Lição 5 - Contra os falsos profetas III

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ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP

PORTAL ESCOLA DOMINICAL

QUARTO TRIMESTRE DE 2022

Adultos - A JUSTIÇA DIVINA - A preparação do povo de Deus para os últimos dias no livro de Ezequiel

COMENTARISTA: ESEQUIAS SOARES DA SILVA

COMENTÁRIO: EV. MARCOS JACOB DE MEDEIROS

LIÇÃO Nº 5 – CONTRA OS FALSOS PROFETAS

Texto: Ezequiel 13.1-10

Introdução: Os falsos profetas contrapõem à Palavra de Deus e lançam dúvidas no coração do seu povo

I – SOBRE OS PROFETAS

1- O termo “profeta”.

1.1. Profeta (Hb naví) = a ideia primária é de “porta-voz, orador”

a. Podemos ver isto no chamado de Moisés (Êx 4.10-15)

. Era o seu ofício (Êx 7.1)

1.2. Profeta (Hb. naví, roeh e hozeh) (1Cr 29.29)

2- Outros termos para designar os profetas de Deus

2.1. Há diversos termos usados para os profetas como

a. Mensageiro (2Cr 36.15,16)

b. Embaixador (Ag 1.13)

c. Servo de Deus e do Senhor (1Rs 14.18; 2Rs 9.7)

d. Homem de Deus (Dt 33.1; 1Sm 9.6)

2.2. Profeta: (Gr: prophétés, de pro, ‘antes’, e da raiz, phe, do verbo phémi, “falar”

a. Confirmando o conceito que mais se popularizou, o de “prever o futuro”, (1Sm 9.6)

3- Os falsos profetas

3.1. Profetizar falsamente era crime em Israel (Dt 13.1-5; 18.20-22).

3.2. Os termos naví, roeh e hozeh, são usados, também, para os falsos profetas

a. O contexto vai identificar entre o verdadeiro e o falso no Antigo Testamento

3.3. A Septuaginta é mais específica e emprega a palavra grega pseudoprophétés, “falso profeta” (Jr 6.13; Zc 13.2).

a. É a mesma palavra usada pelo apóstolo Pedro (2Pe 2.1)

II – SOBRE OS FALSOS PROFETAS EM EZEQUIEL

1. Os dois lados

1.1. Tudo na vida tem seu lado positivo e seu lado negativo.

a. Como há o bem, há também o mal

b. Como há galardão, há castigo

c. Como há amigos, há inimigos

d. Como há bênção, há maldição

e. Como há verdadeiro, há mentiroso

f. Como há justo, há injusto

g. Como há vida, há morte

h. Como há céu, há inferno

1.2. Como há profetas enviados por Deus, há, também, falsos profetas da parte de Satanás

2- Apresentação (Ez 13.2)

2.1. “Profetas de Israel”: só aparece mais duas vezes no A. T. e somente em Ezequiel (13.16; 38.17)

2.2. Não existe, nas Escrituras hebraicas, uma palavra específica para “falso profeta”

2.3. O termo “profeta” pode se aplicar:

a. A falsos profetas em Jerusalém (Jr 5.30,31; 14.13-18)

b. A falsos profetas entre os exilados na Babilônia (Jr 29.8-10,21-23)

c. A falsos doutrinadores da atualidade (2Pe 2.1)

2.4. Ezequiel descreve ainda a natureza da atividade profética desses enganadores do povo.

a. Os “profetizadores”, ou “que profetizam”, ou ainda, “estão profetizando do”, é um pleonasmo, uma redundância até certo ponto sarcástica.

b. Ele denuncia os falsos profetas que “profetizam o que vê o seu coração” (Ez 13.2)

3- O desserviço dos falsos profetas (Ez 13.3)

3.1. Eles são chamados de “loucos”, em hebraico é nabal, “ser insensato, tolo”.

a. O nabal afronta a Deus (Sl 74.22)

b. O nabal zomba daqueles que confiam em Deus (Sl 39.8)

c. O nabal não acredita em Deus (Sl 14.1; 53.1).

d. O nabal segue o seu próprio espírito e coisas que não viram (Ez 13.3)

e. A nabal blasfema de Deus (Sl 74.18)

4- As “raposas do deserto” (Ez 13.4)

4.1. Esse quadro é uma metáfora dos chacais em meio às ruínas em cidades e civilizações devastadas

a. Isso significa, na verdade, que eles estão sendo chamados de “profetas-chacais”.

b. Essa linguagem é uma demonstração do caráter destrutivo e o perigo que os falsos profetas representam à nação, e hoje, à Igreja de Cristo (2Co 11.3,4,13-15)

c. Jeremias apresenta um duro discurso contra eles em Jerusalém (Jr 23.9-40)

4.2. Os israelitas deveriam se ajuntar aos profetas de Deus para reparar as brechas (Ez 13.5)

III – SOBRE A GERAÇÃO DAS MENSAGENS FALSAS

1. O profeta no Antigo Testamento

1.1. A palavra “profeta”, quando se refere aos profetas legítimos, vem sempre acompanhada de um qualificativo que o identifica como tal

a. “Mensageiros de Deus, e desprezaram as suas palavras, e escarneceram dos seus profetas”

(2Cr 36.16);

b. “A qual dissera pelo ministério de seu servo Aías, o profeta” (1 Rs 14.18).

c. Deus fala deles no Antigo Testamento usando a expressão “meus servos, os profetas”

(2Rs 9.7; 17.23; Jr 7.25)

1.2. A maioria dos profetas verdadeiros era malvista pelas autoridades corruptas que se apartaram da lei de Moisés.

a. O povo de Deus foi e sempre será destratado pelo mundo (Jo 15.18,19)

2- Os portadores de mensagens falsas (Ez 13.6-8)

2.1. Deus revelou a Ezequiel as fraudes divulgadas pelos falsos profetas.

a. Eles se posicionam como porta-vozes de Deus e se apresentam como enviados por Deus.

b. Javé não os enviou e a mensagem era enganadora (Ez 13.6,7,9).

c. Isso porque eles desencaminhavam o povo com notícias falsas (1Rs 22.11,12; Jr 28.1-5).

2.2. Essa mensagem desestruturava toda a sociedade, como as mensagens falsas de hoje

a. A mentira é a prática do engano, da falsidade e da traição

b. No contexto bíblico, a mentira vai além da prática intelectual da desonestidade, é uma distorção do verdadeiro eu e da nossa relação com Deus e o próximo (1Jo 2.4; 4.20)

3- A ira de Deus contra os falsos profetas (Ez 13.10)

3.1. A sentença contra os falsos profetas vinha desde Moisés (Dt 13.1-5;18.20-22).

3.2. Os falsos profetas não se intimidavam, pois, eram favorecidos pelos governantes

a. Seus discursos agradavam às autoridades

b. Às vezes eram encomendados pela corte

c. Na época, eram funcionários públicos (Ez 13.19)

3.3. Devemos estar atentos a todos os movimentos estranhos que aparecem nas igrejas

a. Os falsos profetas e/ou falsos doutores ainda estão por aí desencaminhando o povo e disseminando heresias (2Pe 2.1,2)

Conclusão: O boato é a propagação de uma notícia infundada, não oficial e de fonte desconhecida. O contexto mostra que divulgar informação enganosa é associação com o ímpio para se tornar falsa testemunha. Mesmo as coisas triviais do dia a dia podem terminar na justiça, pois elas destroem a reputação de qualquer pessoa.

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