Lição 7 - Jovens e Adultos - Betel - A coragem de um profeta levantado por Deus I

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ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO MADUREIRA - SAMAMBAIA SUL/DF

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

SEGUNDO TRIMESTRE DE 2017

Jovens e Adultos - Betel - Jeremias: Deus convoca Seu povo ao arrependimento

COMENTARISTA: CLEMENTINO DE OLIVEIRA BARBOSA

COMENTÁRIO: PR. OSMAR EMÍDIO DE SOUSA

LIÇÃO Nº 7 – A CORAGEM DE UM PROFETA LEVANTADO POR DEUS

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INTRODUÇÃO

Devido aos seus lamentos Jeremias se tornou conhecido na história bíblica como o profeta chorão. Mas, dado ao conteúdo, à forma e às circunstâncias pela qual o profeta anunciava suas mensagens, ele também poderia ter sido qualificado e tornado conhecido como o profeta da coragem. Desde a sua chamada ministerial até sua morte, nenhum profeta mostrou tanta coragem e perseverança diante da opressão e do sofrimento, como Jeremias.

1. CORAGEM PARA DECIDIR QUAL LADO FICAR

Coragem era tudo que Jeremias precisava para decidir o seu destino e que tipo de serviço prestaria no reino de Deus, fosse na área sacerdotal, fosse como profeta. Como sacerdote (pois ele era de linhagem sacerdotal), certamente ele teria uma vida mais tranquila, pois a classe sacerdotal, nesta época, era tida como nobreza e desfrutava de altos privilégios; Já como profeta ele precisaria de coragem, de muita coragem, pois sua vida iria ser dura. Deus tinha um chamado e um propósito para a vida de Jeremias, mas ele sabia que esta chamada e propósito viriam com lágrimas e dor (Jr 11.18-21; 20.1-2; 29.1; 23.9; 26.8; 28.1; 29.8; 36.23-26; etc). Ele seria rejeitado, odiado e perseguido e precisaria abrir mão de tudo, inclusive da convivência de seus familiares (Jr 12.6). Se ele não tivesse tido coragem, certamente não teria aceitado ou quem sabe teria desistido no meio do caminho, mas com coragem e convicção ele foi até o fim e cumpriu o propósito definido por Deus (Jr 1.4). Essa coragem e ousadia de Jeremias me faz pensar o quanto somos “covardes e tímidos” no desenvolvimento de nossa chamada e ministério. Quantos não se acovardam, quando precisam renunciar alguma coisa, no cumprimento da vontade de Deus? Quantos não se acovardam, e desistem da fé, diante dos primeiros obstáculos e dificuldades? Quantos não se acovardam e abandonam sua chamada e ministério, quando ao invés de reconhecimento ou status social, vem à crítica ou rejeição? Deus espera que cada um de nós sejamos corajosos e destemidos!

1.1. A loucura do rei Jeoaquim

Jeoaquim era filho do rei Josias, e se tornou conhecido na história Bíblica, como sendo um rei injusto, presunçoso e mau, que abusava do seu próprio povo (Jr 22.13-14), além de perseguir e matar os servos de Deus (Jr 26.20-24). A sua loucura, no entanto, aconteceu quando ele literalmente queimou e destruiu a Palavra de Deus (Jr 36.23). Naquele tempo, Deus instruiu Jeremias a escrever uma profecia contra Jerusalém, dizendo que se eles não se arrependessem, seriam destruídos (Jr 36.1-4). Impedido de entrar em Jerusalém, Jeremias, solicita que Baruque fosse ao templo e lesse os escritos em alta voz (Jr 36.5-7). Quando alguns membros da corte ouviram as palavras proféticas, logo comunicou ao rei Jeoaquim, que ouvindo o relato mandou o oficial trazer-lhe o rolo para que fosse lido em sua presença (Jr 36.11-21). Depois que foram lidos alguns trechos do rolo, o rei cortou a parte que já tinha sido lido e lançou no fogo. Assim ele fez, até que todo o rolo se consumiu no fogo (Jr 36.23). Essa atitude do rei Jeoaquim revelava, não somente sua hostilidade contra as advertências proféticas de Jeremias, como também seu desprezo pela Palavra Escrita de Deus. Devemos cuidar para que nosso amor e respeito à Palavra e revelação de Deus se mantenha sempre viva em nossos corações! Provavelmente, este rei insano, pensou que não tinha de prestar contas a ninguém, certamente esqueceu que é Deus quem tem sempre a última palavra. Nenhum homem, seja ele quem for, pode em sua arrogância ou bel prazer, alterar ou destruir a Palavra de Deus e escapar impune, a não ser que se arrependa (Ap 22.18-19; Mt 5.18-19; Lc 16.17).

