ASSEMBLEIA DE DEUS NO RIO GRANDE DO NORTE - IEADERN - Congregação Ebenézer - Pólo Setor 24
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
QUARTO TRIMESTRE DE 2023
Jovens: A PROVA DA VOSSA FÉ: vencendo a incredulidade para uma vida bem-sucedida
COMENTARISTA: Eduardo Leandro Alves
COMENTÁRIO: PB. ANTONIO VITOR LIMA BORBA
LIÇÃO 11 - FÉ PARA CRER QUE O ESPÍRITO SANTO É DEUS
O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula e apresentar um subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.
O ESPÍRITO SANTO NAS ESCRITURAS SAGRADAS
Tratar de doutrinas bíblicas pentecostais exige que comecemos falando sobre a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, o Espírito Santo. Assuntos como “a Bíblia revela a deidade absoluta do Espírito Santo, sua personalidade e atributos divinos”; “a comunhão perfeita na Trindade, com ênfase na relação do Espírito com o Filho”; e “a atuação do Espírito Santo na Criação e no ser humano” serão trabalhados na primeira aula do trimestre.
Temos o pleno conhecimento que o texto bíblico foi escrito por 40 homens inspirados pelo Espírito Santo, que no decorrer de aproximadamente 1.600 anos, sob a tutela do sopro da iluminação divina exercida pelo Espírito Santo, conduziram a redação das poderosas letras sagradas que chegaram até nós.
Porém, todo o cristão precisa compreender o que a Bíblia fala a respeito da Terceira Pessoa da Trindade. Em primeiro plano, devemos entender que a Bíblia apresenta a Pessoa do Espírito Santo como agente integrante da Santíssima Trindade. “Ele é mencionado junto com o Pai e o Filho (Mt 28.19; 2. Co 13.13) e a Bíblia afirma que os três são um (1 Jo 5.7). Assim, há ‘um só Espírito’ (Ef 4.4); ‘um só Senhor’ (Ef 4.5); e ‘um só Deus e Pai de todos’ (Ef 4.6). O Espírito é chamado de ‘Espírito de Deus’ (Rm 8.9); ‘Espírito do Pai’ (Mt 10.20; ‘o Espírito de Cristo’ (Rm 8.9; 1 Pe 1.11); ‘o Espírito de Jesus’ (At 16.7), indicando assim que Ele os representa e também age por Eles; quando o Espírito Santo opera, o Cristo vivo está presente (Jo 14.18)”.
A Bíblia também revela o Espírito Santo como uma Pessoa com personalidade, pois Ele tem vontade (1 Co 12.11), conhecimento (1 Co 2.11), sentimento (Ef 4.30), amor (Rm 15.30); também podemos encontrar nas Escrituras atitudes de pessoas para com o Espírito Santo, que somente poderiam ser realizadas para com alguém possuidor de personalidade, pois vejamos: Ananias mentiu ao Espírito Santo (At 5.3); a Bíblia ainda revela que alguém pode “falar contra” Ele (Mt 12.32); portanto, “O Espírito Santo é uma pessoa, é Deus”.
A Bíblia revela os atributos pessoais do Espírito Santo. Ele ensina (Jo 14.26), fala (Ap 2.7, 11, 17), guia (Rm 8.14; Gl 5.18), clama (Gl 4.6), convence (Jo 16.7,8), testifica (Jo 15.26; Rm 8.16), escolhe obreiros (At 13.2; 20.28), julga (At 15.28), advoga (Jo 4.16; At 5.32), envia missionários (At 13.2-4), convida (Ap 22.17), intercede (Rm 8.26), impede (At 16.6,7), se entristece (Ef 4.30) e contende (Gn 6.3).
Os substantivos gregos apresentam três gêneros: masculino, feminino e neutro. O termo grego pneuma, usado amplamente no Novo Testamento para “espírito”, é substantivo neutro. O pronome demonstrativo na frase: “aquele Espírito da verdade” (Jo 15.26; 16.13) e o pessoal, em “Ele me glorificará” (Jo 16.14) estão no masculino. Isso revela a personalidade do Espírito Santo. Outra prova da personalidade do Espírito Santo é que ele reage a certos atos praticados pelo homem. Pedro obedeceu ao Espírito Santo (At 10.19,21); Ananias mentiu ao Espírito Santo (At 5.3); Estêvão disse que os judeus sempre resistiram ao Espírito Santo (At 7.51); o apóstolo Paulo nos recomenda não entristecer o Espírito Santo (At 7.51); os fariseus blasfemaram contra o Espírito Santo (Mt 12.29-31); os cristãos são batizados em seu nome (Mt 28.19).
Quando falamos o termo “Terceira Pessoa da Trindade”, muitos podem até compreender mal essa afirmação. A expressão não indica alguém com essência, personalidade ou substância diferente. Pelo contrário. O Espírito Santo é Deus, assim como Jesus Cristo é Deus.
O Espírito é do Pai (1 Co 2.12; 3.16) e do Filho (At 16.7; Gl 4.6). Filioque é um termo latino que significa literalmente “e do filho”, usado em teologia para indicar a dupla processão do Espírito Santo, do Pai e do Filho (Jo 15.26; 20.22). A divindade possui uma só essência ou substância indivisível, e Pai, Filho e Espírito Santo são três hipóstases, ou seja, “forma de existir”. Usa-se comumente na teologia o termo “Pessoa” por falta de uma palavra mais precisa na linguagem humana para descrever cada uma dessas identidades conscientes. Quando se fala a respeito do Espírito Santo como Terceira Pessoa da Trindade, isso não significa terceiro numa hierarquia, mas porque aparece em terceiro lugar na fórmula batismal: “batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19). As três hipóstases ou Pessoas são iguais em poder, glória e majestade, e não há entre elas primeiro e último.
Podemos destacar a atuação do Espírito Santo em torno do Messias. Foi Ele quem operou na manutenção da promessa do Messias (1 Pe 1.9-11), na revelação dEle (Lc 1.35; 2.25-29) e também no seu ministério (Lc 3.22; 4.18; Jo 6.27), incluindo assim a Sua Morte (Hb 9.4; Ef 5.2), Ressurreição (Rm 8.11) e Ascenção (Ef 1.20).
Ainda podemos verificar outra expressão para a relação da Trindade. “Pericórese, em grego, habitação mútua. Termo usado para descrever o relacionamento das Pessoas da Santíssima Trindade entre si: ema só essência em três pessoas. É um relacionamento íntimo e redentivo, e que visa, acima de tudo, a consecução plena dos decretos e conselhos divinos, culminando no Plano da Salvação”.
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - PB. ANTONIO VITOR LIMA BORBA