Lição 6 - A Justiça de Deus III

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ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

QUARTO TRIMESTRE DE 2022

Adultos - A JUSTIÇA DIVINA - A preparação do povo de Deus para os últimos dias no livro de Ezequiel

COMENTARISTA: ESEQUIAS SOARES DA SILVA

COMENTÁRIO: EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS

LIÇÃO Nº 6 – A JUSTIÇA DE DEUS

Texto: Ezequiel 14.12-21

Introdução: Os agentes do juízo divino revelam que a responsabilidade humana é pessoal

I – SOBRE A IDENTIFICAÇÃO DO JUÍZO DIVINO

1- O discurso profético

1.1. A ira de Deus nunca acontece sem uma justa causa e nem mesmo sem um prévio aviso (Am 3.7)

a. Assim, o homem tem oportunidade de arrependimento (Jr 3.14; 38.17,18; Am 5.1-4,14,15)

. Como aconteceu na Cidade de Nínive (Jn 3.10)

b. O tempo dessa oportunidade já havia expirado para Jerusalém

1.2. A vontade de Javé é abençoar o seu povo, mas como ajudar quem não se ajuda?

a. Sendo assim, o castigo é inevitável, trata-se de uma questão de justiça e santidade

2- A primeira parte do oráculo (Ez 14.13)

2.1. A expressão, “[…] quando uma terra pecar contra mim,”

a. Aplica-se a qualquer povo e em qualquer lugar e época

2.2. Existem inúmeras formas de Deus castigar um desobediente contumaz

a. Deus torna “instável o sustento do pão” (Ez 14.13; 4.16; 5.16).

. A carestia, fome e extermínio de seus moradores e até dos animais (Mt 24.7; Ap 6.8)

. Trata-se de uma grande crise econômica nacional

3- Descrição dos agentes do juízo divino (Ez14.17,21)

3.1. Deus é o abençoador, e não Baal

a. Ao invés de agradecer a Deus, eles agradeciam as abençoadas colheitas a Baal (Os 2.8).

b. É Deus quem manda as chuvas e fertiliza a terra e os campos (Jr 5.24; 14.22; Dt 32.2; Am 4.7,8).

3.2. O castigo divino

a. A seca era um sinal visível do castigo divino (Jr 12.4; Dt 28.23).

. Havia escassez de alimento provocada pela destruição da produção agropecuária

b. A espada, também resulta em fome e peste (Ez 6.3,12; 7.15)

. A peste é resultado da epidemia causada pelas mortes nos campos de batalha.

c. Em Ezequiel 14.21, o profeta acrescenta a figura dos animais ferozes.

3.3. Jerusalém é incluída como destinatária da profecia, de modo que podemos afirmar que essa palavra profética é para qualquer nação e época

II – SOBRE A PETIÇÃO QUE DEUS NÃO ATENDE

1- Exemplos de intercessão pelo pecador

1.1. Abraão intercedendo por Sodoma e Gomorra (Gn 18.23)

1.2. Moisés e Samuel foram atendidos nas petições em favor do povo nos casos de pecados e rebeliões (Êx 32.11,14; Nm 14.19,20; 1Sm 7.5,6,9; 12.19-25; Sl 99.6-8)

a. Deus perdoava o povo através da intercessão dos homens de Deus (Êx 34.9,10)

1.3. Esses homens nos inspiraram a interceder:

a. Uns pelos outros (Ef 6.18,19; Tg 5.16)

b. Pelos pecadores para Jesus salvá-los (1Tm 2.1)

2- Um castigo inevitável

2.1. Israel rebelou-se muitas vezes contra Deus até ao ponto em que o castigo era inevitável

a. Chegou-se a um ponto em que não havia mais retorno (2 Cr 36.15, 16).

2.2. Há situações em que Deus se recusa a perdoar a nação e até as pessoas

a. Como aconteceu com Saul (1Sm 16.1)

b. Como aconteceu na época de Jeremias (Jr 14.21; 15.1)

3- Quando Deus não atende a oração intercessória de um justo

3.1. A oração dos justos tem seus efeitos (Tg 5.16)

a. Quando o pecado ultrapassa todos os limites, Deus não os atende.

3.2. Existe o pecado para morte (1Jo 5.16)

a. É a apostasia total que se aparta da fé e abjura o seu Deus (Hb 10.28,29).

b. A apostasia é negar a fé que antes defendia (2Tm 2.17,18)

c. Para Jerusalém não havia mais remédio, apenas o juízo divino

III – SOBRE A INTERCESSÃO DE NOÉ, DANIEL E JÓ

1- Por que o povo rejeitou os profetas?

1.1. Eles acreditavam que, assim como foi com Abraão, Deus levaria em juízo seu povo (Gn 18.32)

a. Dessa forma são mencionados os três: Noé, Daniel e Jó, ícones de Deus (Ez 14.14,20)

1.2. Veja que todas as vezes que os três justos são mencionados, vêm acompanhados da chancela de autoridade espiritual:

a. “diz o Senhor Jeová” (Ez 14.14)

b. “vivo eu, diz o Senhor Jeová” (Ez 14.16,18,20)

2-”Noé, Daniel e Jó” (Ez 14.14,20)

2.1 Há quem se surpreenda em ver o nome de Daniel entre dois grandes e antigos patriarcas.

a. Daniel era judeu, mas Noé, e Jo, não eram israelitas e viveram muito tempo antes da formação do povo de Israel

a. Eram exemplos de justos, reconhecidos de todo o povo, pois adoraram a Deus Javé de Israel, Criador, dos céus e da terra (Gn 6.7,8; Hb 11.7; Jo 1.8; Tg 5.11)

2.2. Somente a justiça de Cristo é extensiva a todos os pecadores que creem (Rm 3.22; 5.17-19)

3- O profeta Daniel.

3.1. Dúvidas sobre a identidade de Daniel apresentado nesse trio de justos

a. Primeiro argumento: A grafia do nome, que Ezequiel emprega Daniel, não é como Daniel usada no livro de Daniel

. Refutação: Muitos expositores do Antigo Testamento consideram tais argumentos insuficientes, pois não se deve dar importância demais à ortografia, pois soletrações variantes nunca foram novidades na antiguidade bíblica

b. Segundo argumento: O fato de ser muito jovem para ser contado entre dois patriarcas antigos.

. Refutação: Daniel era contemporâneo de Ezequiel na Babilônia, e era ministro na corte de Nabucodonosor (Dn 2.48,49).

. Refutação: A reputação de Daniel pela sua fé e sabedoria se espalhou rapidamente entre os exilados de Babilônia (Ez 28.3)

Conclusão: O enfoque da justiça de Deus nesse discurso de Ezequiel diz respeito à retribuição divina ao pecado. É importante ter em mente esse conceito para não se confundir com a justiça da teologia paulina, que justifica o pecador que crê em Jesus.

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