1.2. Jeremias se esconde do rei

Antes que o rolo com a palavra profética de Jeremias fosse levada até o rei Jeoaquim, alguns príncipes em Judá também ouviram e parecem que temeram, por isso, mandaram que Baruque se juntasse ao profeta Jeremias e se escondessem (Jr 36.15-19). Isto indica que Jeremias, na ocasião, não estava preso, mas apenas impedido de entrar no templo. Depois de queimar o rolo com as palavras proféticas, o rei deu ordem para que seus homens fossem até a Baruque e ao profeta Jeremias a fim de prendê-los. Mas as últimas cinco palavras do versículo 26 do capitulo 36 de Jeremias fazem toda a diferença: “Mas o Senhor tinha-os escondido”. Quem pode achar aquele a quem Deus esconde? Mesmo sendo procurados, Baruque e Jeremias agora estavam em segurança. Queridos! Em tempos de dificuldades devemos crer que Deus é o nosso refúgio e fortaleza (Sl 46.1-3; 119.114). Não importa o tamanho das ameaças e dos riscos que o dia a dia nos impõe, se estivermos no esconderijo do Altíssimo, teremos paz e descanso (Sl 91.1).

1.3. Resiliência

Resiliência é um termo bastante utilizado na física, na psicologia, na ecologia, na sociologia e etc, e, significa a capacidade que um corpo ou objeto tem de voltar ao seu estado original após alguma situação crítica ou mudança fora do comum. Na física, por exemplo, o elástico ou a liga de borracha, depois de sofrer bruscamente uma ação de esticamento volta rapidamente ao seu estado original. Na psicologia, a resiliência demonstra se uma pessoa sabe ou não lidar com a pressão, se sabe superar desafios ou ter flexibilidade e postura otimista diante de situações contrárias. Em suma resiliência é a capacidade de adaptar-se ou superar adversidades. Interessante, que os obstáculos e as pressões foram suficientes para tirar Jeremias do foco de sua missão, pelo contrário, os seus momentos de crises só vieram contribuir com o seu fortalecimento. Precisamos aprender a não só transformar nossas crises em oportunidades, como também, a sairmos delas mais fortalecidos. Jeremias, depois de certo tempo, e por ordem do Senhor, prepara um segundo rolo, com a mesma escritura anterior mais alguns aditamentos, inclusive, uma punição ao rei Jeoaquim, no qual dizia: “Você queimou aquele rolo... porquanto assim diz o Senhor acerca de Jeoaquim, rei de Judá: Ele não terá nenhum descendente para sentar-se no trono de Davi; seu corpo será lançado fora e exposto ao calor de dia e à geada de noite. Eu castigarei a ele, aos seus filhos e aos seus conselheiros por causa dos seus pecados. Trarei sobre eles e sobre os habitantes de Jerusalém e sobre os homens de Judá toda a desgraça que pronunciei contra eles, porquanto não me deram atenção” (Jr 36.29-31 NVI).

2. A IMPORTÂNCIA DA COOPERAÇÃO

Toda missão demanda um esforço a ser despendido e um preço a ser pago. Dependendo do tamanho da missão ou da tarefa, pode haver uma sobrecarga muito grande, necessitando-se de cooperadores. Jeremias não trabalhou sozinho, ele contou com a cooperação de Baruque, um copista hábil na arte de escrever, cheio de vigor e disposto a ser usado com seu talento para apoiar Jeremias na sua missão. Baruque, provavelmente, estava ciente dos perigos envolvidos na execução dessa tarefa, mas ainda assim se dispôs a cooperar.

