueza. Esta política não incentiva a doação motivada pelo amor, mas apenas o ressentimento daqueles que vêem a riqueza pela qual tanto trabalharam sendo tirada deles. Uma outra diferença é que a cosmovisão cristã da justiça social não supõe que os ricos são os beneficiários de lucros indevidos.”3.]

3. Got Questions Ministries. “O que a Bíblia diz sobre a justiça social?” Disponível emhttps://www.gotquestions.org/Portugues/justica-social.html. Acesso em 06 de outubro de 2017.

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Fonte: http://auxilioebd.blogspot.com.br/2017/10/licao-4-jovens-o-cristao-diante-da.html Acesso em 18 out. 2017