2.1. O sucesso de Jeremias estava na sua atitude

Nossa vida leva a dois caminhos um de vida e outro de morte (Jr 21.8). São nossas atitudes e nossas decisões que direcionam o rumo da nossa vida (Dt 30.1; 1 Sm 12.24-25). O Senhor havia dito à Jeremias e pediu que ele repassasse também ao povo: “Diga a este povo: Assim diz o Senhor: Ponho diante de vocês o caminho da vida e o caminho da morte” (Jr 21.8 NVI). As atitudes dos governantes, dos líderes, dos sacerdotes e de todo o povo de Judá, direcionava-os ao caminho de morte, pois eles haviam quebrado a aliança com Deus, praticando idolatrias e correndo atrás de coisas efêmeras, além de rejeitarem a Sua Palavra (Jr 1.15-16; 2.4-13; 7.1-10; 13-17; 22.13-16; 23.1-4; 9-12; 26.7-8; 28.15-17). Jeremias e Baruque, entretanto, tiveram a atitude de andar com Deus e trataram de fortalecer ainda mais sua aliança com Ele. Precisamos de sabedoria para escolher o melhor, e a nossa mais sábia decisão e atitude é optar e seguir pelo caminho da vida (Jo 10.10). Todavia, escolher o caminho do Senhor não significa, necessariamente, dizer que as coisas serão fáceis, ao contrário, exigirá de nós constante vigilância, a fim de que possamos transpor tudo aquilo que surgir no nosso caminho.2.2. Deus sempre coloca pessoas para nos ajudar

Acredito que quando estamos debaixo da vontade de Deus, seja qual for à situação ou necessidade, Deus sempre arranja um meio de colocar pessoas em nosso caminho para nos ajudar: seja para nos auxiliar, seja para nos encorajar, seja para nos fortalecer, seja para nos fazer enxergar e compreender que nunca estamos sós. Deus colocou Baruque no caminho de Jeremias para ajudar-lhe a copiar as palavras proféticas em um rolo e depois ler ao povo de Judá (Jr 36.4-6). Não sabemos, ao certo, se ele apoiava e cooperava com o profeta apenas em situações esporádicas, ou se já o acompanhava continuamente em sua missão. Cronologicamente, na narrativa bíblica, ele aparece pela primeira vez, quando Jeremias já servia há 23 anos como profeta, mas especificamente no quarto ano do rei Jeoaquim (Jr 25.1-3; 36.1-4). Baruque atende inicialmente ao pedido de Jeremias para ajudá-lo a escrever todas as profecias já proferidas desde o início de seu ministério até aquele momento (Jr 36.2-4), e depois, acaba se unindo a ele na missão, para auxiliá-lo e secretariá-lo, acompanhando-o, provavelmente, em todo o restante de sua missão (Jr 32.11-16; 43.2-3; 45.1-5). A cooperação de Baruque foi, não só importante, como também providencial, pois foi a partir daqui, que o ministério de Jeremias, passou a sofrer as mais duras rejeições e perseguições, e a companhia de alguém para dividir a carga e o sofrimento, lhes dar força e disposição para enfrentar os próximos obstáculos com confiança e coragem. Aproveitando a oportunidade, solicito aos pastores, teólogos e professores de escolas dominicais de todo Brasil, ajuda e cooperação no sentido de elaborarem comentários adicionais e nos enviar para que possamos postar e compartilhar com todos os demais. Os interessados em cooperar e ajudar com este trabalho, favor nos envie um e-mail para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. comunicando sua intenção e que lição deseja comentar.2.3. Baruque: um amigo na alegria e na dor

Temos poucas informações acerca de Baruque. Tudo o que sabemos é que ele foi secretário e amigo fiel do profeta Jeremias (Jr 32.12; 36.4), além de se tornar copista, isto é, o responsável por escrever as profecias daquele profeta (Jr 36.1-4, 18, 32), e em algumas vezes, o seu porta voz (Jr 36.5-10). Era filho de Nerias, filho de Maaseias (Jr 32.12; 51.59), portanto, descendentes de família nobre. Seu avó fora governador em Jerusalém, no tempo do rei Josias (2 Cr 34.8), e, Seraías, seu irmão, fazia parte da corte e comandou o acampamento real na “visita” do rei Zedequias à Babilônia (Jr 36.32; 51.59). Não sabemos ao certo o que motivou esse jovem erudito e nobre a se juntar a Jeremias, já que poderia ter galgado alguma posição na corte real. A única certeza que temos é que, naquele momento, Baruque preferiu colocar os seus serviços corajosamente à disposição de Deus e de seu fiel amigo Jeremias (Jr 36). Alguns estudiosos acham que Baruque, posteriormente, tenha se arrependido de sua decisão e entrado em crise (Jr 45.3), e outros, que ele tenha sentido as mesmas dores de Jeremias ao saber que a nação caminhava para destruição e havia pouca possibilidade de reversão, e depois, por ver a destruição de Jerusalém e do templo, por isso, foi orar e desabafar com Deus (Jr 45.1-5).

3. CUMPRINDO A MISSÃO EM TEMPOS DIFÍCEIS

Não importa quando Deus chamou, onde chamou ou para quê chamou. No cumprimento de uma missão divina sempre encontraremos “tempos difíceis”. Nunca espere que sua missão seja fácil! A missão profética de Jeremias não foi algo fácil, primeiro, porque Jeremias sabia que o seu chamado não era apenas uma proposta de atividade em alguma área de sua vida, mas um projeto para a sua vida como um todo; segundo, porque ele recebeu instrução de Deus para denunciar a idolatria do povo, a corrupção dos sacerdotes e líderes de Judá, e ainda, anunciar que Deus destruiria a cidade de Jerusalém através do império babilônico. No Reino de Deus, denunciar o pecado e anunciar a destruição do povo é sem dúvida um dos ministérios mais difíceis e árduos que alguém possa receber. Mas, se estamos conscientes e convictos da missão para a qual fomos chamados, assim, como Jeremias, nossa vida será moldada tanto para obedecer como para cumprir a missão. Estamos dedicando nossa vida no cumprimento da missão que Deus nos deu?

3.1. Convicção da chamada de Deus

Cumprir uma missão é o mesmo que moldar a vida para obedecer ao chamado de Deus. Jeremias foi um profeta que teve sua vida modelada para cumprir sua missão e agradar ao Senhor. Ele precisou moldar sua vida para servir a Deus até o fim, ainda que isto viesse a custar a sua própria vida. É por isso, que no cumprimento de uma missão, primeiro, precisamos ter certeza de que fomos chamados, e depois, convicção de que estamos em plena obediência a Deus, pois dificuldade, obstáculos e oposições certamente virão (Jr 1.17-19).3.2. Crer na Palavra de Deus

É difícil imaginar alguém realizando, qualquer tipo de missão no Reino de Deus, sem estar plenamente convencido daquilo que faz ou prega. Nossa missão, seja ela qual for, está intimamente relacionada ao crer na Palavra de Deus. Tanto Jeremias como outros homens de Deus, quer no Velho Testamento, quer no Novo Testamento, são exemplos para quem quer fazer a vontade de Deus, no cumprimento de sua missão de evangelizar. Assim expressou Davi: “Cri, por isso, falei...” (Sl 116.10a). O Apóstolo Paulo e seus cooperadores impulsionados, pelo mesmo espírito de Davi, disse: “...Nós cremos também; por isso, também falamos” (2 Co 4.13b). A confiança pessoal de cada um deles, em Deus e na Sua Palavra, também deve nos impulsionar a fazer o mesmo.

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Fonte: http://www.ebd316.com/2017/05/a-coragem-de-um-profeta-levantado-por.html Acesso em 09 maio 2